sábado, 30 de abril de 2016

Bom descanso, meninas!!

Bom fim de semana, meninas!

E... dêem descanso ao ferro! E não só...




sexta-feira, 29 de abril de 2016

Mais um Dia de...

Bailarinos leirienses

Mais um Dia de... E hoje é o da Dança. Guardei para hoje esta notícia que nos enche de orgulho.


«Portugal "conseguiu um feito que quase ninguém consegue". Diogo tem 16 anos, Frederico tem 14 e António 11 anos.

Mesmo sem tradição no ballet, Portugal "conseguiu um feito que quase ninguém consegue", colocando três jovens bailarinos entre milhares no top dos melhores do mundo, no âmbito de um concurso que decorreu em Nova Iorque, nos Estados Unidos.

Diogo de Oliveira, de 16, Frederico Loureiro, de 14, ambos alunos da Escola Domus Dança, no Porto, e António Casalinho, de 11 anos, da Anarella Academia de Ballet e Dança, em Leiria, deram cartas ao longo de uma semana na 16.ª edição do Youth America Grand Prix (YAGP), chegando agora a casa com prémios e/ou bolsas de ensino e formação. (...)

É imbuído nesta arte que o professor Alexandre Oliveira, da Domus Dança, lamentou que Portugal "nada tenha feito para custear as despesas de representação" destes jovens talentos.

"Em Portugal, patrocínios [para o ballet] são uma miragem e não realidade", desabafou, especialmente quando Diogo, por exemplo, "é comparado com o Ronaldo".

À agência Lusa, também o pai do bailarino de Leiria, Luís Casalinho, referiu que as despesas para estas iniciativas como a que decorreu agora em Nova Iorque são suportadas pelos pais, o que, no seu caso, tem sido "com muito sacrifício".

"É pena que a cultura do nosso país esteja dependente da capacidade dos pais e gostaria de apelar a empresas e ao Governo para que pudessem apoiar este tipo de iniciativas", concluiu.»

Então aqui fica o nosso bailarino leiriense com o apontamento com que correu à N.Y - Final YAGP 2016. 

Espero que gostem!




quinta-feira, 28 de abril de 2016

No Dia do Sorriso - Smile




Smile though your heart is aching
Smile even though it's breaking
When there are clouds in the sky, you'll get by
If you smile through your fear and sorrow
Smile and maybe tomorrow
You'll see the sun come shining through for you

Light up your face with gladness
Hide every trace of sadness
Although a tear may be ever so near
That's the time you must keep on trying
Smile, what's the use of crying?
You'll find that life is still worthwhile
If you just smile

That's the time you must keep on trying
Smile, what's the use of crying?
You'll find that life is still worthwhile
If you just smile
Sorri mesmo que o teu coração te doa
Sorri mesmo que esteja partido
Quando há nuvens no céu, tu sobrevives
Se sorrires no meio do medo e da dor
Sorri e talvez amanhã
Vejas o Sol a brilhar através de ti.



Ilumina o teu rosto com alegria
Esconde todos os traços de tristeza
Mesmo que uma lágrima esteja aí a aparecer
É tempo de continuares a tentar
Sorri, de que serve chorar?
Vais ver que vale a pena viver a vida
Apenas se sorrires.

É tempo de continuares a tentar
Sorri, de que serve chorar?
Vais ver que vale a pena viver a vida
Apenas se sorrires.


Uma belíssima letra de um enorme otimismo assinada por Charles Chaplin.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Mário de Sá-Carneiro


Ontem à noite, quase por acaso, assisti a um excelente programa na RTP2 sobre Mário de Sá-Carneiro, poeta de Orpheu, no centenário do seu suicídio que aconteceu precisamente no dia 26 de Abril de 1916, no seu quarto do Hotel de Nice em Paris.

Foi o programa “O Estranho Caso Do Mário De Sá-Carneiro” com comentários de estudiosos do Orpheu e dos seus poetas como Richard Zenith, Fernando Cabral Martins, Jerónimo Pizarro, Rui Afonso Santos e Eduardo Lourenço.

O poeta, diretor – com Fernando Pessoa – da bombástica revista Orpheu, cujos dois únicos números foram editados em 1915 a expensas do pai de Sá-Carneiro, era esperado em Portugal em Março de 1916, mas por essa altura já ele estava a considerar a hipótese de se suicidar tomando «uma forte dose de estricnina».

Em 31 de Março escreve uma carta ao seu amigo Fernando Pessoa em que diz:

Paris - 31 Março 1916

Meu Querido Amigo.

