domingo, 29 de junho de 2014

Ogivas

Não, não vou falar de ogivas nucleares. Só mesmo de ogivas medievais. Gosto muito da forma em ogiva e até no Desenho, no Liceu, disciplina em que eu não era nada boa, gostei de aprender a desenhar a ogiva (e o arco abatido, o de volta inteira, a elipse, a hipérbole - gosto de formas geométricas) .

E ontem, como fomos ao Castelo assistir a algumas atuações do evento «Música na Castelo» organizado pelo Orfeão de Leiria, andei por lá a (re)descobrir ângulos.


E agora as ogivas. E arcos de volta inteira também...
















As ogivas da sala interior inferior onde vimos uma exposição muito interessante sobre a reconstrução do Castelo pelo arquiteto Ernesto Korrodi.






Agora para «fazer inveja» às aldrabas do nosso amigo as-nunes, fica aqui a aldraba da porta do castelo.




O Castelo (este e os outros todos!) vale bem uma visita num belo dia de sol! Aventurem-se!

Diferenças (2)

Fim de semana atrai os namorados a passeios românticos  (desde que não chova...)

Notem uma vez mais a diferença entre eles e elas...



Bons passeios românticos!!

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Diferenças

Agora que o Verão está finalmente a chegar (parece...) é tempo de nos olharmos ao espelho para vermos a figura que apresentaremos nas nossas idas à praia.

A imagem com que cada um de nós se vê é, porém, bem diferente. Senão reparem!




Bom fim de semana!

quinta-feira, 26 de junho de 2014

De cara destapada

Sabe quem me conhece que sou, desde as eleições para a Constituinte, votante do PS. De “cara destapada” sempre, sem omissões nem hesitações, num meio não tão-somente conservador, mas acanhado, de direita a que até chama(va)m de Cavaquistão. E, ao mesmo tempo que, desassombradamente dizia aos PPD(s) da terra e da escola que se queixavam de determinadas condições – nos idos de 70 – «Eu não tenho a culpa, não votei AD!», também sempre fui bastante crítica de muitas ações levadas a cabo, de opções tomadas e de pessoas escolhidas pelo PS ao longo da sua existência. De tal modo que, um colega com quem trabalhei diariamente durante algum tempo, me chegou a perguntar «mas haverá alguém no PS de quem tu gostes?!»

Sofri com o descalabro que procedeu o aparecimento do PRD de má memória; lutei contra a liderança de Vitor Constâncio; nem sempre obedeci às casmurrices de Mário Soares; cheguei a vociferar contra algumas escolhas aqui do PS da terra e até votei fora do partido uma vez! Mas mantive-me sempre fiel aos meus/seus princípios.

Quando a crise financeira mundial quase nos submergiu, a direita viu que era chegada a altura para “ir ao pote” e em 2011, com os préstimos de uma determinada esquerda que sempre se considera especial, ficámos “sem chão”, já nos bastidores do PS havia algum tempo se perfilava, pressuroso, o camarada António José Seguro para agarrar as coisas e segurar as pontas. Alguém teria de o fazer – houve que o aceitar e apoiar, pois então!

Desde então tem sido aquele ramerrão a que se tem assistido próprio de uma figura mediana e com pouco rasgo a bem de um consenso que não interessa a ninguém, muito menos ao país, com alguns avanços ténues e mais uns tantos recuos – lembro-me de quando o partido esteve à beira de assinar por baixo os descalabros que este “governo” vem perpetrando ter escrito um vigoroso mail privado a uma das “nossas” deputadas eleitas por Leiria pedindo-lhe que «metessem algum juízo» na cabeça do “líder”. (Se assim tivesse acontecido, teria rasgado o meu cartão de trinta e tal anos – e, claro, não viria mal ao mundo nem ao PS se o tivesse feito…) E depois, lá se continuou a «dar-lhe o benefício da dúvida» mas sempre na expectativa de um rasgão, um abanão por parte do secretário-geral! Que nunca aconteceu.

Agora que, extemporaneamente ou não, o abanão veio de fora e as perspectivas são diferentes (melhores, bem melhores) para o partido e para o país, o secretário-geral não foi capaz de exibir a rectidão de carácter que eu acreditava que ele teria e mostrar o espírito democrático que é – ou deveria ser – apanágio de um partido como o PS abrindo caminho para uma escolha livre (pois não foi o que ele repetidamente pediu ao presidente da República para fazer em relação ao “governo”?).

