Pois passado ano e meio
da sua tomada de posse e a dita implosão ainda não se deu no ministério,
estando a dar-se aos poucos (paradoxo! uma implosão não se dá aos poucos; dura
alguns minutos) nas escolas já para não falar na cabeça de grande parte dos
professores.
No tempo em que o ministério
era “uma coisa complicada e uma pesada máquina
burocrática e tinha a Educação como pertença” – como disse o senhor
professor naquela entrevista acima referida, as escolas tinham os professores
das necessidades transitórias colocados em três ou quatro dias e, quando havia
que fazer uma contratação de escola para docentes ou técnicos, os procedimentos
e os critérios (mensuráveis e outros) eram definidos a nível nacional para que,
de algum modo, ficasse salvaguardada a equidade (onde é que eu ouvi esta
palavra ultimamente?!...) a igualdade de tratamento nas contratações. E, nestes
casos, se os Conselhos Executivos fossem atentos e dinâmicos, os técnicos e/ou
professores a contratar estariam em funções no espaço máximo de uma semana após
o encerramento do concurso de escola.
Atualmente que o
ministério da Educação já não é “uma coisa
complicada e uma pesada máquina burocrática e já tem a Educação como missão
reguladora genérica” – signifique isto o que significar… será que o senhor
ministro também foi vítima do “eduquês”? – e em nome de uma “autonomia de escola” que não está definida em
sítio nenhum, cada agrupamento de escolas decide sobre os critérios que muito
bem entende e tem de fazer uma
entrevista a cada candidato que tem o peso de 30% no processo de recrutamento
do candidato.
Como é fácil de ver,
esta invenção da entrevista dá para tudo! Para manter o candidato do(s) ano(s)
anterior(es) ou mandá-lo fora conforme ele/ela foi ou não foi do agrado. Para
contratar o filho daquele amigo que meteu um empenho do tamanho do castelo.
Para tudo! E se há aqueles diretores escrupulosos, sabedores e honestos que
fazem tudo dentro da legalidade e da transparência tendo em conta todos os
pontos do Código de Procedimento Administrativo porque o conhecem bem e o
seguem de perto, também há aqueles que dão conhecimento das entrevistas aos
candidatos convocando-os por mail das 10 da manhã para as duas e meia da tarde
excluindo-os se eles não aparecem mesmo alegando desconhecimento ou falta de tempo
para chegarem à escola; há aqueles que realizam as entrevistas sem qualquer
organização, sem qualquer guião, por vezes num tête-à-tête que não dura mais de cinco minutos; há os que contam metade
da pontuação de um determinado critério se o candidato não tiver aquele curso
ou aquele grau académico completo (tipo Relvas…); há os que exigem que os
candidato tenham a residência no local do agrupamento, etc. etc.
Um regabofe por esse
país fora! E os candidatos – coitados – acossados de toda a forma não se propõem
a denunciar estas situações porque, primeiro precisam do emprego; depois não
têm a quem se queixar porque as DRE, que também vão ser implodidas, não
funcionam; queixar-se ao ministério nem pensar porque nem os atendem nem lhes respondem; e
recorrer aos tribunais, enfim …
Não se trata da implosão
da escola nem do ministério. É a implosão do país aquilo a que estamos a
assistir!
ResponderEliminarDeplorável! Isto já parece uma manta de retalhos tão esfarrapada que não tem ponta por onde se lhe pegue.
Uma mega-trapalhada.
Lídia
Mas porque será que estes (des)governantes - que supostamente tinham tantos conhecimentos e experiência a nível técnico dos ministérios que iriam chefiar - afinal não acertam uma? Cambada!
ResponderEliminarBeijoca!
Se for implosão, ninguém dá conta...
ResponderEliminarTemo é que isto rebente!
Minha querida , é por estas e por outras que agora os ministros nem os jornalistas querem por perto e reforçaram a segurança.
ResponderEliminarBons sonhos
De facto, é a implosão do país. Feita de forma rigorosamente "matemática".
ResponderEliminarE o que não sai cá para fora, Gracinha!:(((
ResponderEliminarbji
Esteao menos cumpre a promessa :-)))
ResponderEliminarO Carlos e o seu sentido de humor...
ResponderEliminarAi rebenta, rebenta, Rogerito! Já esteve mais longe!
é verdade, Francisco, de uma forma rigorosamente "matemática"...
Nina, é uma pena que essas coisas não saiam cá para fora. Há que denunciar! Sem medos!