(Ericeira, do Parque de Stª Marta) |
Queriam então saber um segredo de
Verão! Segredo que é segredo não se pode contar sob pena de deixar de o ser… Mas vou deixar-vos um dos meus segredos de
antigamente que guardei ansiosamente nos meus papeis de outrora. Sim, que isto
de escrever diários, para mim, não é de agora que se usa escrever estes web logs que mais não são que diários (de
navegação, se tidos à letra).
E este é um segredo que daria
para rir às adolescentes de agora, mas que, nos idos de 60, era muito natural
nas jovens que tinham o dever de se guardar intocáveis e intocadas até ao
casamento. Se bem se lembram…
Dia de calor
Dia de calor
abrasador
em que o corpo
se abandona
à lassidão
e absorto
em tormento
se embriaga
de paixão.
Dia de calor
abrasador –
- beladona
que propaga
num momento
um desejo
insensato
de sem pejo
te envolver
com prazer
e beijar
tuas feições
de gaiato.
Dia de calor
abrasador
e a tontura
de te ter
cá comigo
para ser
tua frescura,
para estar
só contigo
e te amar
pura, pura…
(29/Jun/68)
Isto é que foi um segredo!
ResponderEliminarQuase corei!:))
beijinhos
(adorei o poema)
Que poético e atrevido segredo! :-))
ResponderEliminarAbraço
Graça
ResponderEliminarÉ pá para aqueles tempos a coisa era atrevida mesmo.
Lindo amiga e penso que foi muito sentido!
E eu a pensar que tinha a mania de escrever nos meus cadernos.
Beijinho e uma flor
Pois eram assim os nossos tempos.
ResponderEliminarCada vez que me lembro que só quase ao fim de um ano de namoro deixei dar o 1º beijo e fiquei cheia de problemas de consciência...
Abraço
O tempo passa
ResponderEliminara memória não
OI GRAÇA!
ResponderEliminarADOREI TUA FORMA DE NOS CONTAR ESTE SEGREDO.
PROMETO QUE NÃO CONTAREI A NINGUÉM.
ABRÇS
zilanicelia.blogspot.com.br/
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Passou tudo rápidamente.
ResponderEliminarVai demorar muitos anos para aparecer uma geração igual à dos anos sessenta! Modéstia à parte.
Belos tempos, nesta altura estava na guerra em Angola havia oito meses, apesar disso, ainda há boas recordações.
Ai se os nossos Diários (alguns que nem sequer chegaram a ver a folha do papel) começassem para aí a dar com a língua nos dentes!?...
ResponderEliminarAi, ai!...
Gostei do poema...e dos rodriguinhos para o apresentar, eheh
Bj
Amigo António, achei graça aos seus "rodriguinhos"... ehehehehe!
ResponderEliminarPois era assim naquele tempo. E no entanto, foi há tão pouco tempo! Hei de trazer mais "coisinhas" dos meus caderninhos e dos meus diários, mas não é para chocar ninguém ....
Pois é, Flor, eu adoro escrever em cadernos... Se possível a lápis. Manias!
Beijinhos secretos para todos os meus amigos.
A long, long time ago, havia segredos assim...
ResponderEliminarQue bonito voltar atrás e desvendar um segredo desses :)
ResponderEliminarEu nunca tive o hábito de escrever diários, mas tenho uma caixa de recordações onde encontro algumas folhas soltas com esboços de letras :)
Querida Graça, este teu post sintetiza o que escrevi no comentário do teu primeiro dia do desafio: muito avançada para a época!!
ResponderEliminarEscrever um poema destes em 1968, demonstra uma sensibilidade especial.
Obrigada por teres embarcado neste desafio (um bocadinho forçado, eu sei...) que é feito á tua medida. A prova está nos magníficos posts e fotografias que nos deixaste até agora! Muito obrigada. :)
Turistinha, não mereço os teus elogios... (mas agradeço desvanecida...)
ResponderEliminarBeijinhos