Posso tentar fazer um esforço para compreender as razões que o levam a uma atitude destas. Agora o que eu não consigo nem quero tolerar é que, num ato de desespero desdenhoso e estúpido, venha agora (finalmente “de cara destapada”) mostrar todo o “desamor” (não ia dizer “ódio”!) que sempre sentiu pelo primeiro-ministro anterior e depois de saber como foi difícil e forçado aquele momento, dizer que «nunca teria assinado aquele memorando de 2011»!

(retirado do facebook)

terça-feira, 24 de junho de 2014

Jarros

Gosto muito de jarros. São muito elegantes. Como os gladíolos - a flor mais vaidosa do «Rapaz de Bronze». Só que os jarros não são vaidosos, são generosos: crescem por todo o lado sem que sequer lhe demos muita atenção. 

Nos meus tempos de Algés, os jarros apareciam brancos, finos e seguros lá no quintal e eu gostava de lhes admirar a língua amarela coberta daquele pozinho branco onde os insetos pousavam gulosos.

Depois, em Sintra, descobri, no parque que agora se chama «da Liberdade», jarros mais pequenos e mais finos cor de rosa, lindos!! 

(daqui)
No ano passado surpreenderam-me uns pequenos jarros amarelos num jardim de uma casa aqui da rua. Sorrisos embevecidos... lembrei-me dos da minha juventude lá em Sintra.




Um dia destes, do mesmo jardim, chamaram-me uns outros em tons de rosa velho - estes sim, vaidosos como o gladíolo do «Rapaz de Bronze».






Mas agora reparem neste, branco, simples, comum, que nasceu aqui no meu nano-mini-micro jardim com este ar escangalhado, mas algo erótico...





Não é tão mais sugestivo?!...

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Noite de São João




Noite de S. João para além do muro do meu quintal.
Do lado de cá, eu sem noite de S. João.
Porque há S. João onde o festejam.
Para mim há uma sombra de luz de fogueiras na noite,
Um ruído de gargalhadas, os baques dos saltos.
E um grito casual de quem não sabe que eu existo.

Alberto Caeiro

domingo, 22 de junho de 2014

Celebrando o solstício de Verão

Volto uma vez mais a Vila Isaura, em Troviscais, Pedrogão Grande, ali no Norte do distrito, onde, desta vez se celebrou o solstício de Verão.

O tempo até nem esteve mau! Entrou bem o Verão lá para o interior!


Houve que deixar os carros à sombra - abençoadas árvores!





Encantos do Verão














E depois de se celebrar o Verão em plena natureza, houve que ir almoça ali à barragem do Cabril sobre o rio Zêzere.






sábado, 21 de junho de 2014

Maravilhas

Pensavam então os meus amigos que eu vos ia mostrar maravilhas dos Açores, ou de Sintra ou do Gerês!







Não! Hoje vou voltar a deixar aqui algumas maravilhas desta espécie de governo que o voto de alguns portugueses comprometidos ou pouco avisados nos deu.

Vejam se são ou não verdadeiras maravilhas estas retiradas dos jornais e que vou passar a referir?
  • O PM – que ainda não conseguiu apresentar um único Orçamento de Estado sem medidas inconstitucionais – pediu ao presidente da República fiscalização preventiva de novas medidas a tomar porque «seria insuportável para os portugueses e muito custoso para a recuperação da economia que permanecesse uma incerteza demasiado elevada quanto às medidas que podem ser aplicadas ou não podem ser aplicadas»;
  • Governo recusa devolver cortes em subsídios de férias já pagos – disse o ministro Maduro (se bem que algo “verde”) num dia; no dia seguinte outro ministro mais maduro veio dizer o contrário;
  • Crise tirou 3,6 mil milhões a salários e deu 2, 6 mil milhões ao capital;
  • O número de desempregados caiu 9,5% em maio; e a taxa do desemprego não sobe há quinze meses; (o emprego, porém, não aumentou nem um número. Se bem que o ministro Portas diga que vai criar 400 postos de trabalho no interior.)
  • No último ano emigraram 128 mil portugueses; em apenas dois anos saíram de Portugal quase 250 mil pessoas entre emigrantes permanentes e temporários;
  • Portugal tem os preços mais baixos da Europa Ocidental; está 14% abaixo do nível médio praticado na União Europeia; está ao nível da Europa de Leste.

E podia continuar a desfiar maravilhas deste teor, mas penso que, por ora, chega.

Continuação de bom fim de semana! (se puderem...)


sexta-feira, 20 de junho de 2014

Faça exercício!

E porque estamos no início do fim de semana, aproveitem e façam exercício...




Bom fim de semana!

