Mas ouvi num canal informativo da
nossa televisão o senhor secretário de Estado do ensino e de administração
escolar com o seu ar mais assertivo (como convém a todo o bom governante
formado nas escolas do CDS e da Lusófona e ex-subdiretor de um colégio privado) admitir
naturalmente que há, nas escolas, pelo menos, dez mil crianças que passam fome.
E foi acrescentando no tom da maior leveza que, assim que os professores derem
conta que os alunos chegam à escola sem ter comido nada, que introduzam os seus
nomes numa plataforma – para garantir o sigilo – e logo esses alunos terão
direito ao pequeno almoço gratuito. Além disso, os diretores ato contínuo
deverão entrar em contacto com o Banco Alimentar a fim de as respetivas
famílias passarem a ser apoiadas por aquela organização. E pronto! Está
arrumada esta questão! – era o que o ar da sua asséptica assertividade deixava
transparecer!
Claro que mais do que a atitude
de “naturalidade” do senhor secretário, fiquei deveras incomodada com o facto
de haver tantas crianças a quem os pais já não têm o que dar para comer e, mais
ainda, com a dor que aqueles pais sentirão por isso.
Logo me veio à cabeça e à imagem as tolices,
as idiotices (que os senhores da Igreja e os apoiantes da “direita” dizem ser “palavras
ingénuas” e “verdades”) que aquela “Susaninha” Supico Pinto que dirige o Banco
Alimentar deitou pela boca fora noutro canal informativo sobre o nosso infeliz atual
estilo de vida de cada vez mais famílias em Portugal e fiquei ainda mais
incomodada. Preocupada. Contrariada mesmo.
Depois de tudo isto, difícil é pensar
em votos de bom final de semana. De uma forma ou de outra, aqui fica, como
prometido, o portentoso Apache para revermos e para nos revermos no bom tempo de
juventude.
"A caridade" ainda mata a fome a muita gente... que o diga o Fernando Nobre.
ResponderEliminar:(
Bom Fim-de-Semana!
Esta gente é de uma insensibilidade própria dos miseráveis. Que a senhora Isabel Supico Pinto Jonet os defenda,ajuda a esclarecer a sua índole ( dela, claro...)
ResponderEliminarBom fds
Tudo em ambiente de anos sessenta
ResponderEliminarMúsica linda
Gente sebenta
A parte mais triste é que a instituições de caridade minam o Estado Social...
eu diria peso, até de estupidez, Graça.
ResponderEliminarabraço e bom fim de semana
São notícias que eu jamais julguei ouvir no Portugal de Abril. M.A.A.
ResponderEliminarPortugal está em crise... mas como se justifica que no Canadá e nos Estados Unidos ainda hajam crianças que pouco têm para comer?
ResponderEliminarObrigada pelo Apache. : )
Fora as crianças que também t~em fome e ainda não vão à escola!
ResponderEliminarQue tristeza, que revolta esta caridadezinha! :-((
Abraço
Pensei que não iria ver essa realidade num país de "primeiro mundo"...
ResponderEliminarÉ como dizes, Gracinha: o que ainda veremos!
ResponderEliminarbeijinhos preocupados, embora ainda tenha trabalho e consiga pagar (a custo) as minhas contas.
Ainda bem, Nina! «Ainda» - dizes bem! Grande preocupação pelas minhas filhas, nem queiras saber!
ResponderEliminarÉ verdade, M.A.A., também nunca pensei! Nunca pensei, mesmo!
Um susto, uma pena, uma vergonha, não é, Rogerito?
É sempre pior para as crianças e para os velhos. E vem aquela Fette Kühe, armada em nazi, passar seis horinhas com o escuteirinho de Massamá e dar-lhe um apoiozinho e quanto se gastará em segurança e receção àquela mula de argola!
Registo com agrado a presença dos Shadows e do Apache.
ResponderEliminarQuanto ao tema vou abster-me para não ter que dar mais uma caçetada na inenarrável Jonet.
Bom fim de semana.
Não é que não a merecesse, Observador...
ResponderEliminarObrigada.