sábado, 31 de agosto de 2013

Levando o governo ao colo


Não é novidade para (quase) ninguém que os media estão a fazer de tudo para levar os portugueses a voltarem a votar na vergonhosa direita que tomou o poder de assalto (com a conivência de igual modo vergonhosa dos partidos lá da esquerda do fundo, diga-se). O nosso amigo do cronicasdorochedo escreve sobre este assunto hoje e mais não ouviu – e fez ele muito bem! – o omnisciente “comentador” Luís Marques Mendes que ainda há pouco perorou sobre o chumbo pelo TC da lei da mobilidade especial – vulgo despedimento em massa – dos funcionários públicos.


Foi a primeira vez que me deu para o ouvir e, garanto, fiquei “vacinada”. Calhou passar para a SIC para evitar a carochinha de serviço ao Jornal da TVI e um qualquer programa supercretino que um qualquer garotelho também supercretino apresentava na RTP1. Pois o senhor em questão, aluno incondicional do “saber de experiência feito” do senhor presidente e do estilo inconfundível do supercomentador da TVI, falou dos juízes do Tribunal Constitucional e da sua atuação com um desbrido  tom de desapreço e de desconsideração mencionando a idade em que se podem aposentar e o facto de não terem interrompido as férias «como faz o primeiro-ministro e o presidente», “paleio” que realmente agrada a uma determinada camada de pessoas e sempre manipulando-lhes as vontades. Por outro lado, foi acicatando outra camada de pessoas no sentido de lhes avolumar o odiozinho que sentem pelos “benefícios” de que gozam os malandros dos funcionários públicos!

“A decisão do Tribunal Constitucional tem de ser respeitada, mas merece ser criticada. No sector público não se pode despedir, mas pode despedir-se no privado. Na Constituição não está esta distinção”, acusou. “O que está aqui em causa não é uma lei da Constituição é um princípio e o princípio é subjetivo. Se fossem outros juízes se calhar a interpretação era outra”, reiterou. E depois ainda ameaçou com novo aumento de impostos se os “incompetentes” dos juízes do TC chumbarem os cortes nas pensões!

É de facto abjeta a forma como este e todos os outros comentadores de direita manipulam, mentem, inventam para levarem este “governo” ao colo!

Dramática, porém, a forma como este povo se deixa manipular e convencer por gente tão pequena como esta!

Comentadores da direita


Meses

Para começarem o fim de semana com um sorriso, deixo aqui esta tabela dos meses. Vejam o vosso mês e digam se a característica apresentada corresponde à vossa intuição.

Só para vos fazer alguma inveja, tenho a dizer que sou de Abril...


Bom fim de semana!


(Peço desculpa pelos erros, mas a responsabilidade é do facebook...)


quinta-feira, 29 de agosto de 2013

É a Isabel!

Pronto! temos mais uma mulher no "governo"! É a Isabel. Será que é irmã do José?





Do José Castelo-Branco, claro!...




quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Cortes

Dos jornais:

Governo e FMI deturpam reduções salariais para sustentar mais cortes.


terça-feira, 27 de agosto de 2013

As AEC


Alguém escreveu hoje no Facebook que a Câmara Municipal de Leiria anulou os concursos para contratação de professores que dinamizassem as Atividades de Complemento Curricular (AEC) para os alunos do 1º ciclo. A autarquia informou que se viu forçada a anular os procedimentos já em curso devido às alterações introduzidas pela nova legislação que prevê as AEC sejam reduzidas de uma hora por dia sendo asseguradas pelos agrupamentos de escolas.

Lamento mais esta (des)medida por parte do cratino ministério da Educação por dois motivos: primeiro porque é mais um dos muitos passos (que palavra funesta!) dados no sentido de desmerecer a escola pública e depois por prever uma enorme redução no número de professores que poderiam ver aí uma forma de estarem a trabalhar.

Porém, não pude conter um (maldoso) sorriso irónico perante a notícia. É que, quando foram instituídos os dois tempos de Apoio ao Estudo (2x45 minutos) para as turmas do 1º ciclo, com o objetivo de poupar alguns dos colegas daquele nível de ensino que dispunham de apenas duas horas de Trabalho de Escola (TE) na sua componente não letiva para fazer coordenação de escola, formação e atendimento aos pais, introduzi (estava ainda na direção da “minha” escola) um tempo dessa atividade de Apoio ao Estudo no TE de alguns professores dos 2º e 3º ciclos, dentro da legalidade e depois tudo bem explicado ao grupo do pessoal docente.

