quinta-feira, 30 de novembro de 2017

In memoriam

(Reeditado, por erro meu...)





Zé Pedro, guitarrista e fundador dos Xutos & Pontapés e uma das figuras mais queridas da música portuguesa, morreu hoje, aos 61 anos. O músico faleceu em sua casa, em Lisboa.


Nascido a 14 de setembro de 1956 em Lisboa, José Pedro Amaro dos Santos Reis formou, aos 22 anos, os Xutos & Pontapés, em cuja formação se manteve sempre, como guitarra ritmo.




Que descanse em paz.


quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Bali Hai







A inesperada entrada em erupção do vulcão Agung na ilha de Bali trouxe-me à memória uma belíssima canção do filme musical daqueles muito românticos Ao Sul do Pacífico, de 1958, e que eu vi em inícios de 60. Nunca mais me esqueci da canção e são muitas as vezes que trauteio o refrão.

Bali Ha'i é o nome dado a uma ilha mítica que se avista no horizonte mas que é inalcançável. No filme tem uma conotação mágica, romântica. O filme passa-se no tempo da Segunda Guerra e a ilha encontra-se ocupada  pelas tropas americanas. A matriarca da ilha vende produtos aos soldados que lhe chama Bloody Mary.

Suponho que ninguém se lembrará, mas a canção é tão bonita e está tão bem cantada pela misteriosa Bloody Mary!  Ora vejam.




terça-feira, 28 de novembro de 2017

A milonga de Buenos Aires

Dava dinheiro para saber dançar assim...



segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Saudades de Manuel António Pina

Fez anos que partiu no dia 19 de outubro; faria anos (74) no passado dia 18 e eu nada disse, nada escrevi, nada aqui recordei. Mas é daquelas personalidades, daqueles escritores que deixa tanta saudade. Fazem-me falta as finas observações que fazia nas suas crónicas que publicava no JN e no DN. Os seus poemas ficaram e falarão por si e por ele, mas nem sempre são fáceis de lhes apreender o justo sentido.

Por isso hoje, que não faz anos de nada, mas apenas porque me lembrei dele, e sempre com saudade, deixo aqui uma das suas crónicas retirada da coletânea que a Assírio e Alvim publicou, depois da sua morte, com o título Crónica, Saudade da Literatura. Sintam-lhe e ironia.

Eterno retorno

"Começam a perceber-se as misteriosas razões que terão levado 2 159 742 portugueses a votar em Passos Coelho.

O eleitorado português tem sido repetidamente elogiado pela prudência e sensatez. Tirando a parte, humana, demasiado humana, da lisonja, resta o que é talvez fundamental, que os portugueses não gostam de surpresas e votam no que conhecem. E há que admirar a sua intuição: votando em Passos Coelho, o jovem desconhecido vindo do nada, que é como quem diz da JSD e de uns arrufos com a Dra. Ferreira Leite, votaram no mesmo de sempre, na incomensurável distância que, em política, vai do que se diz ao que se faz.

E, pedindo ajuda a O’Neill, o eleitorado «tinh’ rrazão»: disse Passos Coelho que era um disparate afirmar-se que que tributaria o subsídio de Natal e foi a primeira coisa que fez mal chegou ao Governo; que não mexeria nos impostos sobre o rendimento e idem aspas; que iria pôr o Estado em cura de emagrecimento e o «seu» Estado só tem engordado adjuntos, assessores, «especialistas» (e até «superadjuntos» e «superespecialistas»); agora foi de férias «para recuperar algum tempo do [seu] papel enquanto marido e pai» depois de ter anunciado que «o Governo não gozará férias» dada a necessidade de , «com rapidez», «traduzir os objectivos (…) que estão fixados em políticas concretas».

Estou em crer que o eleitor português típico, se tal coisa existe, nunca votaria num político imprevisível."

JN, 10/08/2011

(… enganou-se o nosso bom poeta e cronista. Esse “eleitor português típico” cuja existência ele até pôs em dúvida e que, de facto, não deve existir, voltou a votar no tal “político imprevisível” quatro anos mais tarde e depois de todas as “tarrafias” por que fez o tal eleitor típico - e os outros todos - passar… Mas a essa inexplicável incongruência do eleitor já o poeta foi poupado por um trágico revés da vida.)




domingo, 26 de novembro de 2017

Leiria veste-se de Natal

A cidade começa a preparar-se para a época mais festiva do ano.

