domingo, 30 de agosto de 2015

Um banho de Lisboa!

Que sou completamente apaixonada por Lisboa não é novidade para ninguém. Que, muitas vezes, morro de saudades de Lisboa também não novidade para ninguém. Que passo a vida dizer (se calhar, só da boca para fora) que, se pudesse, ia hoje mesmo de volta para viver em Lisboa, também não é novidade mesmo para ninguém.

Por isso, nem imaginam o que me agradou passar estes últimos quatro dia em Lisboa! Ali mesmo no centro. Hummmm - que rejuvenescimento!




















(continua...)

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Che luna!

Acalentam-nos as esperanças e depois a deceção é enorme! São os jornalistas e são também os astrónomos (ou «cientistas malucos» como eu gostava de chamar a um querido colega das Ciências que, lá na “minha” escola, ganhou um prémio chorudo num concurso do programa Ciência Viva que deu para se comprarem uns telescópios bem bons ao serviço da escola/comunidade) que nos prometem que vamos ver uma enorme «chuva de estrelas», ou um eclipse do Sol, ou a cauda de determinado cometa e depois pouco ou nada conseguimos bispar…

Há dias prometeram-nos que poderíamos ver, a olho desarmado, Vénus e Marte brilhando juntamente com a Lua Em quarto crescente. E aí estivemos nós, de nariz no ar, a passar o céu a pente fino e, a única coisa que vimos com toda a certeza (para além de uns pontinhos mais brilhantes lá longe) foi mesmo a lua com um imenso halo em redor onde se reflectia todo o espetro das cores primárias. Lindo de mais!

E sabem do que me lembrei? Daquela super romântica música italiana «Che luna! Che mare!» (Forget Domani) que fazia parte da banda sonora do filme «O Rolls-Royce Amarelo» (1964).


Vamos ouvir? É que podemos rever aquele homem lindo que era Alain Delon...




Depois há a versão de Frank Sinatra com aquela voz de astro que nos chega à alma…




terça-feira, 25 de agosto de 2015

Quem se lembra?

Faz hoje precisamente 27 anos. 







Foi mau de mais.

A liberdade ofende





(Nome incontornável dos grandes autores em Língua Portuguesa, grande senhora das Letras, ucraniana de nascença, naturalizada brasileira, país onde viveu com a família - emigrados judeus - desde a infância, Clarice Lispector (1920 - 1977) afirmou-se como uma escritora e pensadora muito peculiar, admirada e premiada no seu país e mundialmente.Os seus pensamentos, crónicas e textos merecem ser lidos e interiorizados com especial atenção.)


(peço desculpa pelo «m» a mais na primeira fala do pensamento.)

domingo, 23 de agosto de 2015

Mulheres de Viana

Dizem que não há coincidências. Mas, não sei se por coincidência ou não, apareceu-me no Pinterest esta ternurinha de meninas de Viana, logo este fim de semana em que por lá se estão a celebrar as Festas de Nª Srª da Agonia.

Vejam lá se não são  mesmo uma ternurinha!



E, já agora, vejam estas (mais velhas e bem mais vaidosas, com o seu ouro todo) que «roubei» ao meu facefriend Ribeiro Francisco, um vianense do coração.














Havíamos de ir a Viana , não vos parece?...




sábado, 22 de agosto de 2015

Passeio de Verão

Que tal um passeio por um parque lindo e fresco num dia quente de Agosto?

Lindo e fresco é, sem dúvida. E cheio de potencialidades. Mas algo mal cuidado. Uma pena!

Fomos às Caldas da Rainha ver museus, um dos quais está situado bem no centro do Parque.



E a presença dos Pavilhões construídos para a instalação do hospital termal das Caldas, velhos de um século e que - à portuguesa - foram abandonados sem que algumas vez tivessem chegado a funcionar como hospital.




























Um parque destes em Londres estaria muito mais bem cuidado e muito mais aproveitado. Disso não tenhamos dúvidas.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Justiça à portuguesa

(Podem já ter lido, mas não resisto a transcrever. Para que conste. Para que se aprecie, se discorra e se conclua o que haja a concluir.)

«Na sua mais recente função de caixote do lixo, o Conselho Superior da Magistratura veio ontem à noite circular um comunicado da Comarca de Lisboa sobre a medida coactiva de obrigação de permanência na habitação, aplicada pelo juiz do Penhascoso, Carlos Alexandre, a Ricardo Salgado, quadrilheiro-mor da quadrilha de gatunos da família Espírito Santo.

Diz a Comarca de Lisboa, em defesa do justiceiro-mor do reino, que, durante o inquérito, o juiz de instrução criminal pode aplicar aos arguidos medidas de coacção diversas, ainda que mais gravosas, da medida de coacção requerida pelo agente do ministério público, titular do inquérito.

Mas a questão não é essa!

Com efeito, a questão não está em saber se o pretenso e incensado super-juiz Carlos Alexandre pode ou não aplicar medida coactiva mais grave do que aquela que lhe foi requerida pelo agente do ministério público titular do processo da quadrilha de gatunos da família Espírito Santo.

 A questão é outra, ou melhor: as questões são outras.

