quinta-feira, 30 de abril de 2015

Dia Mundial da Dança

A este «dia de» não resisto, até porque a minha grande paixão em gaiata era mesmo vir a ser bailarina clássica. Só que depois fiquei-me por ... professora. Que grande falta de originalidade...

Da página do facebook da Youth America Grand Prix (YAGP) «roubei» duas ou três imagens de figuras super clássicas, daquela de que gosto mesmo muito.

Vejam se gostam.







E, já agora, umas imagens do "nosso" António Casalinho, aqui de uma escola de bailado de Leiria, que apenas com 11 aninhos, venceu, pelo segundo ano consecutivo, o prémio «Hope Award» da YAGP.






terça-feira, 28 de abril de 2015

O inefável (C)rato!

Então dizem que hoje é o dia do sorriso. Mas isso não nos interessa nada – fartos estamos todos nós destes «dias de inventados» à última hora! Mas só chamo aqui a aturdida efeméride porque não foi nenhum sorriso o que se me aflorou aos lábios, mas riso às gargalhadas quando li, na primeira página no jornal e em grandes parangonas, que o inefável (ou será que devo dizer ‘miserável’) (C)rato vai instituir o mandarim como disciplina obrigatória para os alunos de Humanidades a partir do 10º ano e opcional para os restantes.

É de rir até às lágrimas – ou de chorar copiosamente (já nem sei!) – esta Cratinice!! Esta entre outras e tantas! Quer dizer: não sei por que elevada razão, deixou-se cair o Latim nas Humanidades que tanta falta tem feito para um mais profundo conhecimento da nossa língua especialmente aos futuros professores de Português e vai-se obrigar a estudantada a ficar com os olhos em bico para aprender uma língua que nada tem a ver com a nossa família linguística só para atrair mais vistos Gold e mais compradores para as nossas instituições? Se a notícia fosse dada no dia um de Abril, não acreditaríamos…

De rir também a bandeiras despregadas é a conclusão a que chegou o indizível IAVE – que é onde se elaboram aquelas inexoráveis provas de exame e respetivos tristes critérios de classificação – acerca dos exames que o senhor ministro (que tanto agradou aos senhores professores…) aplicou aos miúdos dos 4º e 6º anos para elevar o ‘grau de exigência’ e assim contribuir para uma melhoria dos resultados e dos conhecimentos: pois concluíram que, afinal, os miúdos … sabem menos…

Eheheheheheh… de facto, o senhor ministro da atraente e sedutora barbicha de dois dias que tão mal disse das Ciências da Educação que apodou de ‘eduquês’ só provou que de Educação e das respetivas ciências não sabe é nada!!!

Risos e gargalhadas!



domingo, 26 de abril de 2015

Encontro de Bloggers

Por de mais anunciado e irrepreensivelmente preparado pelo Coisas da Fonte, o 2º encontro de bloggers aconteceu hoje e foi um sucesso! 

Encontrámo-nos aqui (em Monte Real) e aqui almoçámos.



Olhem-me só que grupo tão simpático!


Estiveram presentes, além do Coisas da Fonte , a Flor de Jasmim e o seu Folha Seca, o lidacoelho, o Pacto português, a Quiproquo, a Só te peço cinco minutos, o Minha travessa Ferreira, o tinta com pinta, a dona dos Jardins de Afrodite, a Janita e eu própria. Expressamente do Brasil (no seu vagon do Oriente)  veio o Professor João Paulo Oliveira. Isto sem nomear os simpáticos acompanhantes de muitos de nós...

(espero não me ter esquecido de ninguém...)

E agora, umas fotos avulso...










































Só vos digo que foi um encontro divertidíssimo. Toda a gente estava super bem-disposta e contaram-se muitas anedotas de alentejanos...

Ficou combinado que o próximo encontro será em Lisboa para facilitar a presença dos nossos amigos do centro-sul. Até porque se o primeiro se realizou no Porto e o de hoje aqui em Leiria, é justo que da próxima vez vamos a Lisboa.

Depois ponderaremos se vamos ter com a Esquina da Tecla ao Algarve ou quem sabe, com  a ematejoca a Dusseldorf, ou com a Contempladora Ocidental a Toronto... ...


sábado, 25 de abril de 2015

País de Abril

(Daqui)

São tristes as cidades sob a chuva
e as canções que se atiram contra as grades
- minha pátria vestida de viúva
entre as grades e a chuva das cidades.

É triste o cão que ladra no canil
quando é março ou abril e lhe prendem as pernas
é triste a primavera no País de Abril
- minha pátria perfil de mágoas e tabernas.