Para vos desejar um bom início de semana, deixo aqui as primeiras imagens de Natal que iluminam as belezas da cidade.














Last but not least...






Boa semana, amigos!

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Black Friday ou de como somos parolos...

Tenho por hábito ir ao shopping todas as sextas-feiras de manhã dar uma volta pelas lojas e pelas livrarias e, no fim, Continente com ela para fazer as habituais compras da semana. Costumo dizer, por piada, que é a minha manhã livre, a parodiar o tempo de professora com a tarde ou a manhã livre (que raramente gozava… mas isso é outra conversa!)

Ora hoje, ao aproximar-me da rotunda que leva ao shopping, começo de ver filas de carros quase parados, em bicha, à espera de acederem aos parques do edifício.

Que se passa? Qual será o impedimento? Terá havido acidente? Aí, fez-se-me luz!! Black Friday!! E eram ainda dez da manhã. Mas é feriado? Ninguém trabalha hoje? O que é isto?

Difícil, senão mesmo impossível arranjar lugar nos estacionamentos. Mas, como é habitual, o marido lá me deixa a gozar a minha “manhã livre” e segue para levar o neto para a escola.

Garanto que, sem ser nos dias imediatamente anteriores ao Natal, nunca tinha visto tanta gente no shopping àquela hora da manhã de um dia de semana! Os corredores cheios de gente, pareciam o calçadão da Nazaré em domingo de verão e, nas lojas, as empregadas corriam esbaforidas a atender, a procurar números maiores, a arrumar peças que clientes deseducadas deixavam espalhadas por qualquer lado, caídas e viradas do avesso por as terem experimentado por experimentar.

Em algumas das lojas mais populares, as bichas nas caixas de pagamento chegavam à porta – dava vontade de nem lá entrar. Noutras, puseram a música tão alto que fazia a confusão maior. Noutras ainda devem ter contratado novas “colaboradoras” (como se diz agora e é fino) a quem devem ter dado ordens para “atacar” as clientes com grandes sorrisos que, não sei por que razão, lhes elevada o tom de voz e as tornavam enervantes… Dava vontade de fugir!

E tudo isto para se obter 20% de desconto sobre os artigos.

Sei, por experiência, que daqui a uns dias, a maior parte desses artigos, senão todos, estarão com descontos muito mais apetecíveis e com a vantagem de não entrarmos nos atropelos de uma sexta-feira negra…

Esta tonteria é recente, pelo menos aqui em Leiria. Nada tenho contra a apropriação de costumes – as chamadas tradições – de outros países, o que está a acontecer com uma rapidez vertiginosa. Mas que diabo!! Qualquer dia estamos a fazer as tristes figuras das americanas que esperam horas para a abertura das lojas e depois entram numa corrida louca a ver quem consegue abarbatar mais artigos que poderão depois não servir para nada…

Que facilmente aderimos às modas mais tolas e mais vazias de essência… É que isto não é mostrar-se moderno – é mesmo mostrar-se parolo.




quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Chove Chuva

Hoje lembrei-me deste sambinha dos idos de 1960... Vá-se lá saber porquê...





quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Imagens da cidade velha

Imagens de um breve passeio pela parte velha da cidade. Num primaveril dia de Sol e de céu azul a um mês do Natal...




























Espero que tenham gostado da voltinha por Leiria, a velha.


terça-feira, 21 de novembro de 2017

Prenda de anos para o Ricardo





Esta canção, que é das minhas favoritas, e então com o entusiasmo com que é cantada e tocada, vai diretinha para o meu/nosso amigo Ricardo Santos que faz aninhos hoje e é um tremendo fã de jazz...

Oxalá ele goste!


segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Escada sem corrimão

É uma escada em caracol
e que não tem corrimão.
Vai a caminho do Sol
mas nunca passa do chão.

Os degraus, quanto mais altos,
mais estragados estão.
Nem sustos, nem sobressaltos
servem sequer de lição.

