quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Wish you a rainbow!

Com os mais sinceros votos de Bom Ano - Melhor Ano, e Wishing you all a rainbow and a star and roses,  aqui deixo o belíssimo tema do trágico filme dos anos 60, «Flor à Beira do Pântano», com a lindíssima e malograda Nathalie Wood e o meu querido Robert Redford.

Desejo-vos mesmo um arco-íris, uma estrela e rosas para o Novo Ano que se inicia dentro de poucas horas.

Querem ouvir/ver?





«Wish me a rainbow and wish me a star,
All this you can give me wherever you are;
And dreams for my pillow, and stars for my eyes,
And a masquerade ball where our love wins first prize.

Wish me red roses and yellow balloons,
And carousels whirling to gay dancing tunes;
I want all these treasures, the most you can give,
So wish me a rainbow as long as I live.

All my tomorrows depend on your love,
So wish me a rainbow above.

Wish me red roses and yellow balloons,
And carousels whirling to gay dancing tunes;
I want all these treasures, the most you can give,
So wish me a rainbow as long as I live.

All my tomorrows depend on your love,
So wish me a rainbow above.»

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

«Conselhos para a vida»

Não faço, nem nunca fiz planos de futuro, por isso nunca elaborei aquelas listas de intenções de cada vez que o ano muda. Não gosto da noção do projecto de vida nem de projectos em geral que tão em moda estão. Projectos são realizações técnicas próprias de arquitectos, engenheiros, economistas e pouco mais.

Professora que fui toda a vida, sofri “horrores” quando, aí por 90, foram criados os conceitos de projecto educativo, projectos curriculares e quejandos e me vi obrigada a elaborá-los porque nada mais poderiam ser senão meras cartas de intenções enquanto projectos e apenas valiam pela caracterização profunda da realidade com que se trabalhava: a escola, os seus atores e o meio em que se moviam. Nada do que implica pessoas e o devir do tempo pode ser projectado em termos mensuráveis porque o futuro, mesmo o mais próximo, é imprevisível o suficiente para ser tratado como um objecto concreto. Não digo que não se planifique, mas elaborar projectos mensuráveis com previsões rígidas não preenche a minha visão das coisas. Nunca dei uma aula sem uma planificação, mas tinha muita dificuldade em planificar a médio prazo e mais ainda a longo prazo porque dificilmente essas planificações eram cumpridas.

Mas não é dia para falar aqui de pedagogia e didáctica… tudo veio a propósito de nunca elaborar listas de coisas para fazer nos novos anos.

Por outro lado, e mesmo não sendo moralista, dou algum valor a princípios e orientações de conduta –algumas, claro!

Encontrei estas “orientações” para vida escritas por Fernando Pessoa e, em final de ano, pareceu-me bem deixá-las aqui para quem ainda não as leu. Achei-as um primor.

«Conselhos de Vida

1 - Faça o menos possível de confidências. Melhor não as fazer, mas, se fizer alguma, faça com que sejam falsas ou vagas.

2 - Sonhe tão pouco quanto possível, excepto quando o objectivo directo do sonho seja um poema ou produto literário. Estude e trabalhe.

3 - Tente e seja tão sóbrio quanto possível, antecipando a sobriedade do corpo com a sobriedade do espírito.

4 - Seja agradável apenas para agradar, e não para abrir a sua mente ou discutir abertamente com aqueles que estão presos à vida interior do espírito.

5 - Cultive a concentração, tempere a vontade, torne-se uma força ao pensar de forma tão pessoal quanto possível, que na realidade você é uma força.

6 - Considere quão poucos são os amigos reais que tem, porque poucas pessoas estão aptas a serem amigas de alguém. Tente seduzir pelo conteúdo do seu silêncio.

7 - Aprenda a ser expedito nas pequenas coisas, nas coisas usuais da vida mundana, da vida em casa, de maneira que elas não o afastem de você.

8 - Organize a sua vida como um trabalho literário, tornando-a tão única quanto possível.» -


'Anotações de Fernando Pessoa, em inglês (sem data)’




segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

May We All Stand Together

Há mais de vinte anos que habitualmente nos juntamos para celebrar os aniversários de cada uma, para celebrar o Natal, a Páscoa, o Carnaval, seja o que for, ou muitos simplesmente para cavaquear (salvo seja...) rir, trocar lembranças, carpir mágoas, contar anedotas... 