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Asneiras e Bacoquices

Como já deu para ver, não resisto a uma boa crítica a alguns «utilizadores/trucidadores» da nossa língua, por isso hoje vou transcrever uma crónica do sociólogo Moisés Espírito Santo que saiu no Jornal de Leiria do passado dia 12 e que tem o título de

Asneiras e Bacoquices

«Tenho momentos em que me entretenho a notar as asneiras em português ouvidas nas televisões. Não me refiro às pessoas entrevistadas na rua. Só tenho atenção aos jornalistas, políticos e outras personalidades.

Já se sabe que o Presidente da República (e de todos os portugueses) diz «cidadões» em vez de cidadãos. A presidente do Parlamento inventa palavras: «o inconseguimento... é frustracional» (deve ser para passar por sábia). Não há um assessor que aconselhe o ministro do Emprego e da Solidariedade a deixar de dizer «treuze»? Eu dir-lhe ia que «treuze» é uma saloiice chapada; seria menos criticável dizer «auga» em vez de água porque estávamos a usar uma metátese que é um fenómeno corrente na língua. Ao dizer «treuze» está-se, propositadamente e por vaidade, a tentar usar um processo provinciano de distinção bacoca.

Já se torna raro que alguém nas TV/s utilize correctamente o verbo haver que (aprendam por uma vez!) só se usa na terceira pessoa do singular. Um deputado perguntava ao chefe do governo: «Haverão mais cortes...?». Um jornalista disse: «Vão haver dois pedidos de esclarecimento...». Um anúncio oral na TV diz «Há cem anos não haviam telemóveis nem existia computadores». Duas asneiras. Digam-lhe que, se o verbo haver só se usa na terceira pessoa do singular, o verbo existir conjuga-se em todas as pessoas. Um cartaz da Unilever (entretanto retirado) dizia «Já experimentás-te o chocolate Olá?». Esta maneira de escrever o pretérito também é muito comum. Um rodapé da RTP dizia «Extra-munção» em vez de Extrema-unção. Se dissesse «estra-monção» até tinha lógica...

Um pivô do telejornal entendeu distinguir-se da gente comum dizendo que uma mulher islâmica tinha sido condenada por «apostásia» (duas vezes) em vez de apostasia. O mesmo pensou que seria mais chic nomear a capital da Turquia por Âncara em vez de Ancara. Um político dizia «inclusível» por inclusive. Outros pivôs ou jornalistas pressupõem que, perante uma palavra estrangeira, esta só pode ser do inglês: o termo item (que é do latim e significa «o mesmo») passa a ser dito «aitem»; climax (também do latim, «cúmulo»), ouvi-o a ser pronunciado «claimex». Já para o nome da cidade francesa Chamonix ouvi «Cheimonixe» e Nice, «Naice».

A par deste português cada vez mais mal falado vamos assistindo à invasão dum imenso palavreado inglês quando temos palavras que exprimem as mesmas ideias. Os programas das TV/s passaram a chamar-se Big Brother, Masterchef Portugal, Chef’s academy, Voice Portugal, A tua cara não me estranha - kids, etc. Isto só se justifica por uma palavra: estupidez. Falam mal a sua língua materna e fingem que «falam estrangeiro». (...) Ainda há pouco ouvi, num café, pedir uma «coca-cola leite» (em vez de light, [lait], fugindo-lhe o pé para o chinelo).

E que dizer da praga do inglês nas conversas, teorias ou tretas dos economistas - que fazem lembrar os astrólogos que também usam «língua de pau» para ludibriar - quando há expressões portuguesas exactamente equivalentes? O problema é que, com essa verborreia, os seus autores procuram distinguir-se dos indígenas que por cá vegetam. Isto faz-me crer que quanto mais avança a escolaridade, mais mal se fala a língua portuguesa.»


E, já agora, deixem-me perguntar (de forma retórica e nada mais...) quantas destas pessoas retratadas na crónica se dirão perentoriamente contra o último acordo ortográfico com a desculpa pseudo-purista de que não querem corromper a «bela língua de Camões»

(gargalhadas...)

terça-feira, 17 de junho de 2014

Árvores de Leiria

Esplendorosa tarde de quase Verão. Passeio a pé pela cidade. E, quando antigamente os passeios pela cidade eram dados para ver as montras e «espiolhar» as lojas, agora - vá-se lá saber porquê (!) - agora vamos «espiolhando» as árvores à beira-rio, ou na mira do castelo.

Venham daí comigo!

