sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

A estupidez à solta

Normalmente não gosto das crónicas que Vasco Pulido Valente escreve no Público nas quais, altivamente, ele dispara em todas as direcções zurzindo, à esquerda e à direita, os seus odiozinhos de estimação que, de uma maneira geral, não correspondem aos meus…  Desta vez, porém, diz na sua crónica de hoje exactamente aquilo que eu penso e defendo e fá-lo de forma tão “assertiva” dentro daquele seu estilo contundente e feroz (que tantas vezes me irrita…) que não resisto a citá-lo aqui.

Diz ele:


«Dezenas de analfabetos que gostam de se dar ares fizeram um escândalo com o aparente excesso de erros de ortografia, pontuação e sintaxe dos 2490 professores que se apresentaram à “Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades” (PACC). Deus lhes dê juízo.

Para começar, não há em Portugal uma ortografia estabelecida pelo uso ou pela autoridade. Antes do acordo com o Brasil – um inqualificável gesto de servilismo e de ganância –, já era tudo uma confusão. Hoje, mesmo nos jornais, muita gente se sente obrigada a declarar que espécie de ortografia escolheu. Pior ainda, as regras de pontuação e de sintaxe variam de tal maneira que se tornaram largamente arbitrárias. Já para não falar na redundância e na impropriedade da língua pública que por aí se usa, nas legendas da televisão, que transformaram o português numa caricatura de si próprio; ou na importação sistemática de anglicismos, derivados do “baixo” inglês da economia e de Bruxelas.

De qualquer maneira, a pergunta da PACC em que os professores mais falharam acabou por ser a seguinte: “O seleccionador nacional convocou 17 jogadores para o próximo jogo de futebol (para que seria?). Destes 17 jogadores, 6 ficarão no banco como suplentes. Supondo que o seleccionador pode escolher os seis suplentes sem qualquer critério que restrinja a sua escolha, poderemos afirmar que o número de grupos diferentes de jogadores suplentes (é inferior, superior ou igual) ao número de grupos diferentes de jogadores efectivos.” Excepto se a palavra “grupo” designar um conceito matemático universalmente conhecido, a pergunta não faz sentido. Grupos de quê? De jogadores de ataque, de médios, de defesas? Grupos dos que jogam no estrangeiro e dos que, por acaso, jogam aqui? Não se sabe e não existe maneira de descobrir ou de responder. O dr. Crato perdeu a cabeça.

Na terceira pergunta em que os professores mais falharam, o dr. Crato agarrou nas considerações tristemente acéfalas de um cavalheiro americano sobre “impressão e fabrico” de livros. Esse cavalheiro pensa que há “livros em que a beleza é um desiderato” (ou seja, a beleza do objecto) e outros “em que o encanto não é factor de importância material” (em inglês, “material” não significa o que o autor da PACC manifestamente julga). E o homenzinho acrescenta pressurosamente: “Quando tentamos uma classificação, a distinção parece assentar entre uma obra útil e uma obra de arte literária”. A obra de arte pede beleza ao tipógrafo (ao tipógrafo?), a obra útil só pede “legibilidade e comodidade de consulta”. Perante este extraordinário cretinismo, a PACC exige que os professores digam se o “excerto” “ilustra” os dois termos de uma comparação, o primeiro, o segundo ou nenhum deles. 

Uma pessoa pasma como indivíduos com tão pouca educação e tão pouca inteligência se atrevem a “avaliar” alguém.»

(sublinhados meus)

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Arte do esfreganço

Esta sim é a verdadeira arte do esfreganço! Senão vejam....













Estavam a pensar em quê, seus marotos?! 

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

É preciso (des)acreditar!

É isso mesmo que o ministro (C)rato quer: desacreditar os professores (da escola pública) aos olhos da população. E vai conseguindo. Os jornais, impantes, lá anunciaram em primeira página, que «mais de um terço dos professores chumbaram na prova de avaliação». E nos telejornais lá apareceu um qualquer representante do Instituto de Avaliação, organismo responsável pela elaboração da dita prova, a dizer, com um ar zombeteiro, que «vamos lá!...» professores que não entendem a interpretação de um texto ou um cálculo deixam muito a desejar…

Já aqui disse e repito: exerci a carreira nos 2º e 3º ciclos do Ensino Básico durante 40 anos sempre com bons resultados, desempenhei cargos de chefia intermédia e de topo durante vários desses anos, cheguei a ser chefe de divisão numa Coordenação de Área Educativa, fui formadora de professores e, garanto-vos, que teria chumbado se me tivessem obrigado a passar por semelhante prova(ção)!

