A cena é antiga: quando tenho (ou tínhamos, que agora já não dá para usar o plural...) de ir fazer análises, vou sempre ao mesmo laboratório que fica aqui a cerca de um quilómetro de casa e, logo de seguida, porque detesto estar em jejum, já que a primeira coisa que faço todas as manhãs é ir tomar o pequeno almoço, vou beber o meu cafèzinho com leite e o meu pãozinho com manteiga, bem refastelada ali na pastelaria próxima, onde me divirto a observar os engraçados comportamentos dos miúdos e das miúdas da escola secundária ali vizinha.
Ora hoje lá tive de ir fazer análises. Em jejum, e de máscara, claro!, espera o autocarro, apanha o autocarro, sai do autocarro, põe-te na bicha, bem distanciada, para seres atendida sem contágios e pronto. Até nem demorou muito!
E depois? Cheia de fome, acho que até me tremiam as pernas... Toca de ir comer ali à pastelaria! Só que...nem miúdos da escola secundária para espiar, nem cadeiras e mesas onde me refastelar - apenas uma bicha - outra, depois da do laboratório de análises - bem distanciada de pessoas para irem comprar pão e beber café.
Pensamento que, de momento, me assaltou: será que só servem café?! Ainda desmaio para aqui com fraqueza (cena que acontecia amiúde nos meus tampos de adolescente) ...
Ponho-me na bicha e vou pesando: o que é que eu peço? Bebo um café e pronto?...
Next! - Não, a senhora disse: «pode entrar outro!» E eu entrei e, a medo, perguntei se também faziam meias-de-leite (que são deliciosas! Quentinhas e fortes, como eu gosto!) Para meu consolo, a senhora, com grande espanto, disse que sim!
De modo que, eu vi-me de máscara, carteira ao ombro, depois de pagar e de desinfetar as mãos por causa do dinheiro.... (credo! que nojo!) - vi-me sair da pastelaria, com um copo grande de papel a ferver com a meia-de-leite lá dentro e um pão-de-deus enfiado num cartucho e vi-me (oh, meu Deus!) acercar-me de uma caixa metálica daquelas de eletricidade ou sei lá de quê, que me serviu de apoio, a tomar o belo do meu pequeno almoço...
Sabemos nós lá para o que estamos guardados!!
Não percebi uma cena. A amiga Sara Sampaio pôs-se na bicha, ou na fila?
ResponderEliminar( brincando)
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Tenha uma noite de Paz e bem
Cuide-se
Sempre na «bicha» - foi como aprendi a dizer e não me fazem medo as palavras....
EliminarBeijinho.
Tb tenho dificuldade em passar 14 horas sem comer. O laboratório é a uns 5 minutos de carro, mas levo sempre comigo uma garrafa de água e uma banana ou uma barra de proteína. Aliás, há sempre uma garrafa de água e uma barra de proteína no carro... just in case...
ResponderEliminarQuanto ao lugar onde tomaste o pequeno-almoço... Estou a imaginar-te... :))
De morrer a rir..... :)))
EliminarEu tenho sorte. O laboratório onde sempre faço as análise fica na minha rua, duas portas além da minha. Abre às sete e meia, normalmente chego lá um pouco antes, sou a primeira, faço as análises e volto para casa onde tomo o pequeno almoço.
ResponderEliminarAbraço, saúde e bom fim-de-semana
Grande sortuda! Ainda bem!
EliminarBeijinhos sem análises...
Para mim, é sempre uma violência sair em jejum, pelo que,
ResponderEliminarentendi muito bem o teu desconforto.
Quanto à conclusão, soa a fado, mas é uma verdade pura...
Beijinhos roqueiros... Srrsssss...
~~~~~~
Fado - faduncho!!! É o que temos...
EliminarBeijinhos roqueiros...
Espero não ter necessidade de fazer análises nos tempos mais próximos. Não só o laboratório dista cerca de dois quilómetros como, por perto, está tudo fechado.
ResponderEliminarEm tempos chamados normais, é simples porque a pastelaria, agora encerrada, está à distância de uma dúzia de passos.
É a vida!
Bom fim de semana, Graça. Beijinho
O que vale é que na próxima 2ª feira as pastelarias e os cafés já podem abrir a 50%....
EliminarBeijinho.
Mudei de laboratório, ou melhor, de Clínica onde fazem as colheitas para análise, de uma que me ficava mais distante, para outra perto de casa precisamente pela facilidade de poder vir tomar o meu pequeno almoço, descansadinha e como gosto.
ResponderEliminarImagino esse desgaste em tempos de Coronavírus.
Não te lembraste de levar um chocolate na carteira, foi o que foi, Graça. Ir em jejum de autocarro e ficar depois de pernas a tremer e com o galão num copo de papel na mão? Eu, com as minhas tonturas matinais, caía logo pró lado!
Cuida-te, Gracinha. E não só contra o vírus, mas contra tudo o que nos é adverso.
Beijinhos
Obrigada, Janita! Podia ter levado umas bolachas realmente, mas nem me passou por esta cabeça desmiolada...
EliminarBeijinho.
"Põe-te na bicha" -😂😂😂😂
ResponderEliminarQuando cheguei a essa parte depois de ficar bem esclarecida sobre a proibição do plural "íamos", achei piada. Pensei (ou pensava antes de proibirem plurais) eu que "bixa" era expressao que não se usava (ou corretamente usa) mais. Por yer conotação no calão com a homossexualidade. Pensei que agora só se diz "fila".
Fila de supermercado, fila de bilheteira, etc..
Com a nova conotacao que a palavra bixa ganhou, não a aconselho a por-se nela 😂😂
Um abraço
É isso: «bixa» não tem nada a ver com «bicha»... eh eh eh eh...
EliminarBeijinho.
Quando voltaremos à nossa vida normal? Imagino como foi difícil, Graça.
ResponderEliminarUm bom fim de semana com muita saúde.
Um beijo.
Quando voltaremos? E como? Tantas incertezas... Enfim! O que importa é acordar vivo - como dizíamos no nosso tempo de liceu...
EliminarBeijinho.
Isto vai passar e voltaremos a beber um galão e um sandes de queijo, como eu gosto, fora de casa. Sabe tão bem ... e depois observar as pessoas que à nossa volta deambulam !
ResponderEliminarAbraço Graça
Oxalá!!! Está a fazer-nos muita falta...
EliminarBeijinho, Ricardo!
Pior que os vírus
ResponderEliminaré o medo que deles temos
Com máscaras sobre máscaras
resistimos
Bj
Vamos resistindo...
EliminarAté me deu coragem para ir fazer as minhas análises!
ResponderEliminaragora de tomar o pequeno almoço fora?! não sei ainda
mas que adoro aquelas torradinhas e as meias de leite, adoro, sim!
nem que sejam em cima de uma caixa da EDP...
Eh, eh eh eh eh.....
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