É triste: uns vestem-se de Abril outros de trapos.
Tu ó estrangeiro é só por fora que nos olhas
- minha pátria bordada de farrapos
capa de trapos remendada a verdes folhas.

Abril tão triste no País de Abril. Por fora
é tudo verde. (Abril com máscaras de festa).
Por dentro - minha pátria a rir como quem chora
(A festa da tristeza é tudo o que lhe resta).

Abril tão triste no País de Abril. Aqui
a noite. Aqui a dor. Meninos velhos
- minha pátria a chorar como quem ri
em surdina em silêncio. E de joelhos.

(Manuel Alegre; in País de Abril; 2014)


Poema dedicado a Ernesto Melo Antunes, escrito na década de 60, mas que infelizmente se sente, de novo, infelizmente tão atual!

sexta-feira, 24 de abril de 2015

O primeiro 24 de Abril

(Do DN 150 anos)
Lembro-me sempre muito do primeiro 24 de Abril depois daquele 25 de Abril que para sempre haveria de mudar as nossas vidas.

A excitação vinha do facto de irmos participar, pela primeira vez, numas eleições livres! Pacoviamente habituados que estávamos a comprar uma roupinha nova para os eventos especiais – exames no liceu, idas a espetáculos de algum nível, visitas ou passeios distintos – lá fui comprar uma camisa nova (adoro comprar camisas para os homens! Influências de meu pai que era o que noutros tempos se chamava «chefe de escritório» e mudava de camisa, especialmente no verão, duas vezes por dia) para o meu jovem marido. Comprei-lhe uma camisa de cambraia azul escura com raminhos castanho-dourado, com aqueles colarinhos de tamanho exagerado dos anos 70, de boa qualidade e melhor preço, na melhor loja de Leiria – nessa época vivíamos melhor que hoje, se bem que ainda não «acima das nossas possibilidades» - e, chegada a casa, avisei com o meu melhor tom de ironia, que tinha sido aquela daquela qualidade porque, se no dia seguinte as eleições fossem ganhas pelo PC, poderíamos ter de usar farda à MAO…

No dia das eleições (para a Constituinte), as pessoas postaram-se nos locais de voto manhã cedo e formaram bicha para votarem. Foi lindo de se ver o entusiasmo, a alegria, a excitação ali na Junta de Freguesia de Marrazes onde votamos.

As filas serpenteavam pelo adro da escola e eu, grávida da minha filha mais velha, de blusa vermelha como convinha debaixo da túnica larga amarelo sol, alegremente negava a quem me convidava a passar à frente na bicha para não ter de esperar de pé. Aos 27 anos, era o meu primeiro voto e tinha de o aproveitar, de o fruir bem. É por isso que quase se me arreganham as unhas dos pés quando me dizem «Votar, eu? Para eles se irem encher para lá?!» e outros impropérios revoltantes.

Sabem lá eles – ou apenas não querem saber – o que custou ganharmos o direito a votar! E outros de igual e até maior importância!!

Por isso – e apesar de tudo – 25 de Abril SEMPRE!!


quinta-feira, 23 de abril de 2015

Igreja virou livraria

Já que hoje é dia de celebrar os livros, vamos fazê-lo em Óbidos.

Havia uma igreja - dizem que dos tempos de D. Sancho I - que estava abandonada (coisa única neste retangulozinho à beira-mar plantado). Então alguém se lembrou de a recuperar, usando fundos europeus, e de a transformar em livraria. Foi inaugurada há dois anos e tem o nome de «Ler Devagar».


Igreja de Santiago



















Mas em Óbidos nem só de igrejas vivem os livros...  Vimos outra livraria cheiinha, cheiinha de livros num mercado de produtos biológicos. Um espanto!!


















Na igreja, no mercado, na taberna, na feira da Ladra, seja onde for, comprem-se livros! 

Leia-se!

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Morreu o Richard Anthony

Pois foi: morreu o Richard Anthony. Aos poucos vão desaparecendo as pessoas que nos estruturaram os gostos, os dias, a vida enfim. E, qualquer dia vamos nós.  

Vão os nossos poetas, vão os nossos cantores e ícones do cinema – não falei aqui da passagem de Herberto Hélder ou de Manoel de Oliveira por serem grandes de mais e por me sentir verdadeira gota no oceano para os enaltecer. 