Com o passar dos anos e dadas as contingências da vida, os encontros tornaram-se menos frequentes e este ano apenas nos juntámos uma vez. Foi hoje: almoçámos juntas e, como é nosso hábito, fomos as últimas a sair do restaurante... 

Não nos juntávamos desde o nosso jantar de Natal do ano passado, mas aconteceu como sempre desde o primeiro dia: rimos, cavaqueámos, falámos da vida, troçámos das fraquezas que  têm vindo com a idade, recordámos tempos bons e menos bons, trocámos lembranças ... e sempre com o mesmo espírito de amizade cúmplice.

Por isso me lembrei desta musiquinha doce que diz isso mesmo «que nos mantemos juntos» e que tão bem corresponde ao espírito da época.

É o voto que aqui deixo: «May we all stand together» na família, com os amigos próximos, e até no que refere uma eventual recuperação do país «que possamos e saibamos manter-nos unidos!»




domingo, 28 de dezembro de 2014

O ano de...

Sabe quem frequenta o facebook que, neste final de ano, o administrador daquela rede social brindou cada um dos inscritos com uma breve resenha das fotografias que fomos publicando ao longo do ano e a que chamou «O ano de...» e onde se pode ler a seguinte legenda:«Foi um ano espetacular! Obrigado por fazeres parte dele!»

Curiosamente o meu «ano de Graça» (assim se chamou o meu ano) inicia-se na capa com uma fotografia (que deixo abaixo) dos quadradinhos fofos que faço e que os meus netos muito apreciam - não sei se a intenção é chamarem-me gulosa, mas se é... acertaram!




Ora tive acesso ao «ano de Pedro», cuja capa é esta:




E terminava assim:



Que vos parece?! Alguma reclamação a fazer ao facebook?!...


sábado, 27 de dezembro de 2014

Ser velho é...

Aconteceu-me há dias. Entrar leve e lesta (quase como no tempo da Faculdade...) numa carruagem do metro bem cheia de gente, com a neta pela mão, romper até ao corredor e haver uma senhora da faixa dos trinta/quarenta que, simpática e sorridente, se levanta e me oferece o lugar...

Estupefação na minha cabeça por uma fração de segundos e, antes que me saísse um «Não é preciso, obrigada!» logo pensar: «Ah pois é! Comportamento afavelmente normal perante uma pessoa bem mais velha!...»




sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Em jeito de balanço

Aproximamo-nos a passos (credo! que palavra disse eu?!) do fim do ano - tempo de balanços.

Para apreciação, aqui fica o meu balanço de final de ano:




quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Lisboa by night

Este ano houve direito a dar uma escapadinha até Lisboa para recordar os bons velhos tempos das compras na Baixa e das iluminações de Natal. 

Naturalmente já nada é como era: as compras são cada vez menos, as lojas também são cada vez menos e muito diferentes e as iluminações bem mais pobres (se bem que nada que se compare com a deprimente pobreza das iluminações e da decoração natalícia do presente ano em Leiria!). Mas a cidade está muito mais animada e bem mais cosmopolita.

O sol estava quase primaveril - o que faz as maravilhas dos turistas que se passeiam por lá em manga curta - e até deu para assistir à noite ao espetáculo de luz e som no Terreiro do Paço subordinado ao tema «O Fabuloso Desejo de Natal».

Não preciso dizer-vos que adoro Lisboa e muito menos que Lisboa é linda! Mas deixo aqui algumas imagens do nosso passeio por Lisboa by night...





























E até a fotógrafa mais nova quis registar o momento.... Veja-se só o estilo...




terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Jingle Bell Rock

Para desejar a todos os meus amigos bloggers um Natal bem alegre hoje deixo uma cançãozinha bem saltitante como só os compositores do outro lado do Atlântico sabem compor e como só eles conseguem cantar. 

Deixo-vos com as vozes dos canadianos Michael Bublé e Carly Rae Jepsen.




Que todos possam ter um Bom Natal!




domingo, 21 de dezembro de 2014

Solstício de Inverno

Chegou o Inverno! 

