domingo, 24 de fevereiro de 2019

Do anedotário pessoal...


O facto é que, como estou já na dita idade do condor: com dor aqui, com dor ali, com dor acolá, dei comigo a dizer que estou um emplastro exatamente porque não me mexo

E lembrei-me …

A minha avó – anos 50 – usava muito os emplastros para as dores nas costas. E eu que vivi com ela até aos meus dez anos, acompanhava-a para todo o lado e também à farmácia Nifo, lá em Algés, onde ela pedia «um emplastro poroso». Como era espanhola, pronunciava muito mal o português pelo que, para mim, durante alguns tempos, pensei que os ditos calmantes das dores se chamavam emplastro por osso – expressão que não me fazia sentido nenhum…

Melhor ainda, foi aqui a menina já no seu 2º ou 3º ano do liceu, quando se jogava muito o jogo das palavras (uma tabela de temas que tínhamos de preencher com palavras começadas por várias letras do alfabeto) andou no dicionário à procura de como se escrevia a palavra «autoclismo». Pois procurei no O (de otoclismo ou de outoclismo) no H (de hotoclismo) e só no fim de muita “investigação” é que descobri a ortografia certa… Mas espantem-se mais! Neste busca, estava acompanhada por uma amiga que já frequentava o 7º ano do liceu (atual 11º)…

E já agora, outra das minhas bacoradas de adolssssente inconssssiente: no meu 3º ano do liceu (atual 7º) a professora de Português perguntou-me que nome se dava (e dá) a uma estrofe com dois versos. E eu, que à época andava mais interessada na bela música emergente dos inícios de 60 do que no número de versos das estrofes, respondi ato contínuo: - Duo ou dueto! Nem queiram saber o que ela se fartou de ralhar!!!





21 comentários:

  1. Rir de nós próprios é muito saudável :))
    Bjs, boa semana

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  2. Também já cometi algumas calinadas que me despertaram gargalhadas!!! Bj

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  3. Rir de nós é o melhor:)) Adorei


    Hoje:- Mundo de espinhos e rosas.

    Bjos
    Votos de uma óptima Segunda - Feira.

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  4. Acontece a todos, Graça. E é bom quando sabemos rir dos nossos disparates de outrora. E dos de agora também.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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  5. Gostei de saber essas tuas criações em português ! :)))

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  6. Deixa algumas para o próximo encontro...que está difícil de agendar.
    Há sempre um condor! :)

    Abraço

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  7. :)) Quem viveu essas épocas tem sempre recordações curiosas !
    Uma das que me "marcou" muito foram as "papas de linhaça" para combater as constipações, a tosse, as dores no peito. Curioso que nunca as cheguei a usar com os meus filhos.
    Usavam-se antes de aparecer o Vick .
    Uma vez preparadas as "papas" (uma espécie de farinha de pau, mas com linhaça), a minha mão colocava um pano sobre o meu peito e por cima dele as ditas papas bem quentes (demasiado), que eram cobertas com um outro pano . Passado um bocado o calor no peito era enorme e começava-se a suar ! :)... Era um bom remédio caseiro.
    Depois, o Vick, veio acabar com isso, mas curiosamente, hoje também caiu em desuso ! (?)

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    1. Felizmente, no meu tempo, já havia o Vick Vaporub..... E ainda o usei nas minhas filhas...

      Beijinhos, Rui!

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  8. Penso que joguei os mesmos joguinhos...
    Tínhamos uma tabela com nome de objeto, flor, fruto,
    cor, música, actor/atriz, marca de carro, etc...
    Depois lá vinha uma letra sorteada... Eu gostava...
    Vivendo, crescendo e aprendendo até morrer...
    Beijinhos plenos de aceção.
    ~~~~

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    1. Passávamos tardes a jogar a esse jogo das palavras... No tempo em que se ia ao dicionário - hábito tão pedagógico que, infelizmente, caiu em desuso.

      Beijinhos que não caem em desuso...

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  9. Álcool canforado, bom particularmente na idade do condor :) Boas melhoras!

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  10. Obrigada aos amigos e amigas que acham que é bom sabermos rir de nós próprios. Eu rio de mim e ... dos outros....

    Beijinhos e risadas para todos!

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  11. Sumârio: revisão da matéria dada.
    Esta é das boas, combina língua espanhola, especialidade farmacêutica, jogo lúdico, formalidade poética, dicionário na mesa e castanholas felinas.

    Apre, bela estória!

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  12. Eu não português faço regularmente essas gafes
    bjs

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  13. Muito bem, Graça. Lamentavelmente, nem toda a gente é capaz de se rir de si próprio.

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