Depois veio o ministro (C)rato em defesa desta forma de testar as competências dos professores dizendo que é como o exame para a carta de condução – confesso que não entendi a arrevesada comparação, mas é como digo, não teria competências para obedecer ao perfil que o senhor ministro  delineou para se ser professor…

Que a intenção do senhor ministro (C)rato para escolher os professores com menos de cinco anos de experiência sabemos nós muito bem qual é! Não tem objectivos de qualidade coisa nenhuma! Tem o objectivo de se descartar de uma boa quantidade de professores que já serviram nas escolas na qualidade de contratados e, por outro lado, o objectivo de denegrir a imagem dos professores e da escola pública junto da opinião pública. Mostrar que eles são ignorantes, não prestam, e por isso os alunos não conseguem alcançar o almejado sucesso educativo.

Porque é que os professores das escolas privadas não têm de passar por este crivo tão irregular? Como será que os directores dos colégios escolhem os “professores de qualidade” que lá têm sem lhes aplicarem a prova?

E será que o irónico senhor representante do IAVE, ou o senhor ministro (C)rato, ou o senhor PM Coelho ou até, quiçá, o senhor presidente que ocupa o Palácio de Belém teriam passado se lhes tivessem aplicado equivalente prova de comportamentos e competências sem lhes darem a conhecer antecipadamente as rasteiras, as confusões e a abrangência desnecessária das matérias visadas? Muito provavelmente, não!

Entretanto, ao contrário do que diz a canção, é preciso desacreditar, fazer desacreditar…




segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

51 anos

Não! Não sou eu que faço 51 anos... Isso já aconteceu há... algum tempo...

Os «meus» Diamantes, estes...



... fizeram ontem 51 anos de existência. E, uma vez mais, lá se juntaram muitos amigos num simpático almoço-festa para lhes cantarem os parabéns. 

Depois, a habitual animação.






À qual aderimos em massa e em força...







Parabéns, meus amigos!


domingo, 25 de janeiro de 2015

(No) Satisfaction!

Não eram dos meus preferidos, mas tinham canções muito boas. E esta é uma delas. Daquelas que me/nos fizeram passar belos momentos nas festas dos good, old sixties...

Hoje é assim que me sinto: «I can't get no satisfaction»...






Boa semana (anyway...)


sábado, 24 de janeiro de 2015

Violetas e violeteras

Tem sido um fenómeno mundial este da Violetta, a série argentina coproduzida  pela Disney e que traz as miúdas todas loucas por esse mundo fora. O grupo tem realizado concertos por essa Europa fora com milhares de fãs femininas que, ululantes, cantam e dançam ao som daquelas musiquinhas  que não devem usar mais do que duas ou três notas das muitas existentes na pauta.

Este fim de semana foi a vez de virem a Lisboa fazer não sei quantos concertos em apenas três dias. Têm sido enchentes. O país de Norte a Sul tem despejado milhares de miúdas para o Pavilhão Atlântico.

A minha neta também recebeu pelo Natal bilhetes para ir ver a Violetta. E ontem, depois de dias de louca expectativa,  lá arrancou os pais das suas vidas para irem com ela para Lisboa assistir ao concerto.

Deixo aqui uma pequena amostra da Violetta para os meus amigos que possam não conhecer esta moda.





E, a propósito de Violetta e de violetas - que são das minhas flores preferidas - lembrei-me de La Violetera, uma canção do filme espanhol do mesmo nome de 1958, cantada pela  (afetadíssima) Sarita Montiel - quem se lembra dela? Só mesmo a «miudagem» da minha criação...

Vejam a cena do filme em que a artista canta La Violetera e, se estiverem para isso, reparem nas transformações nas apresentações em palco que se deram no espaço de 50 anos!




sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Boxers em tricot

Encontrei estes modelitos de boxers (que antigamente se chamavam cuecas) para os meus amigos homens. Bem originais!

Dizem ser feitos a partir de mantas "vintage". Eu penso que nem a Joana Vasconcelos faria melhor!

