sábado, 31 de dezembro de 2011

Happy New Year!




 
Happy New Year
Happy New Year
May we all have a vision now and then
Of a world where every neighbour is a friend
Happy New Year
Happy New Year
May we all have our hopes, our will to try
If we don't we might as well lay down and die
You and I


E, parafraseando Baptista-Bastos, reafirmo: «Estamos  no fecho de um ano desgraçado e nocturno. Que Hermes, o deus do bom caminho, ilumine o que aí vem, e não nos deixe enveredar por veredas e azinhagas.»

 

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Revista do Ano


Como disse Ferreira Fernandes, o cronista de serviço do DN, este ano foi um ano do caraças! E não foi só cá em Portugal. Com toda a ironia, ou melhor, todo o humor (negro), senão mesmo com todo o mau humor, e parafraseando os eleitores, apoiantes e cooperantes deste governo de tecnocratas que nos calhou a 5 de Junho, que até essa data negaram a pés juntos a crise europeia/mundial, atribuindo todas as calamidades ao malandro do Sócrates, de cada vez que mais um país resvala para o descalabro financeiro – a Itália, agora a Espanha, a dívida imensa da Holanda, do Reino Unido, para não falar da dívida ingente dos riquíssimos States – eu sinto-me obrigada a pensar que também esses desvios colossais aconteceram por culpa do malandro do Sócrates…

Bom, mas não era bem isto que eu queria vir aqui hoje dizer. Queria tão-somente apresentar a Revista do Ano que o Google tão bem conseguiu resumir em menos de três minutos. Vejam!



Depois deste apanhado em flashes, deixem-me apenas referir o programa de televisão de que mais gostei este ano e que passou despercebido nos tops de audiências que foi O Último a Sair que passou na RTP1 em Maio – Julho, uma crítica muito bem feita aos cretinos reality shows dos canais privados. 




Para terminar, mal posso deixar de assinalar o último acontecimento do ano digno de registo: a promulgação do Orçamento de Estado para 2012 por parte do senhor presidente!  De facto, temos dois presidentes da República: um, que gosta de ficar bem na fotografia e vem à televisão dizer o que os (patetas dos) portugueses gostam de ouvir – que os portugueses não aguentam mais sacrifícios, que os reformados não aguentam mais impostos, que está muito preocupado com isto e com aquilo, que o corte dos subsídios é inconstitucional, que, que, que, - e outro que depois, muito recatadinho lá no doce sossego do Palácio, faz aquilo que a maioria, o partido e o presidente (à Sá-Carneiro) pretende, exige e manda. 



quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Anjos




Todos os anos pelo Natal, os departamentos do 1º ciclo e do pré-escolar lá do "meu" Agrupamento organizam uma exposição de trabalhos realizados pelas professoras e educadoras com as suas turmas sempre subordinados a um determinado tema. Os trabalhos - que são sempre muito criativos e originais - são geralmente expostos no posto de Turismo de Leiria já que é um local bastante central para ser visitado pelos alunos e respetivos pais. 

Tal como no ano passado, em que o tema foi "Os Presépios", fui lá espreitar e, uma vez mais, constatei o bom gosto, a criatividade e a dedicação das minhas ex colegas na realização deste evento, cujo tema versou,  este ano, "Anjos". 

Aproveito para dedicar as fotos que tirei aos Anjos  aos meus 100 seguidores que alcancei anteontem, o que muito me alegrou. Fica um Anjo para cada um dos meus queridos seguidores a quem peço toda a paciência e generosidade para me continuarem a visitar e a ler... Bom Ano!


























Claro que esta profusão de Anjos, logo me trouxe à mente a bela canção dos nossos queridos ABBA que diz "I believe in angels", lembram-se?

 


Este vídeo abaixo é, porém, mais belo; só que não temos autorização para a copiar pelo que fica o link para quem a quiser espreitar:


quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

La boda de Luiz Alonso


Faz hoje muitos anos - 29 para ser exata - que a minha avó espanhola com quem vivi largos anos partiu. Tinha 91 anos. Não era "a melhor pessoa do mundo" mas criou-me e deu-me muitos momentos de conforto, mimo e felicidade e eu gostava muito dela. 

Em sua lembrança e, de certo modo, para a homenagear um pouco, dedico à sua memória esta zarzuela tão maravilhosamente interpretada. 





terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Poemas anti-Natal



(fotografia de Francisco. Mendes)

Até os poetas, os nossos poetas, estão deprimidos com o que "eles" fizeram com o nosso Natal. (com esta frase lembrei-me daquela velha canção da saudosa Dalida "Ils ont changé ma chanson" que, na versão inglesa dizia "look what the've done to my song", lembram-se? A pobre coitada acabou por suicidar-se.) Vejam estes dois poemas inéditos que bem retratam o desencanto, a revolta, o acabrunhamento em que nos lançaram/lançámos nesta quadra que costumava ser de grande alegria, generosidade e paz interior.