E a primeira questão, com verdadeiro e real interesse, é esta: sendo o gatuno-mor da família Espírito Santo suspeito, para o agente do ministério público titular do inquérito, da prática de múltiplos crimes de corrupção no sector privado, burla qualificada, fraude fiscal, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e falsificação informática, por que motivo o titular do inquérito só pediu, para medida de coacção, a extensão ao processo agora em curso do Banco Espírito Santo (BES) da medida de coacção monetária de três milhões de euros já prestada o ano passado por Ricardo Salgado, quando foi constituído arguido no processo do Caso Monte Branco?

Exacto: o que é que explica a extrema benevolência do procurador da república em relação a um gatuno que, só no caso BES, já custou ao erário público a quantia de 7,2 mil milhões de euros (três mil milhões para pagar a dívida do BES ao Banco Central Europeu, exigidos por Dragui ao Banco de Portugal na noite das facas longas e 4,2 mil milhões de euros para financiamento do Novo Banco? O que é que explica a comovente compreensão do procurador da república, titular do inquérito, que só agora, mais de um ano depois da falência fraudulenta do BES, se movimenta no sentido de arrestar as propriedades da família Espírito Santo?

(...)

 Pode ser que a procuradora-geral da república pretenda fazer passar o País por parvo, mas a verdade é que ainda não explicou às centenas de milhares de emigrantes e idosos portugueses por que é que ainda não mandou aplicar as medidas necessárias para garantir o arresto dos bens da quadrilha de gatunos Espírito Santo, a fim de que pudessem um dia vir a ser ressarcidos do roubo das suas economias de uma vida, efectuado aos balcões do BES.

 E é a mesma procuradora-geral da república que tem de vir explicar ao povo português por que é que o agente do ministério público, titular do inquérito ao BES, ainda não alargou esse inquérito ao latrocínio levado e efeito por Ricardo Salgado e seus comparsas no Grupo Espírito Santo (GES), onde estão em jogo para cima de trinta mil milhões de euros e os postos de trabalho de mais de vinte mil trabalhadores em Portugal e no mundo.

Assim como é a mesma procuradora-geral da república que terá de vir explicar urgentemente por que é que o agente do ministério público no inquérito do BES não requereu a prisão preventiva de Ricardo Salgado, depois de ter sido encontrado o armazém onde aquele arguido escondida uma extraordinária fortuna em obras de arte.

(...)

Mas a segunda questão importante, vergonhosamente ocultada pelo comunicado da Comarca de Lisboa divulgado esta noite pelo Conselho Superior da Magistratura – Conselho a que teremos de voltar um dia – não é a de saber se o juiz de instrução pode ou não aplicar uma medida de coacção mais grave do que a que lhe foi requerida pelo agente do ministério público titular do inquérito, pois é evidente que pode, mas sim a questão de saber qual o motivo por que o juiz do Penhascoso não despachou Ricardo Salgado com a medida de prisão preventiva para Évora, cadeia para onde despachou Sócrates sem dispor do mínimo indício de que Sócrates houvesse cometido um único dos crimes de cuja prática o acusa o Diário do Penhascoso, também – mas muito menos! – conhecido por Correio da Manhã.

Sim, magnífico juiz, por que é que achou fundamento bastante para aplicar a Sócrates uma medida coactiva que não tem a coragem de aplicar a Salgado?

Diga lá ao povo português: a justiça portuguesa protege ou não protege os bandidos e a direita?»

Arnaldo Matos


 
(A "prisão" onde Salgado está detido...)

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

No comboio da Beira

Num compartimento do comboio da Beira seguiam, numa bela tarde de Verão uma casal de namorados, um respeitável senhor dos seus 70 e tal e um rapazola em finais da adolescência.

A certa altura, aproxima-se um túnel daqueles em que nem sempre ligam as luzes do comboio e cada um dos passageiros tem um pensamento diferente.

O rapazola pensava: «Que belo beijo pregava nesta moça se as luzes do comboio não se acenderem!...»

A rapariga pensava: «Este rapaz está com vontade de se meter comigo no túnel, mas não há problema porque o meu namorado defende-me!»

O namorado da rapariga pensava: Este tratante está desejoso de se mandar à minha namorada, mas eu sei que, se ele tentar, ela sabe defender-se!»

O senhor pensava muito simplesmente: «Ou muito me engano, ou vai sair merda!»


(daqui)

O comboio entra no túnel, as luzes não se acendem e, ato contínuo, ouve-se o repenicar de um beijo e, logo de seguida, um estalo.


(daqui)

À saída do túnel, cada um dos passageiros volta aos seus pensamentos.

A rapariga: «Como eu pensava, o gandulo pregou-me um beijo, mas o meu namorado deu-lhe um estalo!»

O namorado: «Aquele anormal atreveu-se a espetar um beijo na minha namorada, mas ela, como eu esperava, pregou-lhe uma chapada!»

O velho senhor, muito enervado: «Eu não disse que ia sair merda?!»

