domingo, 13 de novembro de 2011

Dia de chuva






E cá estamos
a ouvir o vento que chora
na boca voadora
por cima dos telhados.


E cá estamos,
a ouvir cair a chuva dos ramos
lágrimas de fantasmas enforcados.


E cá estamos…


(Alma: porque te prendes
- até que a dor a anule –
a esta escuridão
onde nem sequer há duendes
de fogueira azul
como no carvão?)


José Gomes Ferreira 
Poeta Militante


 

17 comentários:

  1. Gostei do poema, mas detesto chuva!

    Junto-me a ti na homenagem a Timor, claro.

    Bons sonhos.

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  2. Cá estamos
    Bebendo o sabor do tempo,
    do poema e do descontentamento

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  3. Querida Carol, vi agora no noticiário que por aí, choveu imenso! Tudo bem contigo?

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  4. Chuva! Bênçãos divinas! Abraço, Célia.

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  5. Querida Manuela, foi o dilúvio aqui; às duas da tarde pôs-se noite só raiada pelos relâmpagos, mas, embora a água quase inundasse a marquise da trás, não nos aconteceu nada para além do medo...

    Beijinho

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  6. Fui passar o domingo a Lisboa e só no caminho para cá ouvi que por Leiria e arredores tinha havido uma enorme tempestade! :-((
    Aqui pelo quintal notou-se que houve muito vento...
    O poema é lindo, como todos os de José Gomes Ferreira!
    Os temporais muito violentos assustam-me! :-((

    Abraço

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  7. Gostos dos dias de chuva quando posso estar em casa...com a lareira acesa e um chá de lucia lima fomegando...
    Bjs

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  8. Por mim a Primavera podia vir já amanhã...

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  9. Sim Carol, cá estamos para esta chuva e temporal.
    Escolheu um poema num dia em que parece que íamos "ser corridos à pedrada"...

    Foi uma tarde para assustar.

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  10. Estimada Amiga Carol,
    Infelizmente foram banhados com mais essa tempestades, e como não estão acostumados, lhe paraceu o fim do mundo.
    Por cá essas tempestades são apenas uma pequena amostra, já passei algumas e em circustâncias bem piores, andava no mar.
    Todos os anos Macau é assolado por tufões daqwueles que mete respeito, na Tailândia na altura das monções as trovoadas são seguidas durante várias semanas, igualmente acompanhadas de enormes chuvas.
    O belo poema veio mesmo a propósito.
    O clima está mudado e continua a piorar, temos que nos ir habituando, poisd a natureza é que manda, e não S. Bento.
    Abraço amigo

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  11. Olá Carol ! Parece que desta, veio para ficar ! :(((
    Pelo menos esta semana toda não vai alterar muito ! :(((
    ... e eu que detesto a chuva e o vento !

    Beijinho
    .

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  12. Também eu detesto chuva e vento e então de noite morro de medo! Mesmo com chazinho de lúcia-lima... Por mim, a primavera podia vir amanhã e ficar para sempre (como se fosse possível!...)

    Amigo Cambeta, nem me imagino nessas vossas tempestades orientais e então no mar - Deus me a mim livre!....

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  13. E cá estamos! Sem água não haveria vida. Temos de aguentar, amiga e cara alegre.

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  14. Gostei do poema. Não o conhecia e é muito adequado ao estado do tempo :)

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  15. Este comentário foi removido pelo autor.

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  16. Pois quê, andamos de candeias às avessas?

    Ainda nem sequer chegou o Inverno e já se suspira pela Primavera?

    Sonhar não paga imposto, bem visto.
    Em tempos de crise
    (que crise? olha o papão, não te mexas muito que ele vê-te e faz-te mal, ficas sem emprego, sem reforma, sem SNS, sem transportes, ficas sem nada; portanto, juizinho!...),
    ia eu a dizer, que o que nos vale é que ninguém pode cortar a raiz ao pensamento...
    ou até disso serão capazes?!

    Bjinho

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  17. Que vendaval!
    Gosto muito da fotografia.
    Abraço

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