segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Em nome da Constituição






É, no mínimo, indecente o presidente do governo dos Açores ter decidido compensar pecuniariamente os funcionários públicos que, por força da Lei do Orçamento para o ano de 2011, vão sofrer cortes nos seus ordenados. Apesar de ser uma região autónoma, aquele arquipélago não deixa de ser abrangido pela soberania nacional pelo que deveria cumprir o que foi decidido, sabe-se a que custo, para todos os funcionários em geral.

Quanto a isto, ponto assente!

O senhor presidente da República veio, de imediato, para a televisão, na sua campanha eleitoral encapotada, dizer que considera que esta medida pode violar a Constituição e a moral e sei lá o que mais. Naturalmente! Um presidente da República tem de ser o garante de que toda a lei legitimamente aprovada seja cumprida de igual forma por todos os cidadãos! E, se estivermos atentos, vemos como os “elevadores” de opinião dos jornais puseram o senhor presidente no topo com uma setinha para cima por esta sua chamada de atenção sobre este assunto que, repito, considero deplorável.

Mas, alguém poderá explicar-me por que razão o senhor presidente não vem à televisão defender os princípios constitucionais de cada vez que o senhor presidente do governo da Madeira toma decisões contrárias às decisões nacionais ou de cada vez que profere aquelas barbaridades a que todos tivemos de nos habituar a ver e a ouvir e de cada vez que perpetra aqueles seus enormes dislates partindo sempre do princípio que a Madeira é a Madeira e não é o Continente?!

8 comentários:

  1. Quanto à parte do PR e do seu correlegionário, subscrevo, e embora possa parecer uma contradição acho que Carlos César apenas usou de uma arma que a Autonomia lhe dá e não foi a favor de um jornal, nem de clubes de futebol mas de todos os funcionários públicos que ganham até determinado montante!
    Por cá também se ouve falar de excepções...

    Abraço

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  2. O Sr. Silva não vem para a televisão defender esses princípios porque “ele não é político nem gosta de política” e detesta debates políticos. Já agora, alguém me sabe dizer o que é que ele tem andado a fazer estes anos todos?

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  3. E porque é que não se fala do Sr. Silva quanto às acções que possuiu no BPN e que foram bem vendidas? Terá sido por isso que nunca tomou uma posição firme, como lhe era exigido, para com o Dias Loureiro??? E haveria tanto a falar sobre «Os Lusíadas»...

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  4. As excepções costumam confirmar as regras, não é o que diz o povo? Não me preocupa o que se faz com os funcionários públicos dos Açores, mas com as outras excepções bem mais "volumosas"...
    Quanto às afirmações do Dr. Alberto João, lembram-se do que ele disse? "Os senhores sabem que eu não compro votos (...)". Dei uma gargalhada. E, nesse dia, nem sei se um palhaço me faria rir.

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  5. É precisamente isso que eu quero dizer com a minha interrogação final!
    E as de cá, como dizes são bem mais volumosas e escandalosas, acrescento eu...

    Abraço

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  6. Ai este sr. Silva que engana tão bem o "pessoal"! E o "pessoal" que tão bem se deixa enganar pelo sr. Silva...

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  7. Venha quem vier, só mudam as moscas!!!!!!!!!!!!

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