Na louca sucessão das estações, cada vez mais rápidos correm o ciclos do Sol.
O tempo que em jovens passava lento, lento, voa agora nas assa de um vento gelado em direção sabe-se lá onde.

Mas, para já, chegou o Inverno em tons de azul gelo. Época de hibernação, tempo de meditação e de celebrações.


Celebra-se hoje o solstício de Inverno, o momento em que o sol atinge as posições máxima e mínima de altura em relação ao equador. 

Desde a antiguidade que se celebra o solstício, estando o Natal relacionado com a cristianização dessa festa tradicional, que simbolizava o renascimento, o reinício, o sol e o momento em que a luz vencia a escuridão, porque a partir daí os dias iam voltar a ser maiores.

Foi o dia mais curto e vai ser a noite mais longa do ano. Toca a aproveitar e...



sábado, 20 de dezembro de 2014

Mensagem de Boas Festas do senhor presidente

Para quem não teve oportunidade de ouvir a mensagem de Boas Festas do senhor presidente e sua afanosa esposa, deixo aqui o respetivo vídeo.

Se não tiverem tempo ou paciência para ouvir tudo, deixo a seguir um resumo do mesmo.








sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Tomai lá do O'Neill!



Faria hoje 90 anos se a morte o não tivesse ceifado aos 62 anos. 
Tinha uma imaginação fora de série! 
A sua poesia inscreve-se no surrealismo e a surreal PIDE - do tempo em que se prendiam as pessoas por motivos políticos (que agora já assim não é...) - encarcerou-o bastas vezes, vá-se lá saber porquê...

Em jeito de homenagem aqui fica parte do seu (bem atual) poema «Portugal».

Ó Portugal, se fosses só três sílabas,
linda vista para o mar,
Minho verde, Algarve de cal,
jerico rapando o espinhaço da terra,
surdo e miudinho,
moinho a braços com um vento
testarudo, mas embolado e, afinal, amigo,
se fosses só o sal, o sol, o sul,
o ladino pardal,
o manso boi coloquial,
a rechinante sardinha,
a desancada varina,
o plumitivo ladrilhado de lindos adjectivos,
a muda queixa amendoada
duns olhos pestanítidos,
se fosses só a cegarrega do estio, dos estilos,
o ferrugento cão asmático das praias,
o grilo engaiolado, a grila no lábio,
o calendário na parede, o emblema na lapela,
ó Portugal, se fosses só três sílabas
de plástico, que era mais barato!

        (...)

Portugal: questão que eu tenho comigo mesmo,
golpe até ao osso, fome sem entretém,
perdigueiro marrado e sem narizes, sem perdizes,
rocim engraxado,
feira cabisbaixa,
meu remorso,
meu remorso de todos nós…


(Alexandre O’Neill, 1965)

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Vítor Crespo (1932 - 2014)

«Quanto à Armada, fechou-se completamente em copas até ao último momento. Pelo menos no que a mim próprio diz respeito, pois nem sequer no posto de comando, em pleno desenrolar da acção, Vítor Crespo acedeu a responder-me à pergunta que lhe fiz nesse sentido. E a minha surpresa (e satisfação) seria grande ao ver, na noite de 25 de Abril, no quartel da Pontinha, um capitão-de-mar-e-guerra de aspecto façanhudo e resoluto e um sorridente e calvo capitão-de-fragata prepararem-se para a assumpção das pesadas responsabilidades que a Junta de Salvação Nacional lhes ia carregar em cima dos ombros. Ao menos, a Armada, sabidona, não se tinha deixado enlear na habitual conversa mole da preservação da hierarquia apesar de tudo, jogando forte na personalidade dos seus dois representantes! (…)

Perante a recusa do comodoro [Ferraz de Carvalho a pretexto da idade e do cansaço] e mantendo o nome de Pinheiro de Azevedo, só a caminho do posto de comando, onde se me foi juntar pelas dez horas e trinta da noite do dia 24, é que Vítor Crespo, com base no consenso anterior, se decide a passar por casa do Rosa Coutinho. Este, de nada sabe. Crespo passa-lhe para as mãos os três documentos que leva na pasta – a proclamação do MFA, o protocolo secreto entre o MFA e a Junta e o programa político – que o comandante lê atentamente. Quando termina, sacode os papéis e diz a Vítor Crespo:

 - Com isto, ponho o meu navio à vossa disposição!
 - Muito obrigado, senhor comandante, mas isso não é preciso porque já está – desconcerta-o Vítor Crespo. – O que eu lhe venho propor é que faça parte da Junta.