Amigas, ponham mãos à obra e toca a tricotar uns boxers para os vossos homens!!



quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Bucolismos

O único bucolismo a que fui permeável, ou melhor, muito permeável, foi ao encantador e delicado texto da morte do rouxinol da novela Menina e Moça de Bernardim Ribeiro.

«(...)Não tardou muito que, estando eu assi cuidando, sobre um verde ramo que por cima da ágoa se estendia se veo apousentar um roussinol, e começou tão docemente cantar que de todo me levou após si o meu sentido de ouvir. E ele cada vez crecia mais em seus queixumes, cada hora parecia que como cansado queria acabar, senão quando tornava como que começava então. A triste da avezinha que, estando‑se assi queixando, não sei como, caio morta sobre a ágoa, e caindo por entre as ramas, muitas folhas caíram também com ela! pareçeo aquilo sinal de pesar àquele arvoredo seu caso tão desestrado. Levava‑a após si a ágoa e as folhas após ela. Quisera‑a eu tomar, mas por a corrente que ali fazia grande, e por o mato que dali para baixo acerca do rio logo estava, prestesmente se me alongou da vista. Mas o coração me doeu tanto então em ver tão asinha morto quem antes, tão pouco havia, que vira estar cantando, que não pude ter as lágrimas.(...)»


Não posso, porém, deixar de pôr aqui a imagem do borreguinho meu vizinho ali das traseiras que, nascido apenas no domingo, já na segunda-feira andava atrás da mãe que, pachorrenta, tasquinhava os ramos da minha roseira brava e de outros arbustos que foi preciso podar.







Não é uma doçura?

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

No comboio para Beja

A condição em que este país e este povo se encontram deixa-me/nos numa angústia, num tal estado de frustração e de desânimo de que dificilmente consigo abstrair dando-me uma vontade extrema de transcrever para aqui excertos de belos artigos que encontro nos jornais e que tão bem descrevem a minha/nossa preocupação.

Hoje apeteceu-me passar para aqui parte da carta aberta ao presidente da República que Mário Cabrita, um tenente-coronel reformado, enviou para o DN e na qual refere o «descalabro da governação do país nos últimos meses com a confusão generalizada em diferentes áreas da administração do Estado» enumerando vários casos gritantes entre os quais: «irracionalidade na colocação dos professores; fracasso no lançamento do novo mapa judiciário; desnorte na fixação das regras do IRS; negligência ao entregar a privados companhias de bandeira e bens essenciais à nossa sobrevivência; promiscuidade entre os poderes político, financeiro e económico; fraude na falência de algumas empresas; mistério no aparecimento de mais dez mil milionários (...)»

Mas isso é chato de mais e é repetir uma vez mais o caos lamacento em que nos fizeram cair, por isso achei melhor contar uma cena bem mais divertida que aconteceu no comboio para Beja…


No comboio para Beja ia um compadre e sentados à sua frente um casal de namorados.

O rapaz apertava o nariz da namorada e perguntava: - Dói, amorzinho?

- Dói sim, respondeu ela.

E então ele deu um beijo no nariz da rapariga e perguntou: - E agora?

- Agora já passou!

Passados alguns instantes ele apertou a bochecha da rapariga e perguntou: - Dói?

- Dói sim!

Então ele deu-lhe um beijo na bochecha e perguntou: - E agora?

- Agora já passou!

E continuaram naquela vida até que o velho que ia à frente deles já cansado daquilo, perguntou:

- Ouve lá, ó moço, tu que és um boquinha de anjo, curas hemorróidas?




segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Homenagens musicais

Foi no dia 19 de Janeiro de 1982 que Elis Regina, com apenas 36 anos de idade, partiu deste mundo deixando-nos privados desta voz maravilhosa.




Também ontem, dia 18, passaram 31 anos sobre a morte do talentoso poeta Ary dos Santos. 

Poderia transcrever alguns dos seus poderosos poemas, mas prefiro fazê-lo em termos musicais deixando aqui dois testemunhos (meus preferidos) da sua sensibilidade especial para celebrar o amor.









