segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Estação de Leiria


Grande parte das estações de caminhos de ferro por esse Portugal fora são bonitos edifícios, muitos deles, infelizmente, completamente abandonados, e ornamentadas com belos paineis de azulejos, arte centenária deste nosso país. Quase todas as estações desta obsoleta e esquecida linha do Oeste contam com lindíssimos paineis alusivos à região.

Leiria, cuja estação, embora pintadinha e bem arranjada, também está, por assim dizer, abandonada já que raramente passam comboios e, antes de ter lá instalado um café, estava quase sempre fechada, também tem uma série de paineis assinados em 1935 pelo arquitecto Ernesto Korrodi, Leopoldo Battistini e Luís Fernandes.  E são esses paineis que hoje trago aqui.

Começa-se pelo Roteiro da região partindo, naturalmente da cidade capital de distrito.






Pormenor do brasão da cidade



O tradicional traje de Leiria com capote



O traje normal.
(A vossa atenção para o lindíssimo chapeuzinho que se usava sobre o lenço.)


 
Imagem do Castelo de Leiria antes de ser reconstruído pelo Arqº E. Korrodi


 Pormenor do Castelo: capela e campanário


Imagem da Igreja da N. Srª da Encarnação, sita no outra monte oposto ao Castelo


Azulejo do Santuário do Senhor dos Milagres

     A Batalha



O Castelo (de contos de fadas) de Porto de Mós
(De lamentar a aposição de uma recipiente para o lixo...)



E Fátima, naturalmente...


Que pena termos abandonado a nossa rede ferroviária a nível nacional em vez de a reabilitar e termos, ao contrário do que se faz na Europa dita civilizada, esquecido o bom hábito de andar de comboio!

6 comentários:

  1. Concordo, muitas delas encontram-se negligenciadas e não por falta de comboios/passageiros! As que tenho visto (porque gosto de viajar de comboio) estão cobertas de graffiti.
    Painéis muito bonitos. Gostei de ver.

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  2. E como eu gosto de comboios!
    Talvez por ter nascido numa terra e viver noutra bem longe deles...
    Mas já fiz belas e longas viagens neste simpático meio de transporte.
    Nos idos anos 60, dando aulas na então Escola Comercial e Industrial de Leiria, a minha 1ª escola, fui uma vez no comboio correio desde a Estação até Lisboa. Demorei horas porque parava em todo o lado.:-))
    Gostei dos azulejos, são lindos e retratam bem a região de Leiria do antigamente e também de agora...

    Abraço

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  3. Bonitos azulejos. Magnífico documento histórico.

    Pena é que não se resguardem estas preciosidades com o cuidado devido.

    Então, quer dizer, a "Rosa dos Ventos", às tantas, foi minha colega na então Escola Industrial e Comercial de Leiria! Estive lá a leccionar, de 1966 a 1968. Era um miúdo! Dei aulas de Direito Civil, Comercial, Economia, Cálculo, Aritmética e Geometria, etc penso que cheguei a dar 10 ou mais disciplinas ao mesmo tempo. Uma barbaridade!...

    Abraço

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  4. Tu sabes, muita gente sabe, o que é a Linha de Sintra! Contráriamente às do resto do país, os combóios aqui andam sempre cheios, e são de vinte em vinte minutos, Sintra/Lisboa. Fora os intermédios.
    É muito romantico, e simpático, um passeio de comboio, sentado cómodamente, a apreciar a paisagem!
    Apanhar um combóio na Linha de Sintra, em hora de ponta, com milhares de pessoas acotoveladas lá dentro, uns bem cheirosos, outros menos, em pé depois de um dia de trabalho, é de fugir.
    Agora há melhores condições, já não se registam atrazos com tanta frequência, raramente há falhas técnicas, mas os milhões de pessoas ano, continua, e, quem tem que lá andar sujeita-se a tudo, a ser assaltado, agredido, tudo é possível aqui na linha de Sintra.
    Quando acontecem problemas, no outro são destacados para lá um ou dois policias, depois cai no esquecimento saiem, e volta tudo ao mesmo.
    Combóios sim!
    Linha de Sintra, não!
    Belas fotos, que pena, por esse país fora tantas e tão bonitas estações de caminho de ferro, tenham sido abandonadas, e vandalizadas, com perdas totais desse património, que era de todos.

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  5. Claro, Gato Preto! A linha de Sintra não é o melhor exemplo para se falar em passeios de comboio. E eu que bem que sei! Todos os dias era levantar às 6.30 para ir apanhar o comboio das 7.04 para o liceu e depois para a Faculdade! A partir do Algueirão, já não havia lugares sentados. Uma bagunça! E isto ainda foi no tempo da outra senhora, p´raí há mil anos... Passei maus bocados nesses comboios. E bons também! Aliás: muito bons!
    Mas é tão bom andar de comboio e não se fez nada senão deixar decair, deixar morrer, abandonar. Tudo se abandona neste país!É um desinteresse que até confrange!

    Ó António, às tantas foi mesmo colega da Rosa-dos-Ventos, ou talvez fosse cedo de mais! Olhe, e nessa época dava não sei quantas horas e não sei quantas turmas e disciplinas diferentes e não ganhava nas férias e sei lá o que mais. E não se queixava nem dizia que era da "geração parva e à rasca" e etc. e etc. ...
    (Não posso dizer isto à frente do meu marido que ele dá-me na cabeça e diz "foi para isso que se fez o 25 de Abril" e tem razão, mas... agora, por vezes, exagera-se! Será que estou a ficar "reaccionária"?!...

    Beijos para todos os que entraram nesta viagem de comboio...

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