Quem tem medo não a sobe
Quem tem sonhos também não.
Há quem chegue a deitar fora
o lastro do coração.

Sobe-se numa corrida.
Correm-se p’rigos em vão.
Adivinhaste: é a vida
a escada sem corrimão.


David Mourão-Ferreira




domingo, 19 de novembro de 2017

Porque será que os maiores países de regime comunista não celebram a Revolução Russa?

Pode ser que vá chocar alguns dos meus queridos leitores com este meu texto, mas ando aqui às voltas há tempo com esta ideia na cabeça, que se há de fazer? O facto é que quis saber mais sobre a Revolução Russa de há cem anos e, por isso, tenho lido isto e mais aquilo sobre esse enorme tsunami que se abateu sobre a «Mãe Rússia».  

Ontem mesmo assisti a uma palestra subordinada ao tema “A Revolução Russa cem anos depois” muito bem presentada pelo Doutor Ricardo Noronha, investigador da Universidade Nova de Lisboa, que nos fez uma breve evolução histórica desde meados do século XIX na Europa até a sublevação de 1905 na Rússia, à queda do Czar e às revoluções de fevereiro e de outubro, com causas e consequências. Falou de mencheviques e de bolcheviques, do surgimento, ascensão e esvaziamento dos sovietes, da força revolucionária de Lenine e de Trotsky, da Guerra Civil que adveio à Revolução e que apenas terminou em 1922, do apagamento do Testamento Político que Lenine redigiu à beira da morte e do vergonhoso afastamento e posterior assassinato de Trotsky. Depois falou do aparecimento estudado de Estaline e da implantação de uma ditadura imposta pela repressão, pelo medo e pela morte aos milhões. (Como fizeram Hitler e seus sequazes pela Europa, Salazar incluído.)

E lá veio também o jovem e conhecedor palestrante com a questão de, quer a Rússia, quer a China, os maiores países com sistemas políticos de inspiração comunista e de partido único, não celebrarem o centenário da Revolução Russa.

A minha tal ideia é que fazê-lo seria tão indecoroso, tão indecente, tão obsceno, como seria se os alemães celebrarem a ascensão de Hitler – que também constituiu uma “revolução” no seio da Europa e, por muito que nos custe, muito bem aceite por quase todos os países ocidentais.


De forma bem mais suave e mais conseguida, disse-o Viriato Soromenho-Marques no DN do passado dia 7: «Os bolcheviques, depois de dissolverem a Assembleia Constituinte, começaram por eliminar os seus aliados táticos, transformaram os sovietes num cadáver útil e, por fim, depois de vencida a Rússia Branca, começaram a devorar-se a si próprios na monstruosa fábrica de Terror gerida por Estaline. Um número obsceno de vítimas sacrificou-se na pira da Revolução Russa, que chegou a ter dimensão universal, antes de cair na órbita do nacionalismo grão-russo, disfarçado em “socialismo num só país”. Um século depois, esse colossal sofrimento continua sem encontrar um sentido que o possa redimir.»



sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Trump no Jerónimos...

Não! Não vai haver nenhum jantar no Mosteiro dos Jerónimos em honra do Trump...

É só porque não sei como é a imagem do Trump foi ter a este capitel manuelino do século XVI...

Alguém me pode explicar?





quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Os Olhos de Blimunda ou da ingratidão dos homens

José Saramago faria hoje 95 anos se fosse vivo. 

Ficar-me-ia bem lembrar o nosso único Nobel da Literatura não fora tê-lo como um dos meus autores preferidos.

Não há como esquecer o seu majestoso Memorial do Convento, ou o extraordinariamente  criativo Ano da Morte de Ricardo Reis, ou a divertida História do Cerco de Lisboa, ou insidioso Evangelho Segundo Jesus Cristo, ou a mordaz Jangada de Pedra, ou o incisivo Ensaio sobre a Cegueira, ou todos os outros que com tanta maestria escreveu.

Para mim, porém, também não há como esquecer um texto que recolhi há algum tempo que versa a relação e vida em comum entre o nosso laureado e a escritora Isabel da Nóbrega (n. 26 de junho de 1925) do qual passo a transcrever alguns excertos.