Espero que apreciem estes momentos musicais tanto como eu.

domingo, 18 de janeiro de 2015

Saudades

Às vezes bate-me cá uma saudade que nem vos digo nada!




sábado, 17 de janeiro de 2015

A Leiria de Miguel Torga

Fiquei a saber pelo amigo as-nunes que passam hoje 20 anos sobre a morte de Miguel Torga. E pensei que poderia fazer lembrar que o poeta/médico viveu em Leiria, onde teve consultório, entre 1939 e 1943.

Diz Carlos Alberto Silva, no Guia da Cidade «A Leiria de Miguel Torga» (2010) que “nesta terra, que o autor considerou uma encruzilhada do destino», viveu Torga um dos períodos mais intensos da sua vida: aqui iniciou a prática da especialidade de «otorrino», fez amigos para a vida, foi preso por motivos políticos, decidiu casar, viveu, conviveu e escreveu.”




O consultório (que abriu a 6 de Julho de 1939)



As instalações [do consultório] servir-lhe-ão, pelo menos provisoriamente, de local de trabalho e de residência, até casar, no ano seguinte. Sobre o seu dia-a-dia, diz o escritor, em O Quinto Dia da Criação do Mundo:

«E ali passava parte das manhãs e das tardes, sonolento, a atender os raros doentes que a notícia da minha chegada num jornal da terra ia trazendo, a ler e a escrever nos longos intervalos das consultas, enquanto os quartos caíam monotonamente da torre da Sé e a senhora Glória [funcionária do consultório] fazia renda ou ponteava na sala de espera.»

Nas proximidades do consultório, logo a seguir ao Largo Marechal Gomes da Costa, em direcção ao rio, ficava a antiga Rua de Santana, onde gravitavam os amigos mais íntimos que em Leiria arranjou, que o haviam de apoiar nos seus momentos mais difíceis, o Dr. Alfredo Baptista, a D. Gena e o marido, António Moreira. O primeiro era o advogado Alfredo Batista, que tinha escritório perto do arco que rematava a rua. A D. Gena morava com o marido, António Moreira, por ali perto.



Nas traseiras da Sé, existia outro dos espaços de que Torga era assíduo frequentador: a Biblioteca Erudita e Arquivo Distrital, sobre a qual Torga diz em A Criação do Mundo.

«Foi o que me valeu, encontrar aqui uma biblioteca assim. Nunca supus. Boa de verdade! O fundo de clássicos portugueses, então, é notável. Excepcional, mesmo. E de literatura francesa moderna tem também muita coisa...- Sem falar na obra-prima da bibliotecária…
- Ah, seu malandro! Eu na minha inocência, e você com segundas intenções! [...] 
- Bonita a valer, o raio da rapariga! Mas fico-me pela admiração...»


Torga com a mulher, Andrée Crabbé, na antiga Rua de Santana.


A publicação de O Quarto Dia da Criação do Mundo, que saiu em Abril de 1939, haveria de trazer a Miguel Torga os maiores dissabores: a 30 de Novembro desse ano, a PSP deteve-o, sob orientação da PVDE e por ordem do Ministro do Interior. O médico foi conduzido para a esquadra, a caminho do castelo, interrogado e encarcerado, em regime de incomunicabilidade.





Casa onde viveu depois de casar, em 1940. (Local onde atualmente se ergue o Hotel Eurosol).





Poema que o seu amigo Dr Alfredo Baptista descreveu Miguel Torga.



(Informação e fotografias retiradas do Guia da Cidade «A Leiria de Miguel Torga» de Carlos Alberto Silva, Textiverso, Leiria, 2010)


sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

As mulhéris

Para o fim de semana deixo-vos com este pensamento profundo.





quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Viagra feminino

A entrada de hoje é especialmente dedicada ao nosso amigo blogger Pedro Coimbra que mora lá encostadinho à China e tanto gosta de publicar a sua anedota...

Um cientista chinês descobre novo "Viagra" feminino. O produto é conhecido na China pelo nome de "KATON".

Um jornalista pergunta a um cidadão chinês:

- O que acontece quando dá KATON à sua mulher ?

- Mulhel fica alegle, calinhosa e bondoóóósa. Beija e ablaça o dia inteloo e noite intelinha. Non dá sossego, ela qué tlansal quantas vezes tu aguentas. Chama-te meu amol, minha vida, adolo-te, amo-te! 

Então o jornalista pergunta ao cidadão chinês : 

- Esse produto é assim tão fantástico?

