segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Revolução da Rotunda


A 2 de Outubro, os republicanos marcam a revolução para a 1ª hora do dia 4, contando com a participação dos militares e dos civis da Carbonária.


Na reunião preparatória, ficou deliberado que os primeiros locais a atacar pela força das armas seriam: o Palácio das Necessidades, onde se encontrava o rei, D. Manuel II, que devia ser preso, e o Quartel da Guarda Militar no Largo do Carmo. Enquanto isso, os oficiais republicanos ocupariam os diversos quartéis de Lisboa, após o que se dirigiriam aos locais acima indicados. Cabia em missão ao Vice-almirante Cândido dos Reis liderar a revolta na Marinha, ocupando os navios de guerra atracados no Tejo, assumir o seu comando e deles bombardear as posições governamentais.

Mas os intentos republicanos não foram integralmente alcançados, dado que alguns quartéis não aderiram às imposições do movimento revolucionário, acatando as ordens dos oficiais monárquicos, pelo que nem o Palácio das Necessidades, nem o Quartel-General, nem o do Carmo, foram ocupados.

Em face do aparente fracasso do golpe militar, o almirante Cândido dos Reis, antevendo o desaire da revolta, suicidou-se na madrugada do dia 4, enquanto os restantes revoltosos, comandados pelo comissário naval Machado Santos, membro da Carbonária e acompanhado por tantos outros carbonários, sargentos, soldados e centenas de civis, decidiram barricar-se na Rotunda, onde aguardaram por reforços que não apareceram. Sabiam, porém, que numerosos grupos de republicanos e carbonários, espalhados pela cidade, os apoiariam com armas e alimentos.

Na manhã do dia 4 encontravam-se na Rotunda cerca de 200 homens, número que num curto espaço ascendeu aos 1500. Os republicanos barricados na Rotunda conseguiram resistir aos fracos ataques monárquicos, com especial destaque para o que foi liderado por Paiva Couceiro.

(Revolta da Rotunda)


(A heroina Amélia Santos que partcipou
na Revolta da Rotunda)


(O estandarte da Revolução)

(Postais da publicação "Os Postais da Primeira República" de António Ventura)


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