À beira-rio


Igreja do Espírito Santo e "ruínas" do
Hotel Lis

Praça Rodrigues Lobo
Jardim Luís de Camões

Estátua do poeta que deu nome ao jardim

Estátua do Pastor Peregrino

Um jacarandá do outro lado do rio 

E ainda e sempre o rio
ladeado de árvores

Não sentiram a frescura?
Leiria está inundada de belas árvores. 
Hei-de voltar com mais.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

A opinião de Daniel Sampaio

Tenho o maior apreço por este Senhor e por (quase) tudo o que ele diz e escreve. Por isso deixo aqui a sua opinião sobre a crise de liderança que se vive no PS e com a qual concordo.

Só lamento que tenhamos de pensar assim sobre o atual Secretário-Geral do partido. É que, apesar de tudo, ele é um de nós.

Costa: A renovada esperança

«Eu também quero escrever sobre António Costa. Sem qualquer ambição política ou necessidade de notoriedade, pretendo apenas dizer que senti um apelo a que não posso ficar indiferente: Costa devolveu-me a esperança na política e a crença de que vale a pena confiar num futuro melhor.

Costa significa para mim um renovado interesse pela política e a expectativa de que não estaremos condenados, nos próximos quatro anos, a suportar, por mais tempo, a apagada tristeza em que vivemos.
Conheço Costa há muitos anos. Recordo a campanha, por si dirigida, que levou o meu irmão à sua histórica vitória sobre Cavaco Silva, em 1996. Estive a seu lado no primeiro êxito para a Câmara de Lisboa, em que conseguiu reunir à sua volta muita gente fora do Partido Socialista. Alegrei-me com o seu expressivo triunfo nas últimas eleições autárquicas.

Dá-me prazer ouvi-lo na Quadratura do Círculo, o único programa de política que me interessa. Apreciei o seu trabalho como ministro. Considero-o competente para liderar um Governo. Tem um passado com provas dadas. É inteligente e decidido. Por isso escrevo este texto.

A liderança baça de Seguro nem sequer entusiasma os mais próximos. Quando alguém diz que se teve de anular três anos para garantir a unidade interna define-se, a si próprio, como um líder incapaz de unir através de um projecto mobilizador, que juntasse à sua volta um significativo número de cidadãos. A sua estratégia de transformar as eleições europeias numa espécie de antecâmara do triunfo nas legislativas resultou num fracasso: a vitória foi magra, das 80 medidas ninguém é capaz de citar mais de duas ou três, a sua pretendida pretensão de ser já considerado o futuro primeiro-ministro não passou de um desejo partilhado por poucos. As suas frases actuais, proferidas num tom pretensamente firme e audaz, estão tanto ao arrepio do seu comportamento habitual que soam a encenação mediática de segunda. Durante três anos, apregoou a importância do crescimento sem nunca explicar como fazer, prometeu não aumentar impostos mas ninguém acreditou, rodeou-se de colaboradores cinzentos de que não conseguimos fixar um nome. No limite, parece alguém a quem se pediu para desempenhar o papel de protagonista numa peça de prestígio, mas que se mostra apenas capaz de ser actor secundário num teatro de província.

Costa não é o salvador. Estamos todos fartos de homens providenciais, que apareceram, em diversos momentos da nossa história, para nos salvar do abismo. O seu triunfo dependerá de programas concretos, de alianças anunciadas e honradas, da sua capacidade de transformar o PS — e a sua terrível burocracia partidária — numa organização que nos entusiasme a apoiar. O seu êxito será possível se nos explicar como pode governar de modo diferente da actual coligação do poder. Vencerá as primárias se souber contornar todas as armadilhas que lhe vão pôr no caminho, a começar pela data de 28 de Setembro, escolhida para dar tempo a um estrebuchar final do “aparelho” pretensamente fiel a Seguro. O tempo que falta pode desgastar a sua imagem e enfraquecer a força da sua proposta inovadora, por isso é importante dosear as mensagens, baixar as expectativas, manter viva a renovada esperança.

Com uma certeza: se António Costa vencer no partido, ganhará no país. Todos sabemos isso»     

domingo, 15 de junho de 2014

Piensa em mi!

Gosto muito desta canção.

De amor, nostálgica mas com força! Que os espanhóis não são de lamechices.






Boa semana!

sábado, 14 de junho de 2014

Acabou o ano letivo!

Ontem foi a festa de final do ano letivo do José e da Elisa. 
Grande animação, claro! 
E, mais uma vez, a minha homenagem às professoras, às educadoras e às funcionárias pelo trabalho, pelo empenho, pela dádiva.
Os miúdos adoram estas festas.

Aqui vai o meu gatinho José (e a gatinha ao seu lado também é bem gira!!)






E a Elisa nas danças e nas cantorias...






Claro que a família esteve toda lá...




Hoje foi o primeiro dia de férias. E puderam desfrutar da companhia descontraída um do outro e da companhia dos malvados dispositivos informáticos...