- SIM ! SIM ! SIM ! Galantido !  Funciona muuiiitooo... mesmo ! Non falha nunca!

O jornalista, curioso, pergunta ao cidadão chinês:

- O nome do produto é só... "KATON" ?

- SIM ! SIM ! "KATON" ... "KATON DE CLEDITO!...




Amigas, a anedota roda pelos mails há algum tempo o que a torna conhecida de muitos. Mas já vira, como o preconceito é grande contra nós, pobres mulheres?!...

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Que falta fazem!

Ouvi, hoje de manhã, esta bela canção na rádio e pensei: «que falta nos fazem canções destas de força, palavras de intervenção e de luta! Que falta nos fazem poetas-cantores destes que as interpretavam eivados de um vigor, de uma raiva, de uma fúria que lhes vinha do coração, das entranhas, das profundezas do seu ser!»



Somos filhos da madrugada
Pelas praias do mar nós vamos
À procura de quem nos traga
Verde oliva de flor nos ramos
Navegamos de vaga em vaga
Não soubemos de dor nem mágoa
Pelas praia do mar nós vamos
À procura da manhã clara

Lá de cima de uma montanha
Acendemos uma fogueira
Para não se apagar a chama
Que dá vida na noite inteira
Mensageira pomba chamada
Companheira da madrugada
Quando a noite vier que venha
Cá de cima de uma montanha

Onde o vento cortou amarras
Largaremos p'la noite fora
Onde há sempre uma boa estrela
Noite e dia ao romper da aurora
Vira a proa minha galera
Que a vitória já não espera
Fresca, brisa, moira encantada
Vira a proa da minha barca



Belíssimo, não vos parece? E que força transmite! Que esperança! Que vida!

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Terrorismo

O terrorismo chegou a Portugal e não pela mão dos jihadistas. Veio mesmo pela mão deste "governo", mais concretamente pela mão do ministro da Saúde: que se saiba já morreram cinco pessoas do grupo da chamada peste grisalha nas urgências dos hospitais antes de terem tido a possibilidade de serem vistos por um médico.


Sabemos que este é o "governo" que prometeu desde o início «fazer mais com menos» e tem-se visto os resultados a todos os níveis, nomeadamente no campo da Educação e da Saúde. 

O número de óbitos nos últimos dias aumentou desmesuradamente (cerca de 1200 entre 1 e 3 de Janeiro e 2268 na segunda semana do mês) pelo frio que se tem feito sentir e pela falta de condições económicas de grande parte dos idosos para se protegerem das condições climatéricas.

Mas ainda há mais: grande parte dos doentes infetados com hepatite C não tem acesso a um tratamento inovador porque os hospitais não têm dinheiro para comprar o respetivo medicamento.

Apetece, a propósito, deixar aqui a imagem também algo terrorista  que um meu facefriend pôs no seu mural.




segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Preconceito

A apresentadora de televisão Bárbara Guimarães vai ser julgada pelo crime de violência doméstica. Não por ter agredido ou violentado fisicamente o ex-marido, o professor e filósofo Manuel Maria Carrilho – que nesse campo é ele que é conhecido dizem que já do tempo da primeira mulher – mas antes por lhe ter infligido maus-tratos psicológicos. É que a apresentadora (se calhar sem motivos de força e apenas por maldade, sei lá…) aproveitou uma saída do país do ex e mudou a fechadura de casa e empacotou os livros do professor em caixas certamente para lhos mandar entregar.

Não me interessa aqui tomar defesa nem ataque por nenhum dos mediáticos elementos do casal porque nenhum deles me é próximo nem conheço minimamente os motivos que levaram ao seu desenlace. Trago aqui o caso apenas pelo caricato da “nossa” Justiça. Afirma então o Tribunal de Instrução Criminal que o comportamento da apresentadora “consubstancia actos de grande violência psicológica, o que terá provocado” no ex-marido “danos na sua saúde psíquica e física, “apresentando [ele] um quadro de depressão”, como referiu um psiquiatra ouvido em sede de instrução. O documento refere ainda “as condutas da arguida visavam atingir a dignidade do assistente, humilhando-o, o que configura maus-tratos psicológicos, emocionais e sociais que ofenderam a dignidade pessoal e a integridade psíquica e física do assistente”.

