quinta-feira, 31 de maio de 2018

Pensem nas crianças...

Pensem nelas e nas mulheres e nos homens e na violência deste mundo.

Façamo-lo com a ajuda da poesia de Vinícius e da voz também poética de Ney Matogrosso.



Bom dia da Criança

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Expo'98 - vinte anos depois

(O belo Parque das Nações)

Não fui daquelas pessoas absolutamente deslumbradas pela Expo. Se a visitei? Sim, fui duas vezes. Se gostei? Sim, claro, gostei muito. Mas completamente fascinada e com vontade de lá ir e voltar a ir e voltar a ir e voltar a ir, não.

Foi, de facto, um acontecimento em grande, daqueles que gostamos e precisamos realizar para nos reposicionarmos no mapa da civilidade e da civilização. Sempre com a ajuda do nosso magnífico mar que nunca nos falha e daquele maravilhoso estuário que banha Lisboa.

A requalificação da zona mais feia de Lisboa – Cabo Ruivo, Braço de Prata – com as indústrias mais feias e mais poluentes e os contentores amontoados desde sei lá quando foi uma maravilha. E para além dessa extraordinária e portentosa reconstrução, o Oceanário, o Pavilhão Atlântico, o Pavilhão de Portugal. O tema escolhido não podia ter sido outro – Os Oceanos – e que bem escolhido! A celebrar os 500 anos dos Descobrimentos – palavra que, na atualidade tem dado tanta controvérsia por causa – sempre – da estupidez do nosso temor pelo «politicamente correto»!

Tudo muito bonito, muito bem organizado, cheio de bom gosto e da mais pura inovação sem complexo das «tradições». Reposicionámo-nos no mundo. Demo-nos visibilidade e isso é que foi muito bom.

Mas ir a correr para lá como uma deslumbrada, não me deu para aí. As entradas eram caras: cinco contos de réis por pessoa – vinte contos para as quatro pessoas da casa (que não correspondiam aos atuais cem euros, nem pouco mais ou menos!) mais a deslocação e mais as refeições, ficava um bom bocado para quem ainda tinha as filhas e estudar e tudo. E cansativo: saída bem cedo aqui de Leiria para aproveitar o máximo, o estacionamento, as bichas (não, não me converti às «filas»…) para entrada nos pavilhões, as esperas, as longas caminhadas, aguardar pela noite para assistir ao fogo e tudo e tudo era de mais.

(Agora que tanto gostava de ir rever os Olharapos, não vou! «Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades».    (E tudo o que acontece, acontece em Lisboa!…)

Nesse tempo ainda eu não fotografava (complexos…), até porque ainda não havia as câmaras digitais por isso não guardo fotos determinantes dos melhores momentos, das exposições mais atraentes. Não posso esquecer porém, um episódio que agora só dá vontade de rir. O pavilhão de Itália tinha uns guardas fardados, daqueles jovens italianos lindos de morrer. Ora a minha filha mais nova, moçoila para os seus 18 anos, pediu-me para lhe tirar uma foto junto a um deles. E eu tirei… mas com tanto jeito que quase tapei o rapazinho todo com a pega da máquina… Nem queiram saber o que eu tive de a ouvir quando as fotografias vieram de serem reveladas…


Não havia nezezidade zzzz...

Aqui que já não era tão preciso, não me enganei...

O casal tão bem disposto...

Às armas!...

E eu com cara de ... parva...

sábado, 26 de maio de 2018

Isto sim, era um boxeur!

Passai lá um bom fim de semana e aproveitem para dar umas boas gargalhadas com o velho Charlot.




quinta-feira, 24 de maio de 2018

Hoje esteve de chuva...

Hoje esteve de chuva
E não foram de Maio uns borrifinhos...
Este chapéu serviu que nem luva
P'ra não molhar meus pezinhos....






quarta-feira, 23 de maio de 2018

Parabéns, Professor Eduardo Lourenço!




O Professor Eduardo Lourenço, grande pensador, filósofo, ensaísta, conhecedor da cultura e da literatura portuguesas, figura ímpar da cultura portuguesa e europeia, completa hoje 95 anos.

Como “prenda de aniversário”, a produtora Longshot resolveu convidar o realizador Miguel Gonçalves Mendes «para dirigir uma equipa de exigência cinematográfica que, num ambiente de extraordinária beleza (Bussaco) pudesse captar a essência do extraordinário pensamento do ‘ator de si próprio’, Eduardo Lourenço.»

O “Labirinto da Saudade”, adaptação da obra homónima, é um ensaio documental narrado pelo próprio Eduardo Lourenço que percorre os espaços da sua memória e da própria história e identidade portuguesa, em busca da resposta do que é, afinal, isto de se ser português.

Manuel Halpern, o conhecido crítico de cinema, diz o seguinte acerca do filme: «Lídia Jorge faz de telefonista, Siza Vieira de barman, José Carlos de Vasconcelos de amigo. Em O Labirinto da Saudade, cada um desempenha o seu papel. E estes são apenas alguns exemplos. Porque neste inesperado elenco de atores de ocasião também fazem parte Ramalho Eanes, Jorge Sampaio, Pilar del Rio, Gonçalo M. Tavares, Ricardo Araújo Pereira, Gregório Duvivier, entre outros. O próprio Eduardo Lourenço vagueia por aquele mundo onírico, que funciona como uma viagem dentro da sua própria cabeça.» (…)

Acerca do filme, o homenageado, na sua imensa simplicidade, disse: «Nunca imaginei na minha vida ser ator de mim próprio. Obrigado, Miguel. Isto foi uma das grandes surpresas da minha vida, tudo isto. Que não sei bem o que é: uma espécie de ficção – uma ficção encantatória – diria, para me dar algum releve antes de me ir embora. Ou uma espécie de requiem.» (…) «Tudo foi uma ventura. Uma aventura sobretudo para uma pessoa, como eu, que nunca procurou a ribalta nem gota dela.»

O filme vai passar em antestreia hoje, dia 23, pelas 21 horas na RTP1. Não percamos!

https://www.comunidadeculturaearte.com/o-labirinto-da-saudade-documentario-sobre-eduardo-lourenco-estreia-na-rtp1/


domingo, 20 de maio de 2018

Bucolismo à beira rio

Novo passeio até às Fontes, onde nasce o "formoso rio Lys". Mas enquanto no passado mês de março a água brotava em força, com estas amenidades de primavera bem azul, a nascente estava seca e a água rebentava um pouco mais à frente por debaixo das margens. Muito lindo.







































Muito bucólico, não vos parece?

Não admira que Rodrigues Lobo, que por qui poetou, tivesse escrito aquelas éclogas e pastorais tão bucólicas...


sexta-feira, 18 de maio de 2018

Dia Internacional dos Museus

Gosto muito de visitar museus e exposições. Por isso não posso, nem quero deixar de fazer aqui a minha humilde celebração do dia.

Desta vez, convido-vos a visitar comigo o Museu de Ferreira de Castro que está situado em Sintra, terra da escolha do autor de A Selva e onde viveu, no Hotel Netto, ali na área da Vila Velha, a caminho dos feéricos jardins de Monserrate, um pouco antes de se chegar à Quinta da Regaleira.










Busto do escritor


Mobília do seu escritório

Mobília do seu escritório

A sua máquina de escrever





























Desenho do escritor por Júlio Pomar

Caixa que o escritor deixou fechada por conter escritos
pessoais que poderiam comprometer algumas senhoras
e que não deverá ser aberta antes de passarem 50 anos...

https://www.ebiografia.com/ferreira_de_castro/