Foi o grande (e discreto e ainda novo) ministro Mariano Gago – que me apanhou de surpresa – e que «apesar de ser do partido socialista» [estou a citar] deixa um imenso vazio no seu lugar na Ciência e na política educativa. [De surpresa me apanhou também, a forma como o meu jornal diário deu a notícia da sua morte, ocupando quase uma quarto da capa com a fotografia de uma qualquer senhora Mariana, professora de Economia não de onde, relegando a morte do nosso grande senhor da Ciência lá para as páginas do meio do jornal com uma insignificante chamadinha no cantinho inferior direito, do mesmo tamanho da «nova vida de Tiago “Saca”», seja ele quem for… Enfim! Afinal sempre era do partido socialista…]

Mas… voltemos ao Richard Anthony que foi quem aqui me trouxe. Quem é que, da rapaziada da minha idade, não dançou que se fartou ao som das suas canções (normalmente versões francesas de grandes êxitos da canção anglo-saxónica?

Quem se lembra do “J’entend siffler le train”?





Ou de "Aranjuez, mon amour"




Ou da alegre "C'est ma fête"






Mas o melhor mesmo era dançar o twist ao som do "Let's twist again".

https://youtu.be/2-zKA997dV8  

(Vão ver ao YouTube ver que se vão fartar de rir...)

terça-feira, 21 de abril de 2015

Quem nos dera!

E se o mundo fosse assim?




segunda-feira, 20 de abril de 2015

Abril, mês da prevenção dos maus tratos na infância


Então dizem que Abril é o mês da prevenção dos maus-tratos na infância e que «sendo a protecção das crianças responsabilidade de toda a sociedade, pretende-se com esta comemoração consciencializar a comunidade para a importância da prevenção dos maus-tratos na infância, através do fortalecimento das famílias no sentido de uma parentalidade positiva e ainda do fundamental envolvimento comunitário.»

Muito bem! Esqueceram-se foi de meter o “governo” nisto! Falam das famílias, da parentalidade positiva, da comunidade em geral, mas deixaram os maiores responsáveis de fora! É que os maus tratos não acontecem apenas nas famílias, nem acontecem por acaso.

Quando os níveis de pobreza sobem aos 20% da população e existem 2,6 milhões de pessoas em risco de pobreza ou de exclusão social;

quando os casais em que ambos os cônjuges estão sem emprego se contam aos milhares, muitos deles sem terem comida para dar aos filhos;

quando se contam aos milhares as crianças que se apresentam nas escolas sem terem comido nada desde o dia anterior e para as quais a única refeição de jeito que fazem é na cantina da escola;

quando nas escolas o número de técnicos de psicologia, terapeutas, professores de apoio e de auxiliares de ação educativa – quais «assistentes operacionais», qual carapuça?! – tem sido drasticamente cortado de há quatro anos para cá;

quando os técnicos na Segurança Social e nas Comissões de Proteção de Crianças e Jovens têm sido dispensados às centenas;

quando os Lares e Instituições de Acolhimento estão atulhadas e funcionam sabe deus como;

quando os Centros Educativos são escassos e sabe-se lá também como funcionam;

quando os hospitais não têm pessoal nem dinheiro para fazer face às necessidades de uma população cada vez mais carenciada de grande parte dos cuidados básicos;

depois de tudo isto e de muito mais, poderemos continuar a responsabilizar a «parentalidade» e a comunidade de todos os males que assolam as crianças?

Deveremos continuar hipocritamente a «comemorar» todo o mês com encontros e debates, desdobráveis pintados com frases bonitinhas e balõezinhos coloridos? Ah! E com conversinhas com a inefável Jonet e com o balofo presidente da União das Misericórdias… 

Poupem-nos!

domingo, 19 de abril de 2015

Andar pelas alturas

Aconteceu mesmo. Na verdadeira ace(p)ção da palavra: ontem andámos mesmo lá pelas alturas. 

Metemos pelo pinhal e fomos dar ao ponto de vigia chamado Ponto Novo e lá tivemos de subir os 58 degraus até ao topo de onde se vislumbra o mar e o pinhal em redor.

(daqui)



(com a neta)


(Há sempre forma de comparar as figurantes com as de outras eras e ver as diferenças...)


(com a sogra; Jan/76)

Diretos a S. Pedro de Muel, passámos pelo Farol e lembrámo-nos de bater à porta. 



Recebeu-nos um simpático faroleiro que se disponibilizou a mostrar-nos o equipamento por dentro. 

E toca de subir mais 153 degraus!







(As lâmpadas)

(Maquinaria francesa)

(De fora)

(Frente ao mar)

(S. Pedro ali em baixo)
(E toca a descer)