Soneto Natalício

não penses não escrevas não digas nada
o tempo é de outrem tu não pertences
ao dia. vens da noite antiga e calada
vens do mundo do silêncio e do escuro

agora o Natal é isto o desprazer
turvação ruído ciência e altivez
tu calado aflito com o verbo ser
eles rindo e vendo com o que já não vês

tu não és nada neste tempo em que
o verbo arde e de si não cura ser
tempo modo e voz nem coisa alguma

unicamente a passagem da vida rente
cortada sentes e não ser mas parecer
o Natal por aqui sem graça nenhuma

(João de Melo, in JL)

 
Não dê…

Neste natal
não dê dinheiro a um pobre
Habitua-o mal
Não dê comida a um pobre
Habitua-o mal
Não dê de beber a um pobre
Ele vai gastar tudo em vinho
Não dê guarida a um pobre
Ele gosta mesmo é de chão
Não dê livros a um pobre
Ele queima-os para se aquecer
Não dê carinho a um pobre
Ele estranha e fica nervoso
Não diga bom dia a um pobre
Dá-lhe falsas esperanças
Não dê saúde a um pobre
É uma despesa inútil
Se quer dar-lhe mesmo
alguma coisa
[porque enfim está no espírito de natal
e você é uma alma piedosa]
Dê-lhe porrada.
Vai ver que ele está habituado
E os pobres já sabemos como é
os pobres (coitados) não são
muito de mudança não.

(Rui Zink, in JL)


segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Prendas lá em casa



Há muitos anos que a Consoada é cá em casa. As filhas casaram e trouxeram os maridos e depois vieram as crianças. Por vezes juntam-se os sobrinhos e os cunhados aqui vizinhos e a mãe do meu marido. Durante o dia juntamo-nos na cozinha e cada uma de nós faz os seus cozinhados habituais: o arroz doce, a mousse de chocolate e o salame de chocolate, o pudim de claras, o bolo inglês, a tarte de maçã, a tarte de amêndoa, as brisas e depois o prato de bacalhau e outro prato de carne para os que não gostam de comer bacalhau.

Depois do jantar, costumamos distribuir e abrir as prendas o que é sempre a maior confusão com a troca das prendas, com o rasgar dos papeis, com o burburinho dos miúdos.

No ano passado, as prendas eram mais que muitas.





Este ano foram muito menos!



A minha gata Branquinha continua, ano após ano, com a impressão que ela própria é uma prenda...

No próximo ano ... serão talvez menos, mercê dos cortes que diariamente se abatem sobre os nossos proventos e sobre a nossa alegria de viver. Mas ao pensar naquele amigo que, tão divertido, festejou o último Natal connosco e neste já não se encontra entre nós, ou naquela querida amiga de infância que, na tarde de 24, me disse com muita naturalidade: "... cá vou resistindo a ver se passo este Natal, porque no próximo já cá não estou...", mesmo que seja sem qualquer prenda, se conseguirmos juntar-nos todos de novo no 24 do próximo Dezembro, será mesmo muito bom.

Continuação de Boas Festas!


domingo, 25 de dezembro de 2011

sábado, 24 de dezembro de 2011

Uma receita para o Natal


Hoje, véspera da Consoada, dia em que já muitas pessoas estão a preparar os doces para a festa do Natal, deixo aqui a receita das broas castelar que são uma das gulodices de que eu mais gosto.


½ kg de puré de batata doce
½ kg de açúcar

Ponha as batatas-doces descascadas a cozer em água temperada com sal. Depois de cozidas, escorra-as e passe pelo passe-vite. Pese meio quilo de puré, misture-o numa caçarola com o açúcar e leve a ferver em lume brando, mexendo sempre. Retire do lume e deixe arrefecer.

350 g de açúcar
Raspa de uma laranja
100 g de coco ralado
3 colheres de pão ralado
3 ovos
200 g de farinha de trigo
200 g de farinha de milho
Umas gotas de essência de amêndoa amarga

Misture a batatada já fria com o açúcar, a raspa da laranja, o coco, o pão ralado e os ovos. Leve ao lume até levantar fervura, mexendo sempre com a colher de pau. Misture então as farinhas, ligue muito bem e junte as gotas de essência.
Despeje sobre a mesa polvilhada com farinha e deixe arrefecer. Molde depois as broas que se colocam num tabuleiro untado com óleo. Pinte-as com gema de ovo batida e leve a cozer em forno bem quente, durante cerca de 15 a 20 minutos.