Rosa Coutinho abre a boca de espanto. Estava-se a uma hora apenas do primeiro sinal rádio através dos Emissores Associados! Vítor Crespo põe-no ao corrente. O comandante aceita o cargo a que o destinam.»

In memoriam do Almirante Vítor Crespo que faleceu ontem, aos 82 anos de idade.



"É com profundo pesar que vos comunico o falecimento do militar de Abril, ocorrido hoje, almirante Vítor Manuel Trigueiros Crespo. Nascido em Porto de Mós, em 21 de Março de 1932, Vítor Crespo foi um Militar de Abril de todas as horas, um dos principais dirigentes da Marinha no Movimento das Forças Armadas, integrando a equipa do Posto de Comando da Pontinha, nas operações militares do 25 de Abril", pode ler-se no comunicado da Associação 25 de Abril, da qual o Almirante era sócio fundador nº 2.

O texto que acima transcrevi foi retirado do extraordinariamente empolgante livro «Alvorada em Abril» (pp 367-8) da autoria de Otelo Saraiva de Carvalho que, em cerca de 600 páginas, faz, em 1ª pessoa, o relato pormenorizado das causas e de toda a preparação do 25 de Abril, começando pelo início da Guerra Colonial até à noite do dia 25 de Abril de 1974.

Um livro extraordinário, de leitura obrigatória para quem reverencia o 25 de Abril. Comprei a edição limitada a 1974 exemplares que saiu em Abril deste ano e li-o quase de rajada depois de ter terminado os Memoráveis de Lídia Jorge.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

A posição não interessa

Estudos recentes mostram que:

em pé, fortalece a coluna;
de cabeça baixa, estimula a circulação do sangue;
de barriga para cima é mais aprazível;
sozinho, é estimulante, mas egoísta;
em grupo, pode até ser divertido;
no banho, pode ser arriscado;
no automóvel, é muito perigoso...
com frequência, desenvolve a imaginação;
entre duas pessoas, enriquece o conhecimento;
de joelhos, o resultado pode ser doloroso...
sobre a mesa ou no escritório,
antes de comer ou depois da sobremesa,
sobre a cama ou na rede,
nus ou vestidos,
sobre o sofá ou no tapete,
com música ou em silêncio,
entre lençóis ou no "closet":
sempre é um acto de amor e de enriquecimento.

Não importa a idade, nem a raça, nem a crença, nem o sexo,
nem a posição socioeconómica...






...LER é sempre um prazer!!!...


DEFINITIVAMENTE, LER LEVA A DESFRUTAR DA IMAGINAÇÃO...
E VOCÊ ACABOU DE EXPERIMENTAR ESSE FACTO...


VÁ PROCURAR UM LIVRO!!




terça-feira, 16 de dezembro de 2014

AL DI LA

O nosso amigo blogger Professor João Paulo Oliveira surpreendeu-me ao dedicar hoje esta bela canção romântica a todas as suas amigas do facebook entre as quais me encontro.

Um gesto de tão grande simpatia merece ser divulgado e agradecido publicamente, por isso me lembrei de deixá-la aqui e dedicá-la a todos os meus amigos bloggers. Os mais velhos, a rapaziada da minha criação, devem lembrar-se bem dela e por certo dançaram muitas vezes na sua toada; os mais novos vão também gostar de a ouvir.

Trata-se da canção Al di la do filme «Rome Adventure» - não sei como se terá chamado em português porque não me lembro de o ter visto - de 1962, com o Troy Donahue, a Angie Dickinson e a Suzanne Pleshette. Da canção, porém, lembro-me muito bem!




