É conhecida a nossa apetência
para acreditar em bruxedos, para ir à bruxa, para repetir aquele dito espanhol “no
creo en brujas, pero que las hay, las hay…”
A senhora dona Q, mulher com
estudos, teve uns problemitas na sua vida conjugal. Lá desconfiou que o senhor
J, homem de algumas posses com quem casara há já trinta e tantos anos, a andava
a enganar com uma dessas serigaitas que vêm sabe-se de que país da antiga
Rússia e que se dão ao desfrute de aparecer por aqueles enormes armazéns nos
arredores das cidades que, com uma bola prateada e uns reposteiros
transparentes e brilhantes facilmente se transformam nas chamadas danceterias…
Matutou, matutou sobre o que
deveria fazer até que decidiu ir tomar os conselhos de alguma bruxa avalizada
que lhe dissesse como agir em relação ao possível embeiçamento do senhor J.
pela pequena da danceteria. O problema era que não tinha conhecimento de quem pudesse
consultar e também não queria andar a perguntar às amigas – mais conhecidas,
que amigas, que isto da amizade não é coisa que se desperdice por aí – se conheciam
uma bruxa credenciada!
Em casa da senhora dona Q
trabalhava a dias, alguns dias, uma senhora assaz fiável e respeitável que, por
esses dias, por bem ou por mal – nestas coisas sabe-se lá! – falou de uma
vizinha entendida nestas coisas do Além e que, dizia-se, tinha poderes. Ora aí
estava a oportunidade da senhora dona Q que, com velados rodeios e delicados
cuidados, tratou de sacar da empregada – agora diz-se muito “colaboradora”, mas
a mim, muito embora não me faça mossa nenhuma aquela coisa do novo acordo
ortográfico, em coisas de semântica sou muito, mas muito mais picuinhas – a
morada da dita senhora que falava com a transcendência.
A empregada lá lhe deu as referências
espaciais – vai por ali, atravessa, vê uma fonte, vira à esquerda, encontra um
café, etc. etc. – nomeou-lhe a rua e a cor da casa e, depois de garantir que
era fácil lá chegar, completou: «Se não conseguir, a senhora dona Q leva o GPS
e descobre logo!»
Não passaria pela cabeça de
ninguém ir à bruxa … de GPS…
Em tempos modernos... tudo é possível... Bj. Célia.
ResponderEliminarIr à bruxa de GPS é muito chique! :)))
ResponderEliminarGostei de ver a minha bruxa favorita lá em cima: a madame Min, uma ultra-trapalhona muito engraçada! :D
Beijocas!
Com o meu sentido de orientação não preciso de GPS para chegar a algum lado... mas ainda não experimentei ir à bruxa! :-))
ResponderEliminarTens que continuar a história porque em fiquei em pulgas! :-))
Abraço
Graça
ResponderEliminarÉ engraçado, sabes que tenho GPS e não o costumo usar, bom mas para ir à bruxa só se eu perder o meu juizinho,que já não é muito.
Bom mas fiquei curiosa, vá tenta lá saber mais qualquer coisita e conta-nos.
Infelizmente ainda existe muito gente a gastar dinheiro nessas coisas.
Bom fim de semana amiga
Beijinho e uma flor
Adoro estas histórias...tenho de " rapar o tacho todo " e gostaria de saber o final. M.A.A.
ResponderEliminarDesconfio que algumas bruxas estarão equipadas, elas sim, com GPS.
ResponderEliminarPara atingirem o que se pretende com clareza e sem enganos.
Bem ... não acredito em bruxas.
Estava só a divagar.
Modernices de gente fina, é o que é.
ResponderEliminarO problema é se se enganou e foi parar ao Gentlemen's Club da Quinta do Lago
O Carlos Barbosa de Oliveira fala verdade. Eu também vi essa reportagem do Manuel Luís Goucha na TVI. ;))
ResponderEliminarUma serviçal polivalente... não deixa ninguém indiferente.
ResponderEliminar:)
rrssss essa do GPS está boa!
ResponderEliminarGracinha, te garanto duas coisas:
1ª - Quando a pessoa está em aflição séria recorre a tudo.
2ª- Que existem pessoas com capacidades transcendentais desenvolvidas, existem.
Bons sonhos
Essa do GPS!... : )
ResponderEliminarCom que então queriam saber o resultado da consulta, hein?... Mas isso é pedir muito à minha imaginação...
ResponderEliminar(Bem sei, São!)