sábado, 9 de maio de 2020

O Mito da Europa

Hoje celebra-se o Dia da Europa – da Europa Unida (ou não…) – não da Europa da poesia e do mito.

 E…

… nada como a Grécia Antiga, berço de toda a nossa civilização ocidental, para nos contar histórias de encantar como é esta do Rapto da Europa.

Filha de Agenor e de Telefassa, esta Europa foi amada por Zeus.

Zeus viu Europa brincar com as suas companheiras na praia de Sidon ou de Tiro, no reno de seu pai. Apaixonado pela sua beleza, transformou-se num touro de resplandecente brancura e cornos semelhantes a duas luas na fase de quarto crescente. Aproximou-se assim da jovem, indo deitar-se a seus pés.

Primeiro, Europa assustou-se, mas pouco depois, tomando coragem, acariciou o animal, sentando-se sobre o seu dorso.

Logo o touro se levanta, correndo em direção ao mar. apesar dos gritos da jovem, que se agarrava aflita às hastes do animal, ele avança por entre as vagas e vai-se afastando da margem.

Chegam ambos a Creta, onde junto a uma fonte, em Gortina, Zeus consuma o seu amor pela jovem, à sombra dos plátanos que, em memória desta paixão, obtiveram o privilégio de nunca perderem as folhas.

Europa teve de Zeus três filhos: Minos, Sarpédon e Radamente. Em trica, Zeus ofereceu-lhe três presentes: deu-lhe Talo, o homem de bronze que guardava as costas de Creta, impedindo o desembarque de estranhos; entregou-lhe um cão que nunca deixava escapar presa alguma e ainda uma lança de caça que jamais falhava o alvo.

Depois casou-a com Astérion, rei de Creta que não tendo filhos, adotou os de Zeus.

Após a sua morte, Europa recebeu honras divinas. O touro em que o deus se metamorfoseara tornou-se uma constelação e foi colocado entre os signos do Zodíaco.

(in Dicionário de Mitologia Grega e Romana, Pierre Grimal, Difel Ed, 1992)


O Rapto da Europa
daqui

Agora a análise do mito e respetiva leitura transcendental cabe a cada um de nós/vós...



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