A menos de um milagre na próxima segunda-feira, 3 (ou mesmo na véspera), o seu Mário de Sá-Carneiro tomará uma forte dose de estricnina e desaparecerá deste mundo. É assim tal e qual – mas custa-me tanto a escrever esta carta pelo ridículo que sempre encontrei nas "cartas de despedida"... Não vale a pena lastimar-me, meu querido Fernando: afinal tenho o que quero: o que tanto sempre quis – e eu, em verdade, já não fazia nada por aqui... Já dera o que tinha a dar. Eu não me mato por coisa nenhuma: eu mato-me porque me coloquei pelas circunstâncias – ou melhor: fui colocado por elas, numa áurea temeridade – numa situação para a qual, a meus olhos, não há outra saída. Antes assim. É a única maneira de fazer o que devo fazer. Vivo há quinze dias uma vida como sempre sonhei: tive tudo durante eles: realizada a parte sexual, enfim, da minha obra – vivido o histerismo do seu ópio, as luas zebradas, os mosqueiros roxos da sua Ilusão. Podia ser feliz mais tempo, tudo me corre, psicologicamente, às mil maravilhas: mas não tenho dinheiro. [...]

Mário de Sá-Carneiro

Poucas semanas mais tarde, Mário de Sá-Carneiro encenará no hotel onde vive em Paris a sua trágica morte: com cinco frascos de arseniato de estricnina e um único espectador convidado – José Araújo – morrerá, depois de um enorme sofrimento, às oito horas e vinte minutos do dia 26 de Abril de 1916. Os haveres do poeta – uma mala com cartas recebidas dos seus amigos, nomeadamente de Fernando Pessoa – foram confiscados pelos donos do hotel como forma de pagamento das dívidas por falta de pagamento. Tinha apenas vinte e cinco anos.

«Vítima de uma doença moral terrível e, no fundo incapaz de atapetar a vida contra nós e contra o mundo» (Sá-Carneiro)

 «Ele tinha a doença de todos nós, o desalento crónico.»

Fernando Pessoa dirá dele:

«Génio na arte, não teve Sá-Carneiro nem alegria nem felicidade nesta vida. Só a arte, que fez ou que sentiu, por instantes o turbou de consolação. São assim os que os Deuses fadaram seus. Nem o amor os quer, nem a esperança os busca, nem a glória os acolhe. Ou morrem jovens, ou a si mesmos sobrevivem, íncolas da incompreensão ou da indiferença. Este morreu jovem, porque os Deuses lhe tiveram muito amor.»

(In Athena n.º 2, Lisboa, Novembro, 1924.)

terça-feira, 26 de abril de 2016

Provérbio em mandarim

(Não sou muito fã de provérbios, dado o seu fundo moralista, mas... em mandarim, é diferente...)

Então aqui vai, em nome da boa disposição, um provérbio, Mandarim, (sabedoria oriental):

  是通 看蚊子落在他 的睾丸

们认识到

们不能以暴力解

所有问题




(Calma que aqui vai a tradução!)

      
Quando um mosquito poisa nos testículos é que se conclui que nem todos os problemas se resolvem com violência.


segunda-feira, 25 de abril de 2016

Só de Punho Erguido

A minha homenagem aos homens de Abril.
Com força e determinação
E aos de agora e aos que hão de vir 
Para que Abril se cumpra.




Pela terra que nos deixam
Pela noite que se arrasta
Pelo chão que se conquista
Pelo preço que se paga
Pelo canto que se arrisca
Pela vida que se estraga.

(Refrão: só de punho erguido a canção terá sentido x 5)

Pelo corpo que se aperta contra os muros e contra as pedras
Pela voz que se levanta nas horas mais incertas
Pela boca que se espanta nas tarde encobertas.

(Refrão)

Pelas grades que se quebram
pelas armas que se apontam
pelos meses que se perdem se as palavras já não contam
pela calma do teu rosto
pelas fadigas que o afrontam.

(Refrão)

Pelo sangue e pela chuva que dos lares se derrama
pelo riso dos que chegam, dos que dormem nesta cama
pela sangue e pela luta e por tudo que se ama.

(Refrão)

Pela paz deste lugar
pelo vermelho destes dias
pela força de avançar
pela esperança que anuncias
pelo braço que te estendo
pelas nossas alegrias .

(Refrão)

Pela raiva dos que partem o gelo nas muralhas
Pelo grito dos que vencem ciladas e mortalhas
Por aqueles que resistem
Pelos golpes que não falhas.

