segunda-feira, 3 de maio de 2010

Somos um povo ingovernável!


É uma noticiazinha pequena numa página das do meio do jornal. Diz que Espanha reduz o emprego. Foi uma ”queda de apenas vinte e quatro mil pessoas em Abril, após meses consecutivos de subida”. E logo, de acordo com uma sondagem, 81% dos espanhóis dizem acreditar que José Luís Zapatero tomou as medidas necessárias para enfrentar a crise.

Todos sabemos que Zapatero não ganhou as eleições com 81% dos espanhóis a votarem em si; mas em tempo de crise, e perante uma pequena melhoria, logo a população se põs ao lado do Primeiro Ministro porque é preciso animar o povo, fazê-lo crer que serão capazes de combater a situação que é todos eles. Não é só do PM.

Tal e qual como cá... O nosso PM (este ou outro qualquer, seja desta ou de outra qualquer facção político-partidária) pode conseguir esta ou aquela melhoria, este ou aquele avanço, que logo vem toda a oposição em massa, logo vêm alguns “amigos” do próprio partido, logo vem a comunicação social em força apresentar argumentos contra, desdenhar, criticar, pôr, enfim, a população toda em polvorosa a desconfiar, a desacreditar de toda e de qualquer medida por melhor que fosse.

Razão teve aquele general Romano que, quando ainda éramos Lusitanos, foi dizer para Roma que (já naquele tempo, imaginem!) éramos um povo ingovernável... E somos!

2 comentários:

  1. Dizia o tal general romano:
    - Estranho Povo este que não se governa nem se deixa governar!...
    É sempre a tendência do "bota abaixo"!

    Abraço

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  2. Sérvio Sulpício Galba dizia que o povo da Lusitânia era um povo ingovernável e teria tido certamente boas razões para o ter dito.
    De facto, passados mais de 2000 anos não mudámos muito:
    - A maioria andou a viver muito acima das posses sem ponderar consequências futuras.
    - Andámos a condescender com a megalomania e com o consumismo desenfreado como emblema de um status incompatível com a capacidade produtiva de Portugal.
    - Habituámo-nos a uma espécie de "prostituição" cedendo a interesses alheios as nossas capacidades de auto-suatentabilidade a troco de dinheiro que aqueles nos davam.
    - Pedimos dinheiro emprestado e depois dizemos que não queremos cumprir as regras acordadas antes com os nossos credores.
    - Votamos sempre nas mesmas figuras políticas que se revezam no poder e de seguida falamos mal deles e posterirmente voltamos a pô-los no poder.
    - Dizemos que vivemos numa democracia e nem conhecemos que ela deriva das palavras gregas "Demos" e "Kratos" ( Povo e Poder ), e estanhamente contradizemo-nos falando que os políticos desta nossa democracia estão contra o povo.
    - O funcionalismo público todos sabemos que é muito previlegiado e só faz o que lhe apetece comparativamente ao restante que paga para que os primeiros existam.
    - A justiça (será que merece este designativo?) vive dento de bolhas impermeáveis à vontade e ao interesse do povo, como se fossem semi-deuses. Veja-se quanto ganha um magistrado em fim de carreira. quantos snos precisa um juíz do tribunal constitucional para se aposentar, e quanto vai descontar nestes momentos de aflição económica que estamos a atravessar.

    - Condescendemos que se pague 1 milhao de euros mensais a um jogador de futebol, e criticamos severamente um esfomeado que roube um pão num supermercado

    E: NÃO É VERDADE QUE CONTINUAMOS E IREMOS CONTINUAR A SUSTENTAR ESTAS SITUAÇÕES SEM FAZERMOS NADA POR NÓS PRÓPRIOS NEM DELEGARMOS AS QUEM DE FACTO NOS SAIBA GOVERNAR.

    Sérvio Sulpício Galba, profetizou bem!!!

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