O rapazola, entusiasmado: «Eh pá, isto correu melhor do que eu pensava! Dei um beijo na miúda e uma estalada no velho!!!»



quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Uma fotografia

Pelo facebook ficamos a saber de tudo! Acreditam que conheço uma colega/amiga professora vai para uns trinta anos, dou-me muito bem com ela e só hoje fiquei a saber que o seu dia de aniversário é hoje? Abençoado facebook...

Também me (re)lembrou que hoje é celebrado o dia da fotografia. Por isso deixo aqui uma bela fotografia do meu amigo blogger Irlando Tavares.


São capazes de descobrir onde foi tirada?



terça-feira, 18 de agosto de 2015

Leituras de Verão

(daqui)

Foi hábito que me ficou de há anos.

No tempo em que trabalhava (muito!) na e para a “minha” escola, naqueles anos loucos (mas completos!) da direção, tirava apenas duas semanas de férias no Verão, para ir para a praia – que não me imagino a passar um ano sem ter uns bons dias de praia – e aproveitava para ler os livros que pudesse. Nada melhor que «fazer as férias do lagarto» deitada ao sol/à sombra a ler!

Este ano a «produção» foi bem profícua!

Terminei o livro «Meninas» de Maria Teresa Horta – que vai merecer um texto à parte, de tão bem escrito, de tão poético, de tão violento!

Emprestaram-me «Quando Lisboa tremeu» de Domingos Amaral em que entrei com agrado por se tratar de um romance histórico. São quase 500 páginas mais de romance do que de histórico. Mas lê-se bem e rápido – daquela escrita torrencial, com grande profusão de diálogos (não sei como há imaginação para tanto!) numa linguagem simples e corrida que por vezes não consegue evitar um ou outro erro de pontuação e um ou outro lapso de ortografia – e diverte, entretém.

No mesmo «pacote» de empréstimo, vinha «O Retrato da Mãe de Hitler», do mesmo autor, que pretende ser a continuação de «Enquanto Salazar dormia», que li há anos e até achei bom, mas que mais não é senão mais um daqueles best-sellers vulgares, longos e chatos, à volta de uma história de amor do tempo da 2ª Guerra contada em intermináveis flashbacks (analepses, em português). Nada de espacial.

«O Verão Quente» - também de Domingos Amaral (juro que não tenho percentagem nas compras!...) – é bem melhor em termos históricos: versa a época do PREC, no pós 25 de Abril entrelaçada por uma história do tipo policial que acelera no leitor a vontade de chegar ao final do livro. Bem melhor que o anterior, se bem que o autor exagere na forma como aborda o sexo – e não se pense que estou aqui armada em pudica… - algo excessivo e, muitas vezes, desadequado. Mas gostei. Tenho para mim que muito do que é dito sobre os acontecimentos de Abril – e muito é dito – saíram diretamente da boca do Professor Freitas do Amaral, pai do autor.

Para distrair de Domingos do Amaral, li, pelo meio, o excelente livro «O Retorno», de Dulce Maria Cardoso, este sim, um verdadeiro romance histórico, com muito mais de histórico do que de romance, muito bem escrito, que retrata a penosa época do regresso forçado das pessoas que viviam e tinham as suas vidas estabelecidas nas ex-colónias e que se viram, de um momento para o outro, transferidas para uma terra desconhecida, quase inóspita – embora tenha sido feito o (im)possível para absorver todos esses concidadãos – muitas vezes com pouco mais do que a roupa que traziam no corpo e numa malinha. De leitura (quase) obrigatória!

Ah! E ainda consegui ler uma antologia de (bons) textos (quase poéticos) de António Tabucchi, recentemente editada pela D. Quixote e que comprei porque inclui também o breve romance «Os três últimos Dias de Fernando Pessoa» escrito em 1995. Deu-me logo vontade de reler «O Ano da Morte de Ricardo Reis», o livro de Saramago de que mais gostei!

Hei de fazê-lo!

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

A solução

Vou-me dando conta dia após dia: a situação está perto do caótico.

A proposta de solução é antiga, mas aplica-se. Que me dizem?

A Solução

(...)

Por sua culpa,
O povo perdeu a confiança do governo
E só à custa de esforços redobrados
Poderá recuperá-la. Mas não seria
Mais simples para o governo
Dissolver o povo
E eleger outro?

(Bertolt Brecht, Poemas, Editorial Presença, 1976)



Isto é gostar de ler!

Isto sim, é gostar de ler!!




Boa semana e boas leituras!

sábado, 15 de agosto de 2015

Somewhere Over the Rainbow

15 de Agosto de 1939 - estreia do filme  "The Wizard of Oz" (O Feiticeiro de Oz) de Victor Fleming.

Relembremos a lindíssima canção "Somewhere over the Rainbow" (só o título é uma maravilha!) na excelente voz de Judy Garland.




quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Gatinhos de Melides

Bem podemos afirmar que Melides é terra de gatos. Parece que toda a gente os alimenta: há comida de gatos e recipientes de água por todo o lado.

No ano passado registei dezenas de fotografias de gatos que se espreguiçavam por todos os lados aqui na aldeia. 

E este ano, vou pelo mesmo. 

Ora aqui estão alguns.





















Tantos e tão fofos e eu cheia de saudades das minhas...