(Refrão)

25 de Abril Sempre!

domingo, 24 de abril de 2016

Abril de sim Abril de não


Eu vi Abril por fora e Abril por dentro
vi o Abril que foi e Abril de agora
eu vi Abril em festa e Abril lamento
Abril como quem ri como quem chora.

Eu vi chorar Abril e Abril partir
vi o Abril de sim e Abril de não
Abril que já não é Abril por vir
e como tudo o mais contradição.

Vi o Abril que ganha e Abril que perde
Abril que foi Abril e o que não foi
eu vi Abril de ser e de não ser.

Abril de Abril vestido (Abril tão verde)
Abril de Abril despido (Abril que dói)
Abril já feito. E ainda por fazer.



Manuel Alegre




sábado, 23 de abril de 2016

Abril Dias Mil

Abril, Dias (de) Mil!! Nem dos deixa respirar este mês de Abril! É o dia das mentiras, da saúde, dos moinhos, do livro, da literatura infantil, da dança e sei lá do que mais!! (até é o mês do meu dia...)

Ontem nem tive tempo de vir aqui celebrar a Terra e hoje já tenho de celebrar o Livro e Shakespeare que faz hoje 400 que morreu. É muito stress...

Um velho conhecido e colega dizia-me ontem: «Para quando o Dia do Nada?! Vou propor que se passe a celebrar do Dia de Nada!» E tem razão. E nesse dia poderíamos passar o tempo a fazer... nada. Talvez a dormir, ou a "abocanar" como diz outra velha amiga e colega...

Entretanto, enquanto esse dia não vem, aqui fica o meu tributo à Terra naquela que é, para mim, uma das mais belas canções de amor pela natureza.





E quanto a livros, que tal passar por Óbidos e ficar no «The Literary Man Hotel»?




Eles estiveram lá e gostaram...




quinta-feira, 21 de abril de 2016

E esta, hein?

Vejam e riam - ou não!

Isto sim, é empreendedorismo!




quarta-feira, 20 de abril de 2016

Amadeo de Souza-Cardoso

A fim de assinalar os 50 anos da Gulbenkian em Paris, inaugurou-se hoje a exposição da extraordinária obra do modernista Amadeo Souza-Cardoso (1887-1918) no Grand Palais daquela capital.

A RTP1 passou há pouco um excelente documentário sobre a vida e a obra do grande pintor, que ombreou com os grandes pintores europeus da época e que, ainda em vida,  foi descoberto, apreciado e divulgado nos Estados Unidos, enquanto aqui neste paísinho submerso em ditadura após ditadura e em grande cinzentismo, só foi conhecido quando, nos anos 50, alguns dos seus quadros foram expostos no Museu em Amarante e reconhecido apenas nos anos 80 quando a Gulbenkian apresentou devidamente a sua obra.

Deixo aqui uma breve apresentação da exposição que abriu hoje em Paris. Mas vale a pena ver o documentário da RTP. (Uma verdadeira exceção na programação daquele canal...)


terça-feira, 19 de abril de 2016

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Não me conformo!

Não me conformo com o que se está a passar no Brasil, nosso país irmão. Um brutal ataque à Democracia.

Uma vergonhosa votação da Câmara dos Deputados de 367 votos a favor contra apenas 137 contra a destituição da Presidente a propósito da qual transcrevo um cometário-lamento com que concordo em absoluto.

«Brasil – A destituição de Dilma Roussef

Foi a primeira vez que vi a justiça popular, no que tem de mais irracional e execrável, a funcionar por interpostos deputados brasileiros.

O mal-estar, a que a corrupção não é alheia, nem nova, deve-se à crise do capitalismo e à queda brutal dos preços das matérias-primas, especialmente do petróleo, provocando a recessão que impediu a continuidade do ‘milagre brasileiro’ que retirou da miséria milhões de pobres.

A ansiedade e a revolta, essas, foram estimuladas e ampliadas nas ruas pelos que nunca perdoaram as medidas sociais e o êxito dos governos de Lula, pelos que detêm os meios de comunicação social, pelos que, através de ditaduras militares, fruíram privilégios que procuram recuperar.

O absurdo e imoral processo de destituição de Dilma Roussef foi conduzido por muitos deputados arguidos em processos de corrupção contra uma das raras personalidades da política brasileira que não aparece como suspeita em é alvo de qualquer investigação – a PR.

Não podendo a PR eliminar os corruptos, destituíram-na estes.