"Let's look at the trailer!" - dizia o inimitável Herman José a imitar o realizador Lauro António (a quem chamava «Lauro Dérmio...) - e eu digo o mesmo: se quiserem rir um pouco vejam o trailer.




segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

O Robert Redford

Da mesma forma que nos anos 60 achava o Alain Delon uma brasa de lindo que era, aí por meados de 80 deixei-me encantar pelo Robert Redford.

Com a minha liberalidade do costume (e para cativar os alunos, claro) abertamente falava nas aulas de inglês de mim, dos meus gostos e não gostos e das minhas preferências. Assim falava, teatralmente, em como gostava do Robert Redford (carregando um bocado nos rrr para tornar a coisa mais apelativa).

Ora estávamos um dia a praticar oralmente as “if-clauses” – que é como quem diz as frases condicionais – e eu propus aos alunos a pergunta «What would you do if you won a million of dollars?» que é como quem diz «O que farias se ganhasses um milhão de dólares». Então uma das minhas alunas teve a saída mais espantosa que se pode imaginar: «I would go to Hollywood and bring Robert Redford for you» (Iria a Hollywood e traria o Robert Redford para si.)  

Grande risota na aula e grandes agradecimentos por parte da professora….




Mas que ele era bonito, lá isso era! Não acham?

domingo, 14 de dezembro de 2014

Frugalidades ...

Movida pelas frugais refeições que a nossa amiga Catarina, deixo aqui evidências do frugal almoço que hoje servi à família.

Uma sopinha da pedra com tudo o que é de lei: chispe, orelha, toucinho entremeado, entrecosto, quadrados de carne de vaca e de porco, chouriço, cacholeira e farinheira. Tudo coisinhas leves...  Claro que também tinha feijão manteiga, batata, couve lombarda, cenoura e nabo para dar um toque saudável... Só lhe faltava mesmo a pedra - que eu não vou em lendas...





Ainda sobrou para amanhã. Se quiserem passar por cá...

sábado, 13 de dezembro de 2014

Cenas do quotidiano...

(retirado daqui)

Agora que isto (infelizmente) mudou de novo para a chuva, lembrei-me de uma cena bem divertida que ando há algum tempo para contar aqui.

Foi em inícios de Novembro, num fim-de-semana que fiquei com a minha neta cá em casa. Chuva, chuva e mais chuva e eu queria ir beber café e comprar pão aqui bem pertinho de casa. Naquilo que me pareceu uma boa aberta, armámo-nos de gabardinas e chapéus-de-chuva, eu e ela e pusemo-nos a caminho.

Não tínhamos andado duzentos metros, começa de chover e de fazer vento com tal força que nos fechava os chapéus. Desabituados que estão os miúdos de agora de andar a pé, ela atrapalhou-se toda com a ventania e com a água que nos fustigava. No meio da confusão as meias que eu tinha calçado, daquelas com ligas de silicone que se agarram às coxas, começam a descair-me pelas pernas abaixo…

Como pudemos, lá chegámos ao café. Fui à casa de banho e compus as estúpidas meias. Mas as ‘fulanas’ nada de me obedecerem…

Regresso, sem chuva, mas atribulado! As safadas das meias teimavam em deslizar-me pelas pernas abaixo, joelhos abaixo e não havia maneira de se comportarem por muito que, discretamente as puxasse.


Deu-me cá uma fúria! Acerquei-me de um carro estacionado e, em plena rua, perante o ar espantado da minha neta, descalcei as meias e meti-as no primeiro contentor do lixo que encontrei. Depois toca de seguir mais aliviada se bem que com os pés nus dentro dos sapatos invernosos…

Sinais de Natal

Já aqui disse que este ano não me apetece o Natal.Talvez porque o verão foi tardio, talvez por outros motivos mais prosaicos, sei lá!

Mas eu gosto tanto do Natal! E também gosto tanto do Elvis, que aqui fica um belo Blue Christmas (como vai ser o de quase todos nós neste país) cantado como só ele sabe/sabia.

Have a happy (not blue!) Christmas!




quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Dia do Tango

Celebra-se na Argentina no dia 11 de cada mês de Dezembro o Dia Nacional do Tango que foi instituído em homenagem ao dia do nascimento do cantor Carlos Gardel.

