Absolutamente insólito!
1. Primeiro
foi o anúncio de que o 5 de Outubro
deixaria de ser feriado a bem da produtividade nacional! Nem Salazar que de
republicano nada tinha se atreveu a retirá-lo da lista dos feriados.
2. Depois
foi o anúncio, feito à última da hora para tomar todos de surpresa, de que,
pela primeira vez as comemorações não seriam
realizadas na Praça do Município onde o povo de Lisboa sempre se reuniu para
assistir e aplaudir a festa da República para serem realizadas no espaço bem
fechado de um tal Páteo da Galé porque o senhor presidente estava cheio de medo
que os cidadãos revoltados e cansados de tantos desmandos que têm sofrido graças
a um governo apadrinhado por este senhor presidente lhe estragassem a festinha.
3.Apesar
de estarem a coberto, o aparato policial
e as ruas fechadas ao público foram uma demonstração de força ditatorial que é
sinal de medo.
4.Lamentavelmente,
os lisboetas não tiveram tempo ou não
tiveram uma liderança que os mobilizasse para rodearem o dito Pátio para
intimidarem – sim, intimidarem – o medo demonstrado pelo senhor presidente.
5. Os
chefes do governo fugiram para uma
reunião importantíssima algures na
Europa desdenhando das comemorações republicanas ou, melhor, escondendo-se
também do povo.
6. Como
que por ironia do destino, quando o senhor presidente foi simbolicamente proceder
ao içar a bandeira, esta subiu de cabeça para em baixo, sabe-se
lá sinal de quê!
7. Depois
aquele discurso absolutamente anódino e
fora do contexto imediato da situação do país em que o senhor presidente,
acossado que tem sido de todos os lados por tudo o que tem dito nos últimos
tempos, resolveu – para dar ideia, só para dar ideia que quer equilibrar os
dislates afirmados pelos vários elementos deste governo que nos caiu em cima –
dar “graxa” aos professores – que ele sabe bem serem o elo mais fraco logo que
lhes tentam polir o ego – falando da importância da educação e de como os
professores são importantes… Ah! E dos jovens! Também falou dos jovens!
Hipocrisias!
8. Entretanto,
duas mulheres – tinham de ser
mulheres! – tiveram a coragem de
interromper aquele discurso patético: uma completamente destroçada pela
vida decorrente das (des)medidas de um governo que, malgrado ter sido
democraticamente eleito, governa contra o próprio povo; a outra, cheia de
coragem e de pundonor, cantou alto e com a sua voz clara o Acordai, novo “hino” da multidão dos descontentes, dos desiludidos,
dos desesperados que todos os dias cresce em tamanho e em clamor.
Mas o dia do(s) animal(is) não foi ontem?
ResponderEliminarNota positiva, a última parte do discurso de António Costa.
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=L7ofQYWJvxI
Para as galés precisam estas criaturas do Governo , Cavaco , especialistas e assessores serem enviados!!!!
ResponderEliminarUm abraço
Um dia para não mais esquecer!
ResponderEliminarSe uma das senhoras me fez engolir a comida sem vontade, a outra fez-me arrepiar.
Haja futuro!
bji
Acabadinha de chegar...que dia ...que " mestifório" (?) Como diria uma tia minha que já não está cá...que pena tenho de não ter visto em directo...Mulheres com tomates ...
ResponderEliminarM.A.A.
A bandeira não foi hasteada de pernas para o ar, algum engraçadinho a trocou por outra de fabrico chinês (porque o que está de pernas para o ar é ó símbolo, as cores estão correctas), suponho que para deixar o presidente mais mal visto do que já está... Bom, mas se disso não podemos acusar Cavaco, do seu autismo e desses discursos desfasados da realidade sim... ;)
ResponderEliminarGrandes mulheres, sim senhora! Não estive a ver as comemorações (que denunciam bem o medo que reina entre os detentores do poder)mas vi mais tarde... E achei piada que as câmaras de TV fugiram todos para elas, não tendo chegado a ver a cara com que Cavaco ficou... :)))
Mas sim, Hitler também foi eleito democraticamente, nem por isso deixou de ser o ditador implacável que foi! Para já, estes são mais cobardolas que outra coisa...
Beijocas e bom fim de semana!
Estimada Amiga Graça Sampaiao
ResponderEliminarAtravés da RTPi assisti em directo às cerimónias, uma pouca vergonha, escondida num pátio.
O discruso papético do cavaco fugindo às realidades do país, deixou uma vez mais à prova que o país anda mesmo sem leme.
As duas senhoras que tivera a coragem de se manifestarem deram cor à cerimónia que terminou logo ali, e o cavo saiu bem acompanhado com medo de levar alguma.
Viva a República.
Cara Teté
ResponderEliminar"Bom, mas se disso não podemos acusar Cavaco..."
Não? Então o símbolo está visivelmente invertido e o homem não repara? Nem o António Costa? Nem os outros companheiros de varanda?
Santa ignorância!
A deles...
Claro que tinham de ser mulheres.
ResponderEliminarOs homens vendo a Bandeira Nacional ao contrário nem tiveram coragem de a colocar como deveria.
Assim se voltam as costas à realidade deste país.
ResponderEliminarNão foi um dia de festa, um dia do povo...
É que os políticos são agora representantes de coisa nenhuma.
Um beijo
Sinto-me triste Graça, tive orgulho no nosso País, ainda tenho, mas nos politicos sinceramente, dificilmente voltarei acreditar.
ResponderEliminarUma vergonha!
As mulheres são-no com o M, muitas mais são precisas.
Beijinho e uma flor
Desde que se chegou à conclusão de que as bestas ( não os burros, que não têm nada com isto)estavam em extinção arranjaram-lhes logo um habitat condigno - Belém e S. Bento.
ResponderEliminarE não há acasos? Ontem, foi um acaso de um caso.
Beijo
Laura
Querida Graça, fantástica esta tua análise das (des)comemorações do 5 de Outubro! Tal e qual o que eu penso e pensei.
ResponderEliminarMas medonhas mesmo, são as imagens daquela Mulher (assim mesmo com M maiúsculo)sensivelmente da nossa idade e por isso sem estar de certeza no apogeu das suas forças, mas que mesmo assim foram necessários 5 brutamontes para a mover e levar para longe. Grande Mulher! Pequenos são os homens que atentam contra a integridade física desta senhora. Pequenos são os homens que pretendem calar e fugir do seu povo. Bem o disse Mário Soares: muito mal está o país onde os governantes têm medo do seu povo.
E a cena da bandeira içada ao contrário, com todos a olhar para ela, impávida e serenamente, demonstra que não sou só eu que tenho Alzeimer! ;)
Beijinhos e saudades, amiga.
Foi uma cerimónia triste e envergonhada, não fora a coragem daquelas duas mulheres- uma com a dor na voz, outra com a coragem na voz!
ResponderEliminar(desculpa a correcção pois não tem importância, mas a jovem de vermelho cantou a "Firmeza", também do Lopes Graça, e não o "Acordai")
Abraço