sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A Maluquinha de Arroios



O Teatro da Terra, encenou e apresentou, no passado mês de Abril, em Ponte de Sor, "A Maluquinha de Arroios", uma comédia de enganos, de André Brun, que é um dos clássicos da comédia portuguesa e que permanece actual.

O grupo de teatro “O Teatro da Terra” tem sede em Ponte de Sôr, no distrito de Portalegre, tem o apoio da Câmara Municipal da cidade (o que é muito louvável). O grupo é  liderado pela actriz e encenadora Maria João Luís e por Pedro Domingues e tem como objectivo “trabalhar na formação e integração da comunidade no espaço teatral”. Esta é já a terceira peça que apresentaram em Ponte de Sôr.

Com encenação de Maria João Luís e 14 actores em palco, a produção tem ainda uma componente de crítica social. Amélia Videira, André Nunes, Elsa Galvão, Inês Pereira, João Didelet, Luís Esparteiro, Maria João Luís, Miguel Sopas (filho da minha amiga Sãozita – é importante!), Cremilda Gil, João Fernandes, Lígia Braz, Patrícia Sanganha, Rui Gorda e Teresa Sanganha são os actores que "dão corpo" às personagens desta produção.

Baltazar Esteves, o “Esteves do Bacalhau” fez fortuna ao balcão a vender bacalhau, grão e batatas. É casado com a Capitulina e tem um filho e uma filha. O filho é um poeta, a filha lá conseguiu casar com um visconde. Baltazar Esteves é também dono de vários prédios em Lisboa, entre os quais um, em Arroios, onde vive Alzira de Meneses, a quem todos chamam ” a maluquinha de arroios. Alzira de Meneses, para além de ser um pouco destrambelhada é também uma mulher deslumbrante por quem todos os homens perdem a cabeça. E isso vai acontecer ao Baltazar, ao filho e ao genro. Para aumentar a confusão e as trapalhadas, há ainda a D. Perpétua, manicura, calhandreira e alcoviteira; Aniceto Abranches, um procurador romântico; o pai da Maluquinha, um estroina do pior; a mãe da Maluquinha, meia louca e apaixonada, vários criados e ainda um macaco que se enfurece quando chove. Este é, em poucas palavras e nas palavras do próprio grupo de teatro, o enredo da peça.

A TVI entendeu por bem passar esta comédia na sua estação e fez muito bem! Sabemos que esta é uma estação que se preocupa e investe imenso na produção nacional. Trata-se de uma peça “bem disposta”, com uma nova encenação e com a colaboração de novos e jovens actores, o que a torna algo “refrescante”. Além disso , dirige-se a todos os públicos, de todas as idades.

Só não se entende por que razão a passou num dia de semana, à meia-noite e meia hora, depois de nos “moerem” a atenção com a apresentação de nada mais, nada menos, três novelas, e horas de incontáveis anúncios!




3 comentários:

  1. Gostei muito de rever esta peça mas eu, que até me deito sempre tarde,também achei o horário um absurdo!
    De louvar a iniciativa da Câmara de Ponte de Sôr e da TVI (malgré tout).
    Viste como o Miguel cresceu?!E vai muito bem como actor!
    Acho que programas destes se deviam repetir!

    Abraço

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  2. De facto, parabéns ao Miguel que está um espanto! E, uma vez mais, parabéns à Câmara Municipal de Sôr que acarinha estes e outros eventos culturais. Está na altura da Câmara de Leiria começar a arranjar dinheiro para seguir estes exemplos!

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  3. ... digo, Câmara Municipal de Ponte de Sôr.

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