E depois há os ditadorzitos. Pequeninos. Os que sempre quiseram mandar e nunca tiveram grandes oportunidades. Nem são grande coisa no campo da realização, mas têm uma sede imensa de mandar. E sempre angariam um séquito enorme de seguidores, à sua volta, pequeninos como eles.
Formam-se na escola do “politicamente correcto” e do estafado e esfiapado “bom senso”. Proferem umas frases grandíloquas e sonantes e prometem projectos dinâmicos e propulsores de modernismo. Dão pancadinhas nas costas dos congéneres e distribuem sorrisos largos aos opositores. Mas não sabem fazer mais nada.
E depois vendem a alma ao diabo (ou a uns diabos também pequeninos que pensam que vão ganhar muito com a ascensão dos seus ditadorzitos de estimação) e conseguem, ao fim de muito esforço, chegar ao poder!
Depois é vê-los (finalmente!) a mandar. O seu tão apregoado estilo de liderança é mandar por mandar, mandar fazer, impor, dar ordens, anular quem se lhes opuser em nome dos seus projectos vanguardistas. Enaltecer-se e enaltecer os seus seguidores e abençoar os diabos pequeninos a quem venderam a alma em troca do poder, anulando os que eles consideram como oponentes.
Depois normalmente dão o dito por não dito e os projectos dão em nada porque detêm todo o poder. E chegam a dar ordens para que se faça o que eles ainda há bem pouco tempo se negavam a fazer por não concordarem, porque sim!
Cuidado que tendem a eternizar-se no poder! Temos de estar alerta e lutar!