A nossa tendência bacoca para
imitar tudo quanto vem dos States está,
infelizmente, cada vez mais vincada. Já não chega importarmos cada vez mais
palavras – como se a nossa língua não tivesse um vocabulário riquíssimo – e cada
vez mais conceitos que quase só têm a ver com o mundo da finança e da gestão,
que parece ser o único que faz girar o mundo, quando agora também temos de imitar
as suas tradições (mais tolas).
Agora é a moda da Black Friday. A
última sexta-feira do mês de Novembro é o dia dos “enormes” descontos nas lojas
para as pessoas avançarem as suas compras de Natal. Nos Estados Unidos é a
loucura máxima porque os descontos e as promoções devem mesmo valer a pena. Por
isso as lojas preparam-se para abrir portas à loucura na quinta-feira à noite.
No nosso tradicional nacional
parolismo, a Fnac anunciou por todos os lados a sua Black Friday com 50% de
desconto em artigos sinalizados. Houve até um jornal diário que saiu com uma sobrecapa
com o apelo aos ditos 50% de desconto nas ditas lojas. E até se alardeou aos
quatro ventos a abertura da iniciativa na quinta-feira à noite com
divertimentos para os clientes.
Não fui lá logo ao início, com
receio de ter de esperar horas nas enormes filas ou de ser trucidada por
aqueles clientes loucos que se espezinham uns aos outros na pressa de chegarem
primeiro aos artigos… Mas hoje, a meio da manhã, e com todas as minhas calmas,
lá fui na esperança de comprar uns jogos, uns livros, um ou outro brinquedo
para os miúdos.
Flop!!! (Já que é para ser americano, vai tudo em americano…)
Os livros – duas mesas deles cá
em baixo para a gente adulta e uma apenas lá em cima na secção infanto-juvenil –
que tinham 50% de desconto anunciado, apenas 30% funcionavam como desconto
direto enquanto os restantes 20% ficavam registados no cartão. Os jogos com
desconto, meia dúzia deles e brinquedos… não vi nenhum! Talvez estivessem escondidos,
sei lá!
Material informático e musical
não procurei muito, mas o que vi tinha os habituais 5% de desconto e um ou
outro lá teria 20%, 10%...
Publicidade enganosa para não
dizer mentirosa… mas, que se há-de fazer ou dizer? Habituaram-se à falácia, à mentira,
ao embuste, sabe-se lá com quem…
Outras lojas, porém, sem usar o
alarde da publicidade aos quatro ventos e mostrando uma especial consideração
pelos clientes, tinham anunciados determinados descontos em todo o material
existente. Gostei bastante mais!!
Não me abalo com esses "marketings" enganosos... Há muito deixei de ser consumista.
ResponderEliminarAbraço.
Não há condições para consumismos, amiga Célia! Mas gosto de ver, meter o nariz, remexer.... depois, fica lá tudo!...
EliminarQuando, às sextas-feiras, passo pelo supermercado depois do trabalho por volta das 16:30, já há longas bichas. Hoje havia poucos clientes. Onde estariam?!! Nas boutiques, mas essencialmente, nas lojas de eletrodomésticos, televisores, computadores...
ResponderEliminarSabes por que chamam “black Friday”?!!!
Claro que sabes!
Bjos
Tem a ver com um qualquer acontecimento financeiro em meados de 1800 em que um grupo de investidores (vigaristas, mas não portugueses.....) tentou fazer um malabarismo na "bolsa" do ouro baixando-lhe o preço e que correu muito mal. Foi uma sexta-feira negra. Qualquer coisa assim.
EliminarBeijinhos
A interpretação mais positiva da origem de Black Friday (logo a seguir ao Dia de Ação de Graças nos EUA) é que é a partir deste dia que o mercado retalhista começa a ver lucros; passa de estar “in the red” para ficar “in the black”.
Eliminar: )
Este comentário foi removido pelo autor.
EliminarO orçamento de Costa e o "Black Friday", o seu grande inimigo
ResponderEliminar"lá fui na esperança de comprar uns jogos, uns livros, um ou outro brinquedo para os miúdos."
Stora, o que se passa consigo?
ingenuidade com esta idade?
Eliminarceguinha de verdade!..... (ceguinha? onde é que eu li isto?!!!)
Uma sexta-feira mesmo negra, Graça!
ResponderEliminarEu e estas coisas não nos damos.
Não há uma nesga deste tipo de campanhas que me faça mover.
Beijo e bom fim-de-semana.
Ah, mas eu gosto de ir ver. Nem que seja para depois criticar... eh eh eh....
EliminarBeijinhos
As técnicas de vendas escondem autênticos embustes. A pouca vergonha persiste apesar das "virtuosas" Autoridades Reguladoras. Cupões, cartões, descontos em directos, vendas a prestações sem juros, blá blá blá. Há para todos os gostos.
ResponderEliminarBFS
Sempre para enganar o Zé.....
Eliminarah! ah! ah!...
ResponderEliminarDe morrer a rir.....
EliminarNão ligo a estas "promoções".
ResponderEliminarUm abraço e bom fim de semana
Beijinhos, Elvira contista!
EliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarO Agostinho tem razão: tratam-se de técnicas de venda muito suspeitas, que
ResponderEliminaro nosso comércio não domina completamente e que todos já experimentámos.
A sabedoria popular aconselha: «De graça, nem os cães vão à caça!»
~~~ Beijinhos amigos.~~~
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Não conhecia esse ditado popular, Majo! Gostei de ficar a saber.
EliminarBeijinhos amigos
Amiga Graça, detesto fazer compras, não gosto de filas e confusões e não sou nada consumista, portanto para mim estas "modas" não pegam ! :)
ResponderEliminarUm beijinho e bom fim de semana
Fê
Querida Carneirinho-do-mesmo-dia, como somos diferentes (em algumas coisas....) Eu adoro ir às compras!!! Só não gosto de as arrumar quando chego a casa... eh eh eh...
EliminarBeijinhos «arianos»...
Gracinhamiga
ResponderEliminarEstou 2 398,3 % de acordo contigo. Modelo amaricano e PUB mentirosa só podiam dar... merda!
Bjs da Raquel e qjs do Leãozão
Ainda não foste ao novo A Travessa do Ferreira.... Estou admirado. O que se passa? :-))) Fico, como sempre, à tua espera, minha querida ...
Obrigada, querido Henriquamigo! Lá irei. Juro!!!
EliminarBeijinhos
Eu tentei, mas não consegui lá chegar!!! «Nabarrice» da minha parte, mas não encontro o novo blog!!!
EliminarO mais black destas promoções tem a ver com o buraco que fica nas nossas carteiras... Beijoca!
EliminarNão vou muito com esse tipo de alarido. Só de pensar que vai ser uma confusão de gente nas lojas já desisto das promoções. :)
ResponderEliminarNem comento, Graça, pois são imitaçoes enganosas para um país empobfrecido que o leva a endividar-se de novo , pensando que as galinhas de ouro já começam a pôr os ovos em janeiro.
ResponderEliminarNatal sem subsidios... brrrrr.... que frio:)
Beijinho e boa semana
Também fujo dessas campanhas, prefiro procurar e de preferência encontrar , as coisas com calma e sem gente aos encontrões, no entanto não me importo de ir acompanhar alguém que goste as fazer, vou ver e sai-me mais barato :)))
ResponderEliminarbjs