«Os Olhos de Blimunda

À Isabel, porque nada perde ou repete, porque tudo cria e renova”, escreveu José Saramago na primeira edição do romance Memorial do Convento, publicado em 1982. Percebe-se pela densidade que não seriam apenas palavras de circunstância, e isso torna ainda mais angustiante o acto posterior do seu apagamento e substituição por uma dedicatória a outra mulher.

Neste acto, que muitos classificam como “estalinista”, devido ao facto de durante o regime comunista soviético ser habitual eliminar das fotografias pessoas que se passaram para a oposição ou foram assassinadas, há qualquer coisa de mais inquietante: o inevitável fim do amor. E se João Gaspar Simões,[com quem Isabel vivera e deixara para se ligar a Saramago] ainda que de forma perversa, imortalizou Isabel na figura de Albertina (Tininha) em As Mãos e as Luvas, Saramago tentou obliterá-la para todo o sempre, o que terá sido mais terrível.

Contudo, nas edições mais antigas dos livros do Nobel, podemos encontrar vestígios dessa ligação que, para muitos, terá sido fulcral para o posterior desenvolvimento da obra literária de Saramago. E não é apenas nas dedicatórias que encontramos traços do seu encontro fundamental com Isabel da Nóbrega, mas na própria construção das personagens. É que se Gaspar Simões compara os olhos de Isabel aos de uma Medusa (a górgona mitológica que petrificava quem a olhasse), Saramago acaba por dar à sua mais importante personagem, Blimunda, uns olhos igualmente mágicos, capazes de perscrutar as almas por dentro dos corpos

O próprio nome “Blimunda” foi Isabel quem o escolheu de uma lista que Saramago tinha feito, e da qual tinha escolhido Mariana Amália. Como ela conta, numa entrevista dada à revista Tabu do jornal Sol em 2009, ficou chocada com o nome escolhido para a personagem feminina do Memorial do Convento:

“Mariana Amália? Mas ele endoideceu. Não há direito de pôr Mariana Amália na figura desta mulher. Chamei-o. ‘Está lindo, está tudo certo, menos uma coisa que tens de emendar – Mariana Amália. Tem paciência, quando foste à biblioteca e recolheste nomes da época hás-de ter encontrado um que se possa ver’. Ele voltou à secretária e daí a um bocado apareceu e começou a dizer nomes. Ouvi ‘Blimunda’, pedi-lhe que voltasse atrás e, quando repetiu o nome: ‘Ó Zé, parece impossível! Como é que tinhas este nome na tua lista e não viste que esta mulher é exactamente Blimunda?’. Pegou no manuscrito, que era enorme, e foi emendar tudo, tirar Mariana Amália e pôr Blimunda. É engraçado porque ele chamava-me sempre bruxinha (…) como ele achava que eu via muito bem as pessoas por dentro, lá está, esse jogo…”

(...)


Nesta década [de 50], quando Nóbrega já exibe uma enorme maturidade literária, José Saramago trabalha na editora Estúdios Cor (ali ao lado da redacção do jornal A Capital, da qual Nóbrega foi uma das fundadoras) e tinha uma travessia incipiente pelo romance e pela poesia. É ela quem, em 1968, lhe oferece trabalho n’A Capital para redigir um suplemento de Verão. Mais tarde, convence o director a aceitá-lo como cronista.

Tendo em conta a realidade da sociedade portuguesa nos anos 60, o encontro entre Isabel da Nóbrega e José Saramago era altamente improvável. Ela, filha de um reputado médico, educada no protestantismo, membro da alta-burguesia intelectual, há anos a viver com o mais feroz dos críticos literários, João Gaspar Simões, a quem se devem os primeiros estudos e divulgação da obra de Fernando Pessoa e heterónimos. Ele, um neto de porqueiros do Ribatejo, ex-torneiro-mecânico com aspirações a escritor, que trabalhava como tradutor e fazia os textos para as badanas dos livros da Estúdios Cor. 

“Naquela altura em que estávamos n’A Capital, ele tinha sempre um olhar de quem estava a sofrer. Era um olhar que seduzia (os homens sabem muita coisa e as mulheres ficam fraquinhas diante daquele olhar triste)”, conta Isabel da Nóbrega ainda à revista Tabu.

