segunda-feira, 1 de julho de 2013

Dia Mundial das Bibliotecas

 
 
 
«As bibliotecas são como aeroportos. São lugares de viagem. Entramos numa biblioteca como quem  está a ponto de partir. E nada é pequeno quando tem uma biblioteca. O mundo inteiro pode ser convocado à força dos seus livros. 

Todas as coisas do mundo podem ser chamadas a comparecer à força das palavras, para existirem diante de nós como matéria da imaginação. As bibliotecas são do tamanho do infinito e sabem toda a maravilha. (...)

As bibliotecas só aparentemente são casas sossegadas. O sossego das bibliotecas é a ingenuidade dos incautos. Porque elas são como festas ou batalhas contínuas e soam trombetas a cada instante e há sempre quem discuta com fervor o futuro, quem exija o futuro e seja destemido, merecedor da nossa confiança e da nossa fé.


Os livros oferecem o que são, o que sabem, uma e outra vez, sem refilarem, sem se aborrecerem de encontrar infinitamente pessoas novas. Os livros gostam de pessoas que nunca pegaram neles, porque têm surpresas para elas e divertem-se a surpreender. Os livros divertem-se. 

As pessoas que se tornam leitoras ficam logo mais espertas, até andam três centímetros mais altas, que é efeito de um orgulho saudável de estarem a fazer a coisa certa. Ler livros é uma coisa muito certa. As pessoas percebem isso imediatamente. E os livros não têm vertigens. Eles gostam de pessoas baixas e gostam de pessoas que ficam mais altas.
  
Depois da leitura de muitos livros pode ficar-se com uma inteligência admirável e a cabeça acende como se tivesse uma lâmpada dentro. É muito engraçado. Às vezes, os leitores são tão obstinados com a leitura que nem acendem a luz. Ficam com o livro perto do nariz a correr as linhas muito lentamente para serem capazes de ler. (...)»

Valter Hugo Mãe 



E os meus amigos, qual é a vossa relação com as bibliotecas?

10 comentários:

  1. Das melhores!
    Agora sou visitante de três...
    O que mais me custa nesta estadia em Lisboa é ter tão poucos livros comigo...fazem-me falta!

    Abraço

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  2. óptima!
    Durante muitos anos á maioria dos livros que lia eram da biblioteca da Marinha Grande.

    boa semana Graça

    beijinho e uma flor

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  3. Adoro as bibliotecas em que podemos tocar nos livros, pegar neles, ler algumas páginas e escolher os que queremos ler.
    Não gosto daquelas em que à partida temos de saber o livro que queremos, não podemos tocar em outros livros, temos de ficar demasiado tempo à espera e depois de o consultar naquele espaço, silenciosamente, sabendo que se quisermos outro livro é preciso repetir todo o processo de novo.

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  4. Tenho uma relação excecional com as bibliotecas. Não posso viver sem elas mesmo que tenha que esperar meses pelos livros mais requisitados. E isto porque há sempre dezenas de outros que aguardam serem lidos porque são meus e porque vou adiando a sua leitura apenas porque estão ali, à minha inteira disposição, quietos, esperando...

    O sistema de bibliotecas de Toronto é eficiente e, por isso mesmo, excelente. A internet facilitou-nos muito a aquisição de livros.

    Requisitamo-los via net, renovamos prazos, confirmamos o período de espera, avisam-nos por email se os livros pedidos já chegaram, fazem-nos recordar que o prazo está quase a terminar (21 dias, creio, para cada livro; o número máximo de livros que podemos trazer para casa, de cada vez, são 50!!).

    Gosto delas pequenas, de um só piso, de fácil acesso e com parque de estacionamento. A “minha” preenche todas estes requisitos! :)

    Porque é pequena nem sempre tem os livros que procuro mas como temos 90 e tal bibliotecas espalhadas pela cidade, os livros são enviados de biblioteca para biblioteca.

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  5. Tenho uma relação de amor com o meu escritório , onde guardamos em estantes fechadas , quase todos os livros que temos e vamos tendo , pois o meu marido , lê , lê ...Anteontem , uma prima que vive em Lisboa , levou mais de 40 livros , os últimos . Eu , estou a preparar-me para dar volta a outra estante, a maioria irá para a Biblioteca Municipal e outros para o Porto , para outra amiga que lê muito. Não , não estamos doidos...o meu filho , já esteve 2 dias nos cuidados intensivos com a alergia provocada pelos ácaros de livros antigos.Se há coisa que ele não vai herdar dos pais , são livros , apesar de muitos serem comprados e lidos por ele e depois passa ao pai...é a vida...M.A.A.

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  6. A minha é tão boa que até já tinha pensado que, quando me reformasse, viraria livro ou prateleira de biblioteca.

    Mas a vida está a mostrar-me que já nem para o 'arquivo (morto)' já irei. :))

    Beijo

    Laura

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  7. Bem, no meio de livros emprestados me fiz - era estudante pobre. Foi lendo, estudando e muito, os livros e ouvindo meus professores que adquiri a capacidade de enfrentamento da vida. Como educadora, não os dispenso jamais. Meus eternos amigos, companheiros de sonhos e utopias fantásticas!
    Bjs. Célia.

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  8. Que depoimentos fantásticos, amigas!
    M. A. A., lamento muito. Até parece ironia do destino...

    Laurinha, tontinha....

    Também eu,Célia, estudante pouco mais que pobre,estudei muito e li muito a partir das bibliotecas. Especialmente a de Sintra, minha vizinha...

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  9. No passado não foi assim... mas de há uns anos a esta parte ficámos grandes amigos.
    :)

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  10. Uma menina linda como uma poesia.

    A minha relação com as bibliotecas é pura e simplesmente maravilhosa.

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