O Brasil entrou num processo estranho onde se confundem interesses pessoais, luta de classes, ódios velhos e vinganças mesquinhas, com o país a encaminhar-se rapidamente para o abismo da guerra civil e/ou da ditadura.

No descalabro de um país de ‘portugueses à solta’, vejo a alegria esfuziante de um povo a transformar-se em medo, revolta e desespero, com os velhos demónios despertos.»


Carlos Esperança, facebook, 16/4/2016




domingo, 17 de abril de 2016

Habilidades

Para quem gosta de trabalhos manuais - eu gosto de os ver, mas tenho pouco jeito para os executar  - hoje deixo aqui imagens de uma exposição de artefactos feitos de papel pelos alunos do Atelier de Papel a que deram o título de...
























Pode seguir a obra do Atelier do Papel no facebook:

https://www.facebook.com/at.papel/?fref=ts 

sábado, 16 de abril de 2016

Dia Mundial da Voz

O Dia Mundial da Voz foi comemorado pela primeira vez em 2003 - lá na Escola, os técnicos e os professores ligados à educação dos nossos alunos surdos promoviam atividades e/ou exposições sobre o tema - e o seu objetivo foi dar visibilidade à voz.

É o que esta senhora também faz:  dá visibilidade à sua voz! (da pior maneira...)

Alguém podia dizer-lhe que se cale?! 

Como dizem os nossos jovens: «ele há com cada anúncio!...»





sexta-feira, 15 de abril de 2016

Há que preservar os amigos

Os meus amigos que me dão a honra de passar por este meu espaço hão de estar um bocado baralhados com o «põe e tira e tira e põe» que aconteceu aqui nestes últimos dias.

Encontros e desencontros de opiniões e de mundividências levaram-me a retirar a reportagem (que com tanto gosto montei) sobre o encontro de bloggers do passado domingo no Porto. Do facto devo pedir desculpas aos simpáticos comentadores dessa publicação.

Quanto ao texto publicado ontem (coisas de Carneiro, sabem como é…) foi ontem mesmo retirado, ainda sem quaisquer comentários – porque há que preservar os amigos.

O título «O programa segue dentro de momentos» a fazer lembrar a RTP dos anos 60, ainda levou alguns dos meus seguidores a pensar que eu iria fazer uma pausa, mas não se livram de mim assim tão facilmente…

(Isto até parece um daqueles enigmas do Rui da Fonte…)

Mas o assunto é esse mesmo – preservar os amigos. E por isso aqui fica um belo hino aos amigos pelos meu muito queridos Queen – a 2ª melhor banda inglesa a seguir aos Beatles –  digo eu...


quinta-feira, 14 de abril de 2016

O programa segue dentro de momentos...

(texto removido pela autora. Fica a musiquinha que é bem bonita...)



quarta-feira, 13 de abril de 2016

Música com beijos

E como dizem que hoje é o dia do beijo, aqui fica uma musiquinha com beijos na voz poderosa de Shirley Bassey (1958).





Ah! E uma mão cheia de beijos para todos os meus simpáticos visitantes!!




terça-feira, 12 de abril de 2016

Conversa de travesseiro...

Quando não há tempo para mais nada, temos sempre a "conversa de travesseiro"...

Uma cançãozinha bem divertida de 1959 na poderosa voz de Doris Day, do filme com o mesmo nome «Pillow Talk», uma comédia musical com o sempre bem parecido Rock Hudson. 

Só a rapaziada da minha idade se poderá lembrar...




sábado, 9 de abril de 2016

Adriano Correia de Oliveira

Faria hoje 74 anos se a morte o não tivesse colhido ainda jovem, pelos 40 anos. Tinha uma bela voz que usava, como o José Afonso e outros, para intervir naqueles tempos lamacentos.

Em homenagem fica aqui a Fala do Homem Nascido, o poema de Gedeão que mais força imprime em quem o lê ou ouve, e que é o lema deste blog

Espero que gostem.





Bom fim de semana!

Amanhã, Porto, aí vamos nós
para o 3º encontro de bloggers!

sexta-feira, 8 de abril de 2016

O Enterro do Bacalhau

É uma tradição do Soutocico, um sítio daqui do concelho de Leiria, a caminho das Cortes, onde nasce o rio Lis: o Enterro do Bacalhau.

