quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A festa de fim de Verão




Belo fim de tarde de verão, não obstante ser já outono...


Foi uma festa de fim de verão daquele tipo "assalto" que se faziam nos tempos de juventude em casa de alguns para a qual se convidava uma série de amigos que levavam outros amigos. Cada um levava algo para comer e para beber, dispunha-se tudo muito bem na mesa e depois cada um servia-se a contento. Punham-se discos levados por alguns a tocar no gira-discos e dançava-se até haver comida e bebidas e paciência dos pais da casa para nos aturarem.

No sábado, lá fomos, convidados por uns amigos que se dispuseram a organizar as coisas, a alugar o salão das antigas instalações do Hotel das Arribas na Praia Grande, levando cada um de nós doces e salgados e bebidas. Só que a música era ao vivo e a cores com os amigos Diamantes.

Foi uma festa daquelas! Muito informal, muito divertida, muito completa. Eles tocaram todas aquelas músicas loucas de 60 e 70 – curiosamente tocaram melhor que naqueles tempos – e houve, de igual modo, momentos de grande ternura e de grande emoção.


Cá está o nosso conjunto que contou com a presença do Duarte Mendes (de camisa branca)
Lembram-se dele no festival da Eurovisão em 1975 com a canção Madrugada?



Dançou-se muito


Dançou-se assim



Assim..


... e assim.

Houve o momento de ternura que foi a primeira apresentação da neta do nosso querido baterista e meu amigo Caínhas tocando o itema Smile no seu saxofone


A Carlota, muito compenetrada, tocando o seu saxofone


E também houve lugar a uma breve homenagem ao compositor e poeta recém desaparecido José Niza, quando Duarte Mendes cantou, visivelmente emocionado, a canção de autoria do referido compositor "Com uma arma, com uma flor" que mereceu uma interminável e sentida salva de palmas de todos os presentes.


Nasci num país de silêncio e luta
E cresci rasteiro
(meu pão era curto)
Não vendi a esperança
Nem pedi meu preço
De tudo o que vi
Nunca mais me esqueço
Fui vivendo à força
De suor e fome
Vi levar amigos
Do meu mesmo nome
Nas balas da sorte
Tive a minha escola
Aprendi a vida na morte
Em angola
Numa lua cheia
Saltei a fogueira
Numa lua nova
Saltei a fronteira
Sofri um país
Calei a razão
Vendi minha pele em frança
Por pão
Calaram-me a boca
Cortaram-me o riso
Mas estava de pé
Quando foi preciso
Em abril, abril
Em abril-sem-medo
Vesti minha farda
Fardado em segredo
Em abril, abril
Em abril-sem-medo
Da raiva e na dor
Do suor sem terra
Deste dó maior
Do lucro e da guerra
Das armas em flor
Nasceram razões
Nasceram braços
Nasceram canções
Nasceram bandeiras
Da cor deste sangue
Que temos nas veias
Que temos na carne
Nasceu meu país
Meu país criança
Em abril, abril
Tempo de mudança
Meu povo, raiz,
Dum cravo de esperança.

Composição: José Niza
Letra: Paulo de Carvalho

14 comentários:

  1. Cara Carol
    Apetece repetir as palavras do Xico Buarque “foi bonita a festa pá!”
    Gostei de saber do Duarte Mendes e fiquei extremamente sensibilizado pela digna homenagem ao José Niza.
    Abraço

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  2. Uma festa com muitas vertentes! Umas horas muito bem passadas. : )

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  3. Querida Carol, foi uma festarola e tanto!
    Continua o aviso de vírus, quando aqui se chega. Para deixares de ter a virose, tens de retirar a aplicação que tens aqui ao lado, com os blogs que segues.
    Comigo foi tiro-e-queda! ;)

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  4. Fantástico, Carol! Momentos assim embalam sentimentos e aconchegam emoções! [ ] Célia.

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  5. Que maravilha!

    Um convívio a fazer lembrar os bons velhos tempos não se pode enjeitar.

    E dançar, bem bom, enquanto há força nas canetas!

    Beijinhos

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  6. Acasadamariazita deve andar com problemas.

    Os vírus e a Google agora em cruzada anti-vírus estão a complicar o esquema. Mas convém tomar precauções.

    Já li uma sugestão acima. É uma hipótese, mas é um grande constrangimento.

    Atenção à cópia do nosso blogue. Regra básica, para quem não o quiser perder dum momento para o outro.
    Também alterar a password de vez em quando não é má táctica.

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  7. Gosto da tua forma de viver. Quero aprender:)

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  8. Mas que maravilha de fim de semana... o meu... foi só flauta lol

    Bjos

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  9. O meu amigo Caínhas diz que o meu blog está "com a mosca" pelo que não consegue comentar. Enviou-me, por mail, o seguinte comentário ao presente texto:

    «Esta é a terceira vez que tento enviar o comentário, vamos ver se é desta!
    Vou ser o mais breve possível!
    A nossa Carol, é (sempre foi), uma bailarina "todo o terreno"!
    O marido é cinco estrelas, já sabia, mas não é de mais enaltecer.
    Tema que a fez babar:
    - Sleep Walk - versão The Shadows!
    Se Leiria fosse mais perto, tinhamos freguesa certinha, mesmo assim este ano já a trouxemos a Sintra duas vezes!
    Obrigado amigos, continuem muitos anos com essa boa onda!»

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  10. Andei uns dias afastada por várias ordens, uma felizmente foi por motivo de muito trabalho que é bom para esquecer que tenho memória! :-))
    Boas bailações, Carol e parceiro!

    Abraço

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  11. Pois foi muito boa a festa, mas agora estou danada com o estado do mê blogui.... Já mudei a password, já removi os (meus queridos) seguidores, já removi os blogs que gosto de seguir - o que é um problema porque se torna difícil comentar que é uma coisa que me dá imenso prazer! Que mais terei de remover? Isto é pior que a troika!...
    Não me tirem o mê blogui que é o meu brinquedo mais querido! Ajuda-me a esquecer que estou ... reformada...

    HELP!

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  12. Pois foi, Caínhas! Com o Sleewalk é que eu babei mesmo.... Até filmei! Tocaram-no com muito estilo. Além de que é uma das canções da minha vida - senão mesmo A Canção!

    Thanks a lot!

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  13. Há cerca de dois anos tive uma tarde assim. Fez-me lembrar os Amigos de Alex. E foi muito bom!

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