quinta-feira, 7 de março de 2013

Crispação





Todos os dias temos mais uns tantos motivos para mais nos sentirmos em situação de crispação e de revolta contra estes inconcebíveis senhores que, por vontade cega deste povo, ascenderam aos lugares de chefia deste triste país.

Ontem foi dia “cheio”! Primeiro foi aquele triste espetáculo dado pelo «senhor presidente do conselho» no debate quinzenal na Assembleia ao admitir que o salário mínimo é baixo, mas é razoável, e que seria improcedente aumentá-lo porque iria gerar mais desemprego. É que, de facto, a manutenção do valor do salário mínimo tem ajudado imenso ao não crescimento do desemprego… Por outro lado, 485 euros que, depois dos descontos, ficam por volta dos 430 euros mensais, quando o valor do limiar da pobreza está nos 421 euros, dão imensa margem de manobra às famílias! Que fariam o Sr. Pedro e a D. Laura se, cada um deles levasse para casa 430 euros por mês? Seria “razoável»!
 
Depois foi o mumificado ocupante de Belém, diligente herdeiro da cadeira do Almirante Tomás, que ao fim de trinta e não sei quantos dias de clausura saiu para falar numa qualquer moagem, não foi? e tratou de explicar que não são os presidentes que mais falam que conseguem influenciar o processo de decisão política…  Além disso, afirmou que tem uma agenda sobrecarregadíssima e que trabalha dez ou mais horas por dia. Coitado! Pelo meio ainda se gabou altivamente que ninguém no país tem a experiência política que ele tem… (E para que lhe servirá?!) Claro que depois, e ao contrário do aconteceu no tempo do anterior governo, atirou as culpas de tudo para os males da política europeia. Uma tristeza de presidente!

Estes senhores pretendem enganar quem? É evidente que nisto são por de mais coadjuvados pela nossa competente classe jornalística que a propósito de tudo e de nada vai colher as opiniões avalizadas dos senhores Ulrich, Soares dos Santos e outros quejandos do tipo António Borges, (para não falar dos comentadores de serviço como o matraqueador Marcelo e o pequeno Marques Mendes) que logo vêm defender toda a ação superior e achincalhar o povo enquanto pretendem inculcar-lhe até ao íntimo que, anos e anos, «viveu acima das suas possibilidades» e por isso agora precisa de ser castigado, empobrecido e embrutecido, vilipendiado.

É que é forçoso, urgente e indispensável que se torne este povo cego cada vez mais cego!




9 comentários:

  1. Cavaco veio demonstrar que a experiência nem sempre é uma mais valia.
    Quanto ao casal de Massamá precisava de viver um ano com o salário mínimo, para ver o que a vida custa. E já agora, o Borges também...

    ResponderEliminar
  2. A direita é assim... e a esquerda, alguma vez se unirá? Não sendo propriamente um velho começo a perder a esperança...

    ResponderEliminar
  3. Estimada Amiga Graça Sampaio,
    Infelizmente assim vai o nosso amamdo Portugal.
    Fico preplexo ao saber do que se vai passando e ao mesmo tempo pensando que as manisfestações em nada resultam, os altos dirigentes militares esse deviam ter uma palavra e por Portugal no caminho certo correndo com essa canalhada de políticos que nada mais fazem do que encher as algibeiras e se estão marimbando para o povo, que o grito da Vila Morena se torne realidade, e esses políticos que nunca nada fizeram e que auferem ricas pensões passem a receber o vencimento mínimo, ou nem, isso pois nada merecem.
    Esse cavoco tem uma lata dos diabos, foi ele que nos colocou no euro, sem fazer qualquer consulta pública tal como o so ares fez, na integração de Portugal na UE, mas tudo bem, são todos uma cambada.
    Abraço amigo

    ResponderEliminar
  4. Eu não vivi acima das minhas possibilidades, nunca gastei mais do que o que ganhei, não devo nada a ninguém, ainda poupei para alguns(poucos!) extras. É fácil acusar o povo do desgoverno que nos impuseram e lavar daí, cobardemente, as mãos!

    Bom fim de semana.

    ResponderEliminar
  5. Minha linda, a estes estupores - e apoiantes - eu só os punha a viver um ano com o salário mínimo, outro com subsídio de desemprego e outro sem nada.

    Bom Dia da Mulher, Gracinha!

    ResponderEliminar
  6. Preciso de me controlar!
    Cá em casa há um descontrolado que é um caso sério! :-((

    Abraço

    ResponderEliminar


  7. Começo por avisar que NÃO SOU a D. Laura a que fazes referência.

    Sou outra Laura que, presentemente, está a um passo de vir a receber uns 421 euros mensais, porque as manobras dos governantes me não vão deixar fazer mais nada a não ser escolher entre o pouco ou o nada. Vou ter, como outros nas minhas condições, de aceitar o que me quiserem dar e o salário mínimo, como reforma, será, assim, o meu sustento.

    Não devo nada a ninguém em especial, Graça.
    Devo, contudo, ao meu país por ainda não ter tido a coragem de mandar para o inferno esta gente que me tem vindo a aviltar psicologicamente e a tirar anos de vida.
    Sinto-me devedora do futuro da minha filha e do dos meus alunos.

    Devo-lhes o ter deixado que me roubassem Abril. Disso me penitencio!

    Beijo

    Laura

    ResponderEliminar
  8. Querida Laura (que não és a D. Laura do Coelho!) que texto pungente! Ao que nós chegámos! Como foi possível? Como foi possível chegarmos a isto?!

    Como diz a Leo, tenho de me controlar. Tenho de me controlar! Só porque não posso atirar-lhes uma bomba em cima!

    ResponderEliminar
  9. Lauramiga

    Quanto ao 25 de Abril, estes gajos que dizem que governam são um gangue de pulhas. Embora seja contra a violência, o que precisávamos, agora, eram uns três ou quatro Buiças...

    Divagando pela blogosfera, encontrei-te através da Graça o que me deu muita satisfação, pois considero que a Amizade e a Comunicação são das melhores coisas que há no Mundo.

    Por isso, resolvi visitar o teu blogue de que gostei; se não gostasse também to dizia. Sou assim, pão, pão, queijo, queijo…

    Vou a caminho dos 72 aninhos e faremos, eu e a minha Raquel (uma goesa desnaturada…), 50 anos de casados no dia 26 de Dezembro deste ano. Bodas de ouro? Bodas de felicidade éoké. Mas, esforço-me por me manter jovem… de espírito.

    Inscrevi-me como teu seguidor. E como amor com amor se paga, peço-te que faças o mesmo: que te tornes seguidor da minha Travessa que, então, será tua também. E, já agora, deixa também uns comentários. Ajudam-me a levantar o ego…

    Qjs = queijinhos = beijinhos


    NR. – Este texto é estereotipado, para poder comunicar com todas e com todos. Não vejam nisso qualquer coisa menos boa ou falta de consideração; o que se passa éke não tenho tempo para tudo; reformado trabalha mais do que antes. E um jornalista nunca se reforma…

    ResponderEliminar