Carrilho terá alegado que se sentiu “profundamente perturbado, ansioso, esgotado emocionalmente, tendo, por via da somatização da situação de extremo sofrimento psicológico a que foi sujeito, apresentado queixas como privação do sono durante várias noites seguidas e perda de peso até aos 56,5 Kg que exigiram acompanhamento e tratamento médico.”

Coitado! E o Tribunal aceitou de imediato as queixas do marido deprimido, maltratado e magro e tratou de acusar a mulher e levá-la a julgamento pelos motivos psicossomáticos que o pobre homem sofreu!

Quantas e quantas mulheres, para além de levarem tareias de morte e de serem vítimas de todas as ofensas, humilhações, e maus-tratos psicológicos por parte dos maridos, sofreram e sofrem de depressões, de efeitos psicossomáticos e ficaram com muito menos do que 50 quilos sem que os tribunais façam alguma coisa por elas?

E aquele caso tão falado do juiz que cortou uma indemnização a uma mulher que há anos ficou estropiada por uma operação que correu mal e que, por ter já 50 anos, o sexo já não lhe fazia falta? Ah, se fosse um homem, que diferente seria a decisão judicial!

Infelizmente e para mal de todos nós, os “nossos” juízes têm dado provas de andar um pouco descontrolados (manietados?) nas suas acusações, nas suas decisões, nas suas sentenças. Podem, de facto, ser muito conhecedores das leis que aprendem na Faculdade e no CEJ, mas têm mostrado que lhes faltam muitos conhecimentos e práticas no âmbito do Desenvolvimento Pessoal e Social e da Educação para a Cidadania – é que as aulas de catequese não chegam!

Veja-se, a título de exemplo, a atitude de subserviência deste juiz-desembargador a agradecer à ministra tê-lo escolhido para director do SEF… 



domingo, 11 de janeiro de 2015

Abrigo do Lagar Velho

Com os dias de sol, e apesar do frio, apetece andar por aí. E foi assim que, quase sem querer, fomos dar ao Lapedo, ao lugar chamado Lagar do abrigo Velho, na freguesia de Santa Eufémia, aqui nos limites do concelho de Leiria, onde em finais dos anos 90 descobriram os restos mortais de uma criança com cerca de 24 500 anos, o chamado Menino do Lapedo.

É um local muito bonito: um vale, no meio de de encostas muito íngremes, "com numerosas cavidades cársicas  [diz a Wikipédia] que foram escavadas durante centenas de milhar de anos pela ribeira [do Sirol] e outras linhas de água".
 
Tem apenas três casas - muito bonitas - um belo parque de merendas e um pequeno Centro de Interpretação que, segundo li nos jornais há uns tempos está fechado porque os donos daquele espaço recorreram aos tribunais por questões de propriedade.

Vou deixar aqui algumas fotografias que, apesar de tudo, não dão a panorâmica do belo vale.

























E aqui a fotógrafa também foi apanhada na reportagem...


Boa semana!

sábado, 10 de janeiro de 2015

Zodiac sex

Para animar o fim de semana, deixo aqui as características sexuais de cada signo do Zodíaco. 

Procurem o vosso e confiram... (para os menos práticos nestas coisas da língua inglesa, têm sempre o tradutor do google aqui bem à mão)

Já sabem que eu não sou de intrigas, mas as tendências dos Sagitários... (pronto! Cada um é como é e ninguém tem nada a ver com isso...)





Bom fim de semana!!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Lembram-se de Jessica?

Em pleno centro histórico de Leiria, vi hoje esta maravilha.





E não é que me veio à memória um velhinho filme italiano que passou em 1962, Jessica, para grande escândalo deste país de velhos cinzentos e clericais que o classificaram para maiores de 17 anos, só porque mostrava uma jovem que montava uma lambretta em calções?... Eu cá, como era alta e assim, consegui ver o filme tendo ainda 14 anos...




Vasculhei a memória mas não consegui lembrar-me da música do filme. Passou-me pela ideia o "grande" Marino Marini e o seu quarteto - lembram-se?



E logo depois recordei o belíssimo filme "A Ultrapassagem" - Il Sorpasso - com o bem louco Vittorio Gassman, também dessa época...


... com aquela música louca que era o twist...



Belos tempos!!