Todos conhecemos o apólogo da
Cobra e do Pirilampo: daquela Cobra que perseguia e amedrontava o Pirilampo não
porque ele lhe tivesse feito algum mal, ou sequer porque pertencesse à sua
cadeia alimentar mas tão-somente porque não suportava vê-lo brilhar.
Lá no meu antigo local de
trabalho, entrou há anos – não muitos se comparada comigo que lá vivi uma vida
– uma Cobra, bem feia por sinal e peçonhenta, que de imediato foi aceite no
ninho das outras rastejantes que por lá se moviam e capitaneavam logo se
tornando a mais diligente, ou melhor, o rosto visível de todas elas.
Manietou e fez o seu percurso
plantando maldades e espalhando o seu veneno surdo contra os que ingenuamente e por natureza elevavam a sua luz acima do nível térreo por onde se
insinuava.
Incansável, certa dos seus
desígnios, perseguiu, conspirou, invetivou. Serpenteou pelos caminhos do
“poder” lançando o seu silvo agudo para os (poucos) pirilampos que com o seu inofensivo mas genuíno jorro de luz lhe
encandilavam os olhos insidiosos.
Nunca perdoou ou esqueceu o dia
em o Pirilampo lhe levou a dianteira e a varreu para o canto juntamente com as
suas congéneres a quem, álacre, continuou a servir, perseguindo sempre,
aleivosa, a branca claridade que lhe ofuscara o caminho.
Foram anos de perseguição e de saltos
sub-reptícios para alcançar o Pirilampo até que finalmente conseguiu vencê-lo
pela traição e pelo cansaço.
Regressaram ao capitaneio os
rastejantes logo voltando à proteção do seu bando e recompensando a Cobra que
tanto por eles fizera. E quem quer saber dela, lá a encontrará, diligente e
ágil a assessorar, a comandar como sempre quis. Na sombra, sem responsabilidade
assumida…
Esta é a autonomia que, “crateriosamente” se tem vindo a implementar
nas nossas escolas.
Gracinha, essas cobras acabam sempre por morrer envenenadas com o seu próprio veneno, sabes?
ResponderEliminarPrejudicam muito, mas "cá se fazem, cá se pagam", podes ter a certa certeza disso...ainda que nós, por vezes, não assistamos à cobrança.
Abraço fratero para ti e para a vítima.
ResponderEliminarTambém tenho uma cobra e rastejantes idênticos. A COBRA disse-me, em 1 de setembro de 2012, depois de me mandar para horário zero há três anos, que EU lhe fazia muita falta lá.
Sorri, enquanto reprimi a vontade de o mandar à merda. (desculpa)
De facto, as escolas são, presentemente, ninhos de cobras.
Beijo
Laura
Afinal não era só na banca...
ResponderEliminar:(
Então eu tive sorte em sair dessa escola antes da cobra chegar, porque
ResponderEliminardetesto animais rastejantes!
Abraço
ResponderEliminarBela analogia!
Sei como é...
Beijinho
Será que há local sem cobras ! Infelizmente parece-me que não ! :((
ResponderEliminarConcordo com a São! Quantas acabam por morrer, vítimas de si próprias ?
Beijinho e bfs, Graça ! :))
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De rastos andam os desempregados
ResponderEliminaros jovens e os reformados
até um dia se levantarem do chão
há muito que ando rastejando e as cobras/viboras continuam a perseguir-me!
ResponderEliminarMas cobras mesmo temos muitas aqui na quinta por ser floresta e campo, mas não tenho medo.
Bom fim de semana Graça
beijinho e uma flor
Quando será isso, Puma?!
ResponderEliminarLeo, essa cobra chegou muitíssimo depois de tu saíres: já foi aí pelos anos 90.
Estou a ver que existem muitas cobras por aí...
O problema dos pirilampos é fazerem brilhar as cobras, é pelo menos o problema de alguns...
ResponderEliminarGraça! Quantas 'cobras criadas' no ninho educacional, hein?! Incrível, mas também percorri por longa estrada profissional na educação, com ninhos de cobras prontas para darem 'o bote' envenenando todo e qualquer bom cristão... Sem soro antiofídico!
ResponderEliminarBjs. Célia.
Confesso que não conhecia a estória do pirilampo e da cobra. Tenho tido sorte, não me tenho deparado com esse tipo de cobras.
ResponderEliminarNão gosto de as ver – as verdadeiras - nem em fotografias!
e o seu veneno pode ser letal.
ResponderEliminaré muito complicado "sobreviver-lhes", mas acontece...
o problema é que o tempo continua a ser delas, porque somos um país de medrosos e merdosos.
abraço Graça
De facto, Luís! Tem toda a razão. O seu veneno pode ser letal por isso, meia hora depois de ter editado o meu texto, tive de o alterar a pedido... e por medo das represálias...
ResponderEliminarCatarina, também sou incapaz de as olhar na televisão e até mesmo em fotografias. Causam-me arrepios.
Elas estão por toda parte, é o satanás em forma de gente. Portanto devemos lembrar que são pessoas fracas, por ouvir a voz do inimigo e agir conforme mandado, mas só são atraídos por ele quem se deixa levar através de suas próprias atitudes.. Mas Deus não se deixa escarnecer, tudo que o homem semear isto tbm ele ceifará
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