«(…) Rui Machete é apenas mais um
que não sai pela porta pelo seu pé nem é defenestrado porque Passos Coelho não
vê, Paulo Portas não ouve (está sempre muito longe, desesperado a tentar ouvir
a chegada dos sapatos milionários de Carlos Slim nesta sua viagem ao México de
"sucesso e pêras"... e esperas, acrescento eu). E Cavaco Silva não fala, penando, em fim de carreira, como uma maldição, a autoria da frase mais
descortês e cruel que foi dita nos últimos 40 anos sobre um Presidente da
República, no caso, Mário Soares: "Vamos ajudar o senhor Presidente a
terminar com dignidade o seu mandato." Deus não dorme, dizem os crentes.
Mas seja Deus, Osíris ou a Ísis de Machete, alguém está a fazer Cavaco Silva
beberricar em colherezinhas o seu próprio veneno: ninguém o ajuda a terminar
com dignidade o mandato; não fala, tartamudeia, mastiga em seco, engrola
palavras e ideias, dá-se a fanicos, enfim, quem com ferros mata...» (Óscar de Mascarenhas, 1/11/2014)
«Desde que as aulas começaram,
pelo menos 5140 professores já mudaram de escola. E a dança das cadeiras parece
estar longe do fim.» (2/Nov/2014)
«Os concertos do Tony são a única
coisa que me move para sair de casa!» (3/Nov/2014)
«Durão Barroso recebeu a mesma
condecoração que Mandela, Walesa e Xanana. E Salazar.» (4/Nov/2014)
«Merkel diz que Portugal tem
licenciados a mais.» (5/Nov/2014)
«(…) Vim falar desta frase: “Acreditar
que os estudos superiores são o caminho de uma carreira de sucesso é uma ideia
errada, da qual devemos continuar distantes, senão não conseguiremos convencer
países como Espanha e Portugal, que têm demasiados licenciados, quanto aos
benefícios do ensino profissional.” E vim falar de quem a disse: a chefe do
governo alemão. E onde: às associações patronais alemãs. O quê, quem e em que
circunstâncias – é disso que falo. Ora, a percentagem europeia de licenciados é
de 25,3 e a da Alemanha ligeiramente inferior, 25,1. Para defender os méritos
do ensino superior, Merkel diria: “Patrões alemães, temos de fazer um esforço.”
Se fosse o contrário, ela diria: “Patrões alemães, já temos licenciados que
cheguem.” Mas não, ela trouxe portugueses (17,6 % de licenciados) para a
conversa. Só há uma explicação, ela estava a dizer aos seus: “Com essas ilusões
das universidades, os cafres não andam a mandar os serralheiros de que vocês
precisam.”» (Ferreira Fernandes, 5/Nov/2014)
(sublinhados meus)