(...)

“Isabel era uma mulher linda, com bom gosto”, recorda o olisipógrafo, ensaísta e jornalista António Valdemar. “Tinha um estilo muito próprio de se vestir, muito sofisticada… já o Gaspar Simões era gordo… Mas com o Saramago foi diferente. Aquilo foi uma grande paixão. Ele ainda estava casado com a Ilda Reis e só devia ler romances neo-realistas. Estou convencido que foi a Isabel da Nóbrega que o tirou do esgoto neo-realista e o influenciou para descobrir outras literaturas, nomeadamente o Pessoa. Acredito nisto: sem a Isabel, Saramago nunca teria escrito O Ano da Morte de Ricardo Reis”, afirma Valdemar.

À Isabel, outro livro, o mesmo sinal” — é com esta dedicatória que o Nobel inicia o seu romance O Ano da Morte de Ricardo Reis, publicado em 1984.

(...)

“Lembro-me da primeira vez que vi Saramago e Isabel juntos. Foi na praia de Sesimbra, eu estava em Portugal de férias, e vi aquele estranho par, ele muito alto e peludo e ela muito pequena e branca, a caminharem de mão dada em direcção à água”, recorda Helder Macedo. Perguntei quem era e alguém me disse: é o novo rapaz da Isabel. Eu conhecia Saramago da luta política, tinha até uma certa reverência para com ele, que era bastante mais velho, e nunca gostei da forma como ele era tratado por aquele meio da alta-burguesia. Acho que para manter aquela relação ele teve que sofrer muitas humilhações. Que raio, chamavam-lhe ‘o sarabago’”, conta, indignado, o escritor, poeta e grande admirador de Saramago.

(...)

Pela forma ligeira com que Simões apresenta o editor que alegadamente representa Saramago, dir-se-ia que ele não acreditava no futuro daquele relacionamento, que na vida real acabou por durar quase duas décadas. Se há quem ache que Saramago foi o vilão da história, também há quem ache que foi a vítima. Ele próprio justificou a retirada das dedicatórias com a mudança que os livros vão tendo nas suas várias edições, uma mudança que se vai adequando às circunstâncias da vida de um autor. (...)»

http://observador.pt/especiais/isabel-da-nobrega-do-musa-saramago-apagou-da-historia/    


Pronto... E depois disto, tudo é Pilar del Rio, Pilar del Rio, Pilar del Rio...  Não me parece justo...


quarta-feira, 15 de novembro de 2017

O Museu da Aguarela de Minde.

Ora cá estamos de volta! A baixa durou pouco e a consulta ao info-médico não foi cara. Mas ainda falta instalar o office ...

Entretanto, vou levar-vos a visitar o Museu da Aguarela Roque Gameiro que se situa ali em Minde, no concelho de Alcanena, (terra natal da nossa amiga ex-blogger Rosa-dos-Ventos, lembram-se?) de onde o artista Alfredo Roque Gameiro (1864-1935) era natural.


O museu está instalado numa casa lindíssima - a Casa dos Açores, ligada à família do aguarelista - que foi adquirida e restaurada sob a égide da CM de Alcanena e abriu portas apenas em 2009. É o único museu em Portugal exclusivamente dedicado à aguarela e muda de exposição de quatro em quatro meses.

Vamos então à visita.

A Casa Açores





















O belo torreão romântico-árabe a que por lá chamam de mirante.



Chega-se lá pelo jardim)

(Visto da rua)








O jardim










Lá dentro não nos foi permitido fotografar nem sequer as salas, pelo que as imagens que se seguem foram todas retiradas na net. 








Retrato da mãe do artista. Parece um óleo, mas é aguarela como todos as suas obras.




Auto-retrato do artista





A atual exposição tem como tema «Um passeio à Beira-Mar». Foi-nos dito que o pintor adorava o mar - o verdelho ancho em minderico...

Nazaré

Nazaré


Praia da Adraga

Gruta da Praia da Ursa

Forte da Berlenga

Peniche

E não resisto a mostrar a aguarela de um tear manual das conhecidas mantas mindericas, peça artesanal que ainda tive a sorte de ver em ação era eu garota...