E porque gosto muito de tangos, quer tocados, quer dançados, deixo aqui dois temas que reputo de muito belos: o primeiro uma velha canção muito do meu gosto na voz do próprio Gardel e que foi tema de um filme dos anos 30; e o segundo apresentado por um grupo de vanguarda;

Espero que gostem.











quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Parabéns, Monte da Lua!



«A "Parques de Sintra – Monte da Lua" foi galardoada este domingo, pela segunda vez consecutiva, com o World Travel Award para “Melhor Empresa do Mundo em Conservação”, durante a cerimónia oficial em Anguilla (Caraíbas).

Estes prémios, reconhecidos internacionalmente como os “óscares do turismo”, são atribuídos anualmente às melhores empresas do mundo na área do turismo e representam uma das distinções mais importantes que estas empresas podem receber. A votação é realizada pelo público em geral e por milhares de profissionais de Agências de Viagens e Turismo, oriundos de 160 países.

A Parques de Sintra foi nomeada na categoria de “Melhor Empresa do Mundo em Conservação”, competindo com outras seis instituições dos Estados Unidos, Austrália e África.»



Também não admira, com paisagens destas....

Recorte da Serra

Castelo dos Mouros

Palácio da Pena

Convento dos Capuchos
Palácio de Monserrate

Vila Velha


Casa do Milhões - atual Regaleira

... só para mostrar apenas os pontos mais emblemáticos...

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Maravilhosamente medonho

Maravilhosamente medonho - passe o oxímoro - é o que está a acontecer na Ilha do Fogo, Djarfogo, no arquipélago de Cabo Verde.










Há quinze dias que o vulcão de Chã das Caldeiras na Ilha do Fogo começou a lançar fogo e lava que tem avançado pelas vertentes do monte, tendo já engolido as localidades de Portela e Bangaeira, temendo-se que possa arrasar outras localidades já que, desde sábado último, tem saído das quatro crateras à velocidade de 20 metros por segundo.

«A ilha do fogo é uma ilha apaixonante, envolvente, com caraterísticas únicas, paisagens deslumbrantes. O Fogo, tal como as outras ilhas cabo-verdianas, é uma ilha de origem vulcânica. Destaca-se, também, das outras ilhas do arquipélago por causa da altitude do seu vulcão "pico do fogo", um vulcão que ainda se encontra activo. No ano de 1995 entrou em erupção pela última vez. Uma das características mais atractivas da ilha é a cratera do seu vulcão com 9 Km de largura e 1 Km de altura. Na parede oriental do vulcão está presente uma fenda e um pico enorme no seu centro, que constitui o ponto mais elevado da ilha 2829 m. Nesta ilha fazem-se escaladas para subir o vulcão "grande" o que normalmente demora 3 horas e outras 3 horas a descê-lo.
 
(...)

Djarfogo foi a segunda ilha do arquipélago a ser povoada, dois séculos após a sua descoberta em 1460. Povoaram então a ilha cerca de 2000 escravos que se dedicaram ao cultivo do algodão e à tecelagem. No ano de 1680, o vulcão da ilha entra em erupção, e parte da população emigra para a ilha Brava. Eclode uma nova erupção, no ano de 1785, que fez erguer o "pico do fogo", o ponto mais alto da ilha. Durante a erupção a lava estendeu-se pela encosta nordeste da cratera, o que deu origem a uma saliência, que marca a ilha, e onde presentemente se encontra a Vila de Mosteiros. As erupções foram-se sucedendo, por vários séculos: em 1799, em 1847, em 1852 e 1857. Até à primeira metade do século XX, não existem registos de erupções. O vulcão acaba por regressar à actividade no ano de 1951 e em 1995.»

(informação retirada daqui)


(vista da localidade de Portela, já desaparecida)

(Vulcão "grande" e parque natural antes da explosão)

(O chamado vulcão "pequeno")

Prevê-se que a erupção vulcânica continue por mais algum tempo - a erupção de 1995 durou 56 dias - e as autoridades preparam-se para retirar as populações de outras duas localidades que podem vir a ser destruídas pelas torrentes de lava incandescente.

A força da natureza em todo o seu esplendor! Maravilhosamente medonho!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Sofá...

Tem uma pessoa um sofá para isto!!!


Possa a vossa semana ser tão descansada como a destes meus
inquilinos...