Uma festa pagã que se realiza de quatro em quatro anos em que a população representa uma peça teatral que remonta a 1938 e que conta com cerca de 300 figurantes. Estes fazem-se passar por padres, freiras, bispo, sacristão, pescadores, varinas e músicos, num cortejo que inclui paragens em que são declamados sermões com textos satíricos. 

Trata-se de um protesto contra a proibição do consumo total de carne durante a Quaresma mas que abria uma excepção a todos os que comprassem a bula, um indulto apenas ao alcance dos mais abastados, pelo que o povo se socorria do bacalhau por ser mais barato.

O “Enterro do Bacalhau” chegou a ser proibido pelo regime de Salazar, mas foi reatado após a revolução de Abril de 1974.

Este ano houve "Enterro do Bacalhau". Realizou-se no passado sábado, dia 2, e foi assim.




















As fotografias são do meu genro Francisco Mendes que ganhou o concurso de fotografia lançado pelo Jornal de Leiria  para cobrir o evento.


quinta-feira, 7 de abril de 2016

O fato de banho verde

Ao fim de quarenta e muitos anos a usar bikini na praia e depois de muita insistência por parte da minha filha mais velha, decidi-me a comprar um fato de banho – lembram-se de quando, nos idos de 40/50, se dizia maillot de banho? Tão chique!

Mas não pensem que esta minha decisão foi tomada de ânimo leve! De facto, apesar do corpo acusar já o peso e as marcas da idade e talvez de alguma falta de cuidados especiais para usar bikini, sinto-me um bom bocado “enclausurada” dentro dos fatos de banho. Então porquê esta compra?

Sabem os meus simpáticos leitores que uma das minhas principais características – aliás a de qualquer dos nascidos sob o signo do Carneiro – é a obediência cega a toda e qualquer determinação superior…

Por isso, tendo em atenção a diretiva superiormente tomada pelo presidente do meu clube de futebol de proibir os jogadores (e porque não os sócios e simpatizantes do clube?) de usar roupa de cor vermelha, não resisti quando vi este fato de banho.




Que vos parece?

terça-feira, 5 de abril de 2016

Os Dez Anõezinhos da Tia Verde-Água

(Urban Sketchers Portugal)

Quem não se lembra da história dos dez anõezinhos da Tia Verde-Água? Quem não a leu ou a ouviu ler na infância, na escola primária? Quem não teve de a recontar numa redação com moralidade e tudo?

Pois eu lembro-me dela bastas vezes. É verdade! Que não vejam neste meu desabafo o mínimo sinal de pretensiosismo nem qualquer vestígio de vaidade balofa. A questão é que não fui educada para, nem nunca tive paciência para ser «dona-de-casa», por isso, de cada vez que tenho de me despachar a descascar a cebola, a cortar as lulas, a pôr a panela com a sopa a descongelar, com as camas ainda por fazer e a roupa para ir estender, que a máquina está quase a acabar a lavagem, tendo, pelo meio, de pensar nos sonetos de Camões que vou ler e interpretar com as miúdas do 10º ou no capítulo do Memorial que vou ter de destrinçar com os miúdos do 12º - nessa altura, algo esbaforida, lembro-me dos safados dos anõezinhos da Tia Verde-Água…


Faz uma pessoa uma licenciatura das antigas e mais não sei que pós-graduações para terminar a realizar os ensinamentos da Tia Verde-Água…

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Se me amas de verdade...

Para começar bem a semana...

Ele sussurra-lhe ao ouvido: 

"Posso não ser rico, não ter dinheiro, apartamentos e carros de luxo, ou empresas como o meu amigo Anastácio, mas amo-te muito, adoro-te - sou louco por ti".

Ela olhou-o com lágrimas nos olhos, abraçou-o como se o amanhã não existisse e disse baixinho ao seu ouvido:


 "Se me amas de verdade, apresenta-me o Anastácio".



domingo, 3 de abril de 2016

Constituição da República - 40 anos

A nossa ainda jovem democracia - ultimamente tão mal tratada - permitiu  (sabe Deus a que custo) que se elaborasse, com o contributo de representantes democraticamente eleitos, uma carta de princípios que servisse de base a toda à vida deste velho/jovem país depois da queda do regime ditatorial: a Constituição da República, aprovada no dia 2 de Abril de 1976. Fez ontem 40 anos.


A nossa gratidão aos constituintes!


De entre os textos de homenagem que o Jornal de Letras publicou - e porque não posso copiar todos - escolho o texto do poeta Manuel Alegre que passo a transcrever.



