Língua;
língua da fala;
língua recebida lábio
a lábio; beijo
ou sílaba;
clara, leve, limpa;
língua
da água, da terra, da cal;
materna casa da alegria
e da mágoa;
dança do sol e do sal;
língua em que escrevo;
ou antes: falo.
(Eugénio de Andrade, Rente ao Dizer)
(Ontem, por acaso, vi o programa Prova dos Nove. Não, não vou referir a discussão entre Pedro Santana Lopes e Fernando Rosas à roda do entendimento de democracia de cada um. O que me surpreendeu completamente e me deixou verdadeiramente espantada comigo própria foi o facto de ter concordado com o que foi dito (e com a forma entusiasta e esclarecida como foi dito) por Santana Lopes, enquanto discordei em absoluto da opinião (que denotou apenas falta de conhecimento) de Francisco de Assis sobre ... o acordo ortográfico.)
Carol
ResponderEliminarO Francisco parou no tempo.
beijinho e uma flor
Não vi o programa. Passei para te deixar um beijo.
ResponderEliminarNão vi o programa e os excertos que passaram no facebook não os consegui ouvir, porque estou sem som nas colunas. De qualquer forma, é natural que Santana Lopes conheça melhor o Acordo Ortográfico: foi ele que o assinou em 1990! :)
ResponderEliminarBeijocas!
Querida Carol, já fui espreitar a Turista nada Acidental que me indicaste! :P
ResponderEliminarMais um grande poema dum grande poeta da nossa terra.
ResponderEliminarObrigado, pois não conhecia esta partícula da sua imensa obra.
Um grande abraço, querida amiga
Bem sei, Teté, que foi o PSL que assinou o acordo ortográfico e ainda bem. Ao menos isto não foi culpa do Sócrates...
ResponderEliminarFlor, nunca tive muito boa opinião do Assis. Acho que ele se perde nas muitas palavras que diz por minuto: parecem-me mais as palavras do que as ideias e o conhecimento. O grande espanto para mim e em mim foi concordar com um elemento do PSD e discordar de um do PS...
Obrigada, Duarte, por ter gostado e referido o poema que é o mais importante desta minha entrada.