Hoje estou a rebuçados do Dr
Bayard. Uma tosse cavernosa daquelas que vêm do fundo da garganta (não! nada tem
a ver com a garganta funda…) faz doer o diafragma, afeta-me a voz que já mal
domino e assusta quem ouve. Mas mesmo assim fui ao cinema. Já tínhamos marcado
até porque era o último dia da exibição do filme Argo cá em Leiria e lá fomos. Sessão
das 19.40 e espectadores únicos na sala – até dói só de pensar no prejuízo do
exibidor, mas enfim.
Um bom thriller à americana com a deificação do herói americano e a
habitual lamechice do lar americano desfeito por causa do trabalho insano e
incondicional do herói em prol da pátria, com as dolorosas saudades do filho,
criança sempre encantadora, e da serena esposa que, no final o (re)aceita num
imenso abraço. Enquanto thriller é
muito bom, tem personagens americanamente reais e põe-nos em suspense.
Baseado no episódio verídico da
crise dos reféns da Embaixada Americana no Irão em Novembro de 1979 quando os
iranianos exigiam aos Estados Unidos a repatriação do Xá da Pérsia para o
julgarem e assassinarem, claro! No meio do caos, seis americanos conseguem
escapar da Embaixada e encontrar refúgio na casa do Embaixador Canadiano.
Sabendo que é só uma questão de tempo até os seis serem encontrados e
provavelmente mortos, um especialista da CIA chamado Tony Mendez surge com um
plano arriscado para fazê-los sair do país em segurança, encenando a realização
de um filme – Argo – a ser filmado no Irão.
Gostei, vale a pena ver, mas do
que tinha lido e ouvido, talvez as minhas expectativas fossem por de mais
elevadas pelo que saí um pouco dececionada.
Entretanto, entre entrarmos e
sairmos do cinema, o Porto foi eliminado da Champions e o mundo católico ganhou
um novo Papa. Sul-americano pela primeira vez na história da Cadeira de Pedro e
de nome Francisco. O meu pai tinha umas teorias lá muito dele, algumas bem
estranhas, diga-se. Uma delas era caracterizar as pessoas a partir dos nomes próprios
com que tinham sido batizados. E dos Franciscos, que era o seu próprio nome,
como fora o de seu pai e foi também o do seu filho, meu irmão, dizia que eram
todos boas pessoas, mas um bom bocado infelizes.
Superstições. Minhas.
Aguardemos os fatos. Do "Argo" já filmados e propagados; do Francisco ainda a descobrir cenas dos próximos capítulos. Que venha para o bem de todos! Amém!
ResponderEliminarBj. Célia.
Imagina o que é estar sem qualquer hipótese de ir seja onde for! :-((
ResponderEliminarNão sei como é que vão ficar as coisas quando amanhã me for embora...
Quer dizer que seremos só 5 a falar ao mesmo tempo?:-))
Estou a precisar de dar umas boas gargalhadas!
Abraço
A superstição é um pecado...
ResponderEliminarE Francisco é nome adoptado.
(Jorge Bergoglio, acho que é nome de azar...)
Estimada Amiga Graça Sampaio,
ResponderEliminarBem recordado estou de vender esses belos rebuçados e que na altura, isto nos anos 50, eram muito eficazes, por cá os não há, mas em contrapartida existe um xarope maravilhoso, chinês, de nome PEI PÁ KOU, nas lojas chinesas em Portugal poderá encontrar.
Quanto ao filme, estava eu em Teerão quando se passou esse caso e voltei lá 144 dias depois quando os soldados americanos foram libertados.
Os dragões sem S. Jorge ao lado nada fazem, tal Benfica sem jesus rsrsr.
Sobre o novo Papa, o Francisco I veremos o que irá renovar na igreja que precisa de uma limpeza a 100%.
Votos de óptimas melhoras.
Abraço amigo
Tenho uma grande amiga que partilha essa característica com teu pai, sabes? Espero que o Francisco que inspirou o argentino seja o de Assis e não o co-fundador dessa abominável Companhia de Jesus, a que pertence.
ResponderEliminarQuando fui ver o filme alemão sobre os últimos dias de Hitler no "bunker" não havia mais ninguém na sala...
Tem excelente dia. Gracinha, e que melhores depressa.
ResponderEliminarNão vi, ainda, mas já li críticas favoráveis, outras menos...
As melhoras! O Doutor Bayard parece-me pouco para tanta tosse.
Lídia
Aquando da 2ª. Grande Guerra, algunss refugiados instalaram-se em Lisboa. Um deles chamava-se Bayard. Era cliente de uma mercearia na Baixa Lisboeta. Criou alguma simpatia pelo empregado que habitualmente o atendia. Assim, terminada a Guerra, regressou a França. Como tributo pelo bom atendimento, ofereceu ao funcionário a formula dos Rebuçados Dr. Bayard, que ainda hoje perdura.
ResponderEliminarFitas à parte... sem papinha é que não podíamos ficar.
ResponderEliminar:)
Não me apeteceu ir ver esse filme, estou um pouco farta do "american way of life"...preferi ir ver o "Amor", filme magnífico de humanidade e pungência!
ResponderEliminarAh esqueci-me - as melhoras:))))
ResponderEliminarArgo, sim. Grande Ben!
ResponderEliminarFrancisco? Passo.
FCP, uma derrota que me fez sorrir.
Eu gostei muito do filme. A americanice é relativa, já que, mesmo romanceada, grande parte da história é real! :)
ResponderEliminarBeijocas e as melhoras dessa tosse!
Também gostei do filme. Fascina-me tudo o que mostra que a realidade é muito mais pródiga do que a imaginação possa parecer. Foi o caso da preparação e execução daquela fuga.
ResponderEliminarO Papa nem comento. Quando teremos um renovador, tolerante e amante da transparência? Que peso não tem a Cúria?!