quarta-feira, 23 de março de 2011

Dia de Festa


Hoje é o grande dia em que se vai derrubar o governo. Grande parte dos portugueses está certamente muito feliz porque vai ver-se, finalmente, livre deste governo de quem já estão muito cansados e que, em muito, os tem desiludido. Os professores rejubilam porque vão deixar de ser avaliados e vão, de novo, passar a ser todos muito bons.

Além disso, já viram perfilar-se outro pretendente ao poder, sorridente, que não mente, que diz que se lá estivesse(m) ele(s), não estaríamos “com as calças na mão” [sic] e que promete fazer como o senhor Presidente disse “os portugueses não aguentam mais sacrifícios”.

(É verdade! Onde está o senhor Presidente? Neste momento em que se prepara uma séria crise política, o senhor Presidente está envolvido em mais um dos seus proverbiais tabus. Ou melhor, ela já tinha dito tudo no seu discurso de tomada de posse.)

Entretanto, o primeiro-ministro a haver prometeu em directo que o próximo governo vai sair de uma “maioria alargada que vai poder impor todas as medidas necessárias” para sairmos da crise. Isto depois de ter difundido um comunicado em inglês onde afirma esta sua disponibilidade.

Gostei!

Lembrei-me, salvas as devidas distâncias naturalmente, do fim de tarde em que lá a presidente do Conselho Geral lá da “minha” escola deu posse ao seu muito apreciado director após o que, alegremente, interrompeu a reunião que eu ainda estava a ter com uma representante da DREC, e disse: “Dá cá dois beijos, GM, que amanhã é outra vida!” Tem-se visto!

Assim pensam muitos de nós, portugueses: que no dia a seguir à entrada do governo da responsabilidade deste primeiro-ministro a haver vai ser outra vida.

Vai ser, vai!


6 comentários:

  1. Vim eu a correr para ver quem fazia anos aí em casa e que me tinha passado da ideia quando dou de caras com o coelhinho que vai chegar à Páscoa todo contentinho ou talvez não...
    Puxaram todos demasiado a corda e quem se lixa é o mexilhão, como sempre!
    Vamos a ver se o homem dos tabus resolve iniciar a sua magistratura de intervenção como disse, entre outras coisas, na tomada de posse...
    Mas feliz, feliz, anda o Paulinho das Feiras, sem ele não haverá governo que "salve" os portugueses!
    E amanhã colocaremos a conversa em dia!

    Abraço

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  2. Confesso alguma dificuldade em assimilar o actual estado político do nosso País.
    O ainda governo pode ter cometido "ene" disparates, não questiono.
    Mas, em face à conjuntura, poderá um qualquer "paraquedista" segurar as pontas?
    Como acreditar num partido político que não se entende internamente?
    Será essa a salvação nacional?
    Claro, contaremos sempre com o presidente. O da República.
    Com quem?
    :D

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  3. Espero bem que a partir de hoje sejamos obrigados a só levar 5€ quando sairmos do país. Já muita gente se esqueceu que alturas houve em que não podíamos sair do país sem declarar o dinheiro que levávamos. O Dias Loureiro, Vale e Azevedo entre tantos outros foram mais espertos.
    O Vale e Azevedo, nem na Inglaterra se sabe onde vive. E esta heim...

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  4. Do pouco que conheço da nossa História, nós não temos emenda, vamos ter que nos aguentar...

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  5. "É verdade! Onde está o senhor Presidente? Neste momento em que se prepara uma séria crise política, o senhor Presidente está envolvido em mais um dos seus proverbiais tabus. (...)"

    Como sabe, nunca apoiei este governo (nem nenhum do partido do pára-quedista - 'Deus me livre, que até fico religioso...'). Mas também não faço festa nenhuma perante o descalabro que aí vem.

    Sobre o Presidente... gostei especialmente do facto de o discurso de tomada de posse ter aberto a tal crise política, e ontem o Sr.ter dito que não teve hipótese de agir porque os acontecimentos foram muito rápidos... Pois... De acordo com o pensamento (?) do Sr. as coisas deviam andar mais devagar, talvez como na Idade Média: quem manda, manda, e no tempo que pretende...

    Bom, valha-nos o que sobra - finalmente encontrei este blog e vou acompanhá-lo daqui para a frente!

    Beijinho
    Nuno V.

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  6. De facto, não temos mesmo emenda e nunca aprendemos com os nossos próprios erros. E isto já vem assim desde o fim dos Descobrimentos!

    Pois é, João, está tudo deserto que venha o FMI - já nem se lembram. Ou nem sabem! E que venha o sr. Rabbit e o Paulinho das Feiras e o senhog pgesidente e mais não sei quem para salvar a gente...

    Querido Nuno, muito obrigada pela tua visita inesperada e pelas tuas palavras. Fico feliz por continuares a vir até aqui. Vamos ver se consigo corresponder às tuas expectativas...

    E, para ir de encontro à moda: beijinhos social-democratas para todos...

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