O que eu fui fazer! Foi choro e ranger de dentes naquela escola! Que não sou professora do 1º ciclo! Que não tenho formação para isso! Que fiz uma licenciatura não foi para dar aulas aos miúdos! Os professores daquele ciclo que as dêem! Que assim, que assado! Houve quem fosse lá ralhar comigo alto e bom som; houve quem deixasse de me falar; houve quem tivesse metido atestado médico; houve quem fosse para as turminhas e deixasse os alunos fazerem o que lhes apetecesse – como aliás aconteceu com as mal-amadas e mal compreendidas aulas de substituição! Houve até quem (e está agora na direção…) tivesse sido escalado para isso, tivesse ido duas vezes e depois deixasse de lá ir sem informar… Houve até quem (e está agora também na direção…) tivesse sido beneficiado dessa minha decisão e depois tivesse evocado a lei para receber as horas extraordinárias correspondentes a uma formação para que fora indicado por mim, sem que na altura de ser indicado tivesse pedido para não a fazer. E, não contente com isso, instigou outros (jovens) colegas em situação idêntica a exigir o pagamento das respetivas horas…

(Para quem não sabe, ele há de tudo nas escolas… e alguns destes até chegam às direções…)


O meu (maldoso) sorriso irónico alia-se a este (maldoso) pensamento sardónico: Será que agora, perante a nova legislação que atualmente regulamenta as AEC e que diz que os agrupamentos é que têm de assegurar aqueles tempos não letivos, os meus ex-colegas também chorar, gritar, patalear, pôr trombas, negar-se, meter atestados médicos, quando o senhor diretor – que já nem se lembra que também se negou – ou o outro senhor - que exigiu o pagamento de horas extraordinárias e também já não se deve lembrar… - lhes entregarem os horários – que pedem a Deus que lhos conserve… - com horas de TE para irem reger as AEC no 1º ciclo?!



segunda-feira, 26 de agosto de 2013

1988

No dia seguinte ao horror do fogo que destruiu o Chiado e que muito me entristeceu por ser a minha zona de eleição na Lisboa da minha infância, adolescência e juventude e por que muito chorei, seguiu-se a notícia da trágica morte em acidente de viação a caminho da Leiria do cantor e compositor de música ligeira Carlos Paião. Lamentei-lhe a morte não tanto por ser grande apreciadora da sua música mas mais por ser um jovem de trinta anos, cheio de vida e com um futuro promissor.

Faz hoje 25 anos. Em jeito de homenagem deixo aqui a cançãozinha que, não sei porquê, andei a trautear todo o dia.




Passado pouco mais de um mês, foi a minha mãe que morreu de um dia para o outro. Daí para a frente e pelo ano que se seguiu tudo de mal aconteceu na minha vida. O ano não teve a culpa de nada, mas fiquei a detestar o ano de 1988/89.


domingo, 25 de agosto de 2013

Sereias


Encontrei esta imagem extraordinária na página do Vintage Point no facebook. Podia ter-me lembrado do episódio de Ulisses e do canto das sereias na Odisseia mas, muito pouco culturalmente, lembrei-me antes de uma anedota que a minha amiga Telma me contou no nosso primeiro ano de faculdade e que achei o máximo. De referir que somos - ou direi «fomos» - de Germânicas...

«Dois amigos ingleses estavam sossegadamente a pescar à linha no sereno Mar do Norte. 

De cada vez que um conseguia que um peixe mordesse o isco, fleumaticamente o desenganchava, analisava-o friamente de alto a baixo e atirava-o para o respetivo cesto.

Ora a certa altura, um deles sente um grande esticão na linha, esforça-se por puxá-la para fora e confronta-se com uma bela e esbelta sereia.

Olha-a de alto a baixo e fleumaticamente desengancha-a do anzol e devolve-a ao mar. 

O amigo, visivelmente escandalizado, pergunta-lhe:

- Why?!

Ao que o sortudo amigo responde com um certo ar de enfado:

- Where?!


Boa semana!

sábado, 24 de agosto de 2013

Churrasco