Constituinte e revolução

«Havia diferentes opções sobre a via a seguir, conflitos políticos e ideológicos, manifestações e contra manifestações, confrontos entre partidos e entre militares. Apesar disso, os constituintes iam fazendo o seu trabalho, constitucionalizando as principais transformações políticas e sociais que todos os dias estavam a ocorrer.

Havia uma espécie de interação entre o que acontecia no país e os artigos que iam sendo redigidos na Assembleia Constituinte. Legalidade revolucionária na rua, legalidade democrática na Assembleia, integrando as mudanças operadas pela revolução. Houve uma quase milagrosa capacidade de transformar o confronto em diálogo e um inesperado consenso em torno dos valores que foram sendo consagrados na Constituição. Não só as liberdades e os direitos políticos fundamentais. Mas também os direitos sociais inseparáveis dos direitos políticos. A democracia política, económica e social. A rejeição do colonialismo e a consagração dos direitos dos povos à autodeterminação e à independência, o que, naquelas circunstâncias, teve um significado da maior relevância, já que plasmou na Lei Fundamental o fim da guerra e o reconhecimento dos novos países africanos de língua oficial portuguesa. Foi uma revolução na revolução. A da rua passou. Ficou a revolução democrática feita pelos constituintes.

Tive o privilégio de ser o redator principal do Preâmbulo. Participei na elaboração de outros artigos, nomeadamente no primeiro, suponho que conjuntamente com Vital Moreira e José Luís Nunes, se a memória não me falha. Recordo um episódio injustamente esquecido. Como apareceu o nome de Assembleia da República? Houve diversas sugestões de deputados de todas as bancadas, algumas um tanto estapafúrdias. Estava difícil chegar-se a uma conclusão. De repente, Mota Pinto levantou-se e disse: “Assembleia da República”. A sala ouviu e ficou uns segundos em silêncio, para logo a seguir se levantar e aplaudir. Acho que nem foi preciso votar, foi por aclamação. Assembleia da República. Assim ficou a chamar-se o Parlamento, cujo padrinho foi Carlos Mota Pinto.

Há uma tendência para simplificar e para dizer que o pai da Constituição foi este ou aquele. Foram todos. Mesmo Adelino Amaro da Costa que votou contra. Ou Carlos Brito, que foi dos primeiros a compreender a urgência de constitucionalizar as transformações resultantes do 25 de Abril sob pena de estas se esfumarem. Sem esquecer o combate de Mário Soares e Salgado Zenha pela realização das eleições para a Assembleia Constituinte.

Construindo o Estado de Direito Democrático e o Estado Social os constituintes concretizaram a esperança e os horizontes abertos pelo 25 de Abril. Sem o trabalho que fizeram, pouco ou nada restaria da revolução dos cravos. Os militares cumpriram a sua palavra, restituindo o poder ao povo através de eleições livres e democráticas. Os deputados constituintes de certo modo salvaram o essencial do 25 de Abril. Deixaram-nos a Constituição da República, que é a garantia das nossas liberdades e dos nossos direitos.»

sábado, 2 de abril de 2016

6 anos

Conforme a nossa amiga Adélia do blog Flor de Jasmim anunciou - ainda eu digo que tenho boa memória! - o faz hoje seis anos.

Foram já editadas mais de dois mil e cem publicações, quase diárias, umas melhores, outras piores, umas mais do agrado de uns, outras mais do agrado de outros. Enfim. Quase 900 mil visualizações, quase 28 mil comentários. É muito bom! E tudo isso o devo a todos vós, meus bons amigos que aqui vêm e comentam e aos outros amigos que aqui vêm e não comentam. A todos agradeço com alegria e dedicação.

E que há de mais belo para agradecer do que flores e poesia? Assim, para todos, fica aqui um belo poema de Cecília Meireles e um tufo de hortenses aqui da terra. 

Bem hajam!

Recado aos Amigos Distantes

Meus companheiros amados,
não vos espero nem chamo:
porque vou para outros lados.
Mas é certo que vos amo.

Nem sempre os que estão mais perto
fazem melhor companhia.
Mesmo com sol encoberto,
todos sabem quando é dia.

Pelo vosso campo imenso,
vou cortando meus atalhos.
Por vosso amor é que penso
e me dou tantos trabalhos.

Não condeneis, por enquanto,
minha rebelde maneira.
Para libertar-me tanto,
fico vossa prisioneira.

Por mais que longe pareça,
ides na minha lembrança,
ides na minha cabeça,
valeis a minha Esperança.

Cecília Meireles, in 'Poemas (1951)'