(daqui) |
Recebi a notícia de manhã: que
tinha falecido de madrugada. Já se falava nos últimos meses do mau estado da
sua saúde. Confesso que me foram sempre indiferentes essas notícias. E o seu
passamento apenas me sugeriu um pensamento – que descanse em paz e que deixe os
outros também em paz. A morte não pode forçar o branqueamento automático de
todas as maldades que se foram fazendo ao longo do nosso trajeto.
Pessoa ressentida com a vida, sem
modos, nem polidez, nem a civilidade que a sua profissão exige, foi quem mais
me desconsiderou na escola sem outro motivo que fosse o ataque pelo ataque, a
vingançazinha por ter ganho as eleições ao “grupinho” da sua predileção. E,
tirando as pessoas que integravam o tal “grupinho”, posso aqui afirmar com um «saber
de experiência feito» que incomodou muita e boa gente naquela escola, para além
de mim. A mim incomodou-me muito. Posso dizer desafrontadamente que me fez chorar
muitas lágrimas com as suas palavras e comportamentos, quase sempre,
injustamente (digo eu!) agressivos e deseducados.
Se lhe consigo perdoar todas
essas ofensas? Não, meus amigos. Não tenho esse poder. Tenho para mim, desde
sempre, que o perdão como a vingança é para os deuses, não para nós simples
mortais. Se outros não me perdoarem as minhas ofensas? Paciência! Fica na minha
conta-corrente. E depois logo se vê.
Perdoar não é esquecer..
ResponderEliminarQue te sintas tranquila.
Bjs
Claro, papoila!
EliminarObrigada. Beijinhos
perdoar, nunca! concordo.
ResponderEliminarmas por vezes devemos ser grandes e esquecer a árvore para olhar a floresta,
e quem não tem contas para ajustar "que atire a primeira pedra"
abraço amigo
Foi, de facto, uma árvore mais de que já pouco me lembrava... Longe da vista, longe do coração. Esta minha "dureza" deve vir da minha costela transmontana, não te parece, herético?!...
EliminarBeijinhos gratos.
Há horas do diabo! Diz o povo: "cá se fazem cá se pagam". Muitas vezes aquele que ganha apresenta-se ufano para enganar os tolos, inchado na pose, mas, no fundo, no fundo, inicia, solitariamente, o caminho para os caldeirões do inferno.
ResponderEliminarAbraço
Assim é? Não sei. Assim será, sei lá...
EliminarBeijinho.
A morte
ResponderEliminarpor vezes
tem gestos decentes
Boa, Rogerito!!!
EliminarSe se trata de alguém que te fez sofrer por maldade e injustiças profissionais, tu lá saberás porque razão não perdoas nem esqueces , mas falas dessa pessoa, Graça!
ResponderEliminarNão é a morte que vai limpar toda as maldades que muita gente faz enquanto anda por cá.
Se desejas que descanse em paz, pois que isso aconteça.
Ainda fui tentar informar-me, mas não me parece que os óbitos que encontrei tivessem a ver com o caso que referes. Nem isso interessa.
Fica bem e tranquila.
Um beijinho.
Obrigada, Janita, pelas tuas palavras. Não é que não perdoe, é que não sei fazê-lo; não me compete...
EliminarBeijinhos
Graça,
ResponderEliminarNão gosto nada de pessoas que passam a achar os outros extraordinários só porque morreram.
Hipocrisia?
Não, obrigado.
Beijinhos, boa semana
Pois.... também não pactuo com comportamentos e palavras hipócritas...
EliminarBoa semana por aí longe!
Não dizes o nome e eu não quis ver, mas passei pelo cemitério na hora do funeral e havia muita gente. Possivelmente foram apenas gestos sociais.
ResponderEliminarFinalmente fez-se justiça?
Irá pagar pelos erros cometidos?
Amigo Luís, se paga ou não paga pouco me interessa. É como digo: isso é com os deuses e não comigo...
EliminarÀ situações na vida, que pelos piores motivos nunca mais se esquecem...
ResponderEliminarIsabel Sá
http://brilhos-da-moda.blogspot.pt
É bem verdade, Isa!
EliminarObrigada pela sua visita.
Penso que é bom, saudável, perdoar. No sentido de guardar ressentimento que não resolve nada e apenas prejudica os lesados. Não perdoar é passar demasiado cartão, dar demasiada importância.
ResponderEliminarPerdoar não é esquecer, não é passar uma borracha sobre o mal que alguém provocou.
Boa semana, Graça!
Beijo
Não guardo ressentimentos. Já passou. É tudo, Isabel!!
EliminarBeijinho e obrigada pelas tuas palavras.
Morre o corpo mas não morrem os actos nem as atitudes que praticou.
ResponderEliminarE são os seus actos e as suas atitudes que permanecem e definem a pessoa que foi.
E quando acontece passarem a "serem" boas pessoas (tinha lá o seu feitio mas no fundo nem era má pessoa) até dá vontade de dizer: já devia ter morrido há mais tempo!
Não sabendo a quem te referes (e isso que me importa?) terminaria com o habitual: paz à sua alma.
Mas eu não sou de acreditar em almas.
Beijos com sorrisos bem vivinhos!
Paz à sua alma! Finalmente.
EliminarBeijinhos com sorrisos
Os actos ficam com quem os pratica, mas quem sofre as consequências fica sempre com a mágoa.
ResponderEliminarUm abraço e uma boa semana
É verdade, Elvira! A mágoa fica.
EliminarBeijinhos e boa semana.
Texto claro, bem escrito e, na minha opinião, correcto nas posições que defende! Concordo!
ResponderEliminarObrigada, Justine. Sei que sim, que concordarias...
Eliminar~ Concordo com as tuas convicções,
ResponderEliminarque me parecem inteiramente éticas...
~ Dias serenos e felizes. Beijinhos. ~
~ ~ ~ ~ ~
Obrigada, Majo! Os moralismos não têm nada a ver comigo. Obrigada por me compreenderes.
EliminarBeijinhos
Perdoar é para os deuses? Vais-me desculpar mas não concordo nada!
ResponderEliminarPerdoar é para humanos, perdoar é humano... perdoar faz-nos bem e ajuda, inclusive a equilibrar essa tal de conta-corrente de que falaste.
Confesso que fiquei chocada com muitos dos comentários aqui escritos. Chocada e triste :(
Um beijo triste desejando que encontres a paz... no perdão que dizes não conseguir dar.
Minha querida, lamento ter-te chocado!! Sou assim. e sinto-me tão em paz hoje como noutra altura qualquer... Diz-se que Jesus deu a outra face, mas também ele era um deus.... E eu não disse que não consigo dar esse perdão: eu apenas não tenho esse dom! Desculpar, talvez, mas perdoar é algo mais transcendente...
EliminarBeijinhos
Compreendo mas penso que perdoar, sendo um exercício difícil, é redentor. Vale a pena treiná-lo.
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