sábado, 23 de maio de 2020

Faz hoje 97 anos!

Filósofo, crítico e ensaísta literário associado ao existencialismo, tomou a poesia como fonte preferencial da sua obra. Fernando Pessoa, o Modernismo e Portugal são temas recorrentes nos seus ensaios.

Eduardo Lourenço (de Faria) nasceu em São Pedro de Rio Seco, concelho de Almeida,distrito da Guarda em 23 de maio de 1923.  

Frequentou a Escola Primária na sua terra natal. Depois ingressou no Liceu da Guarda e terminou os seus estudos secundários no Colégio Militar em Lisboa. Frequentou o Curso de Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra que terminou em 1946.

Assume as funções de Professor Assistente nessa Universidade, cargo que desempenha até 1953. Desde então e até 1958 exerce as funções de Leitor de Língua e Cultura Portuguesa nas Universidades de Hamburgo, Heidelberg e Montpellier. 

Nos anos de 1958 e 1959, rege, na qualidade de Professor Convidado, a disciplina de Filosofia na Universidade Federal da Baía (Brasil). Ocupa depois o lugar de Leitor a cargo do Governo francês nas Universidades de Grenoble e de Nice. Nesta última Universidade irá desempenhar posteriormente as funções de Maître-Assistant, cargo que manterá até à sua jubilação no ano letivo de 1988-1989.

Eduardo Lourenço é ainda Doutor Honoris Causa pelas Universidades do Rio de Janeiro (1995), Universidade de Coimbra (1996), Universidade Nova de Lisboa (1998) e Universidade de Bolonha (2006). Desde 2002 exerce as funções de administrador não executivo da Fundação Calouste Gulbenkian.

Para além dos numerosos prémios com que foi agraciado ao longo da sua vida mercê das obras que escreveu sobre literatura, filosofia e sobre a cultura em geral,  em dezembro de 2011, foi-lhe atribuído o Prémio Pessoa. 



Fica ainda aqui um pequeno vídeo com mais informação sobre este brilhante autor que, para além de palavras do próprio, conta com as opiniões e testemunhos de outros estudiosos de nome sobre o nosso homenageado de hoje.





8 comentários:

  1. Olhando à época nota-se logo que nasceu numa pobre barraca, onde escasseava a comida, tinha que andar descalço, entre outras "riquezas".

    Parabéns pelo seu aniversário. É uma idade bonita.
    .
    Um Sábado feliz

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    1. De facto, teve a sorte de ser bem-nascido, o que não acontece com muitos e muitas por esse país fora...

      Obrigada.

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  2. Eduardo Lourenço, por ele próprio, se mostra desencantado de si mesmo. Ele afirma, no principio do vídeo, que sempre se deixou conduzir pela vida e que nunca teve um projecto, uma meta. Termina na a amargura de não ter sido médico, de poder ter feito algo que poderia, ele próprio, ser considerado útil. E de facto assim foi. Dele dizem, usando adjectivos diferentes, um homem que nem era nem filósofo nem ensaísta, sendo uma coisa e outra. Na evidência da pouca aderência do seu pensamento à realidade cito o caso dos seus livros sobre a Europa, no inicio um aderente confesso ao Projecto Europeu para depois passar a ser um desiludido... Foi um homem que passou ao lado do seu tempo, e, curiosamente tem uma lúcida consciência disso.

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    1. Não sei se será assim tão pouco... Ele é um pensador, daí o desencanto pelo mundo em que vivemos.

      É uma referência.

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  3. Como todos os grandes Homens, parece insaciável e humildemente simples.

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    1. Humildade - isso mesmo! Que é o que falta a muito boa gente.

      Obrigada pela visita.

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  4. Gosto muito de passear nesse
    parque, de ver as flores, as
    pessoas e suas histórias e
    saber de você.
    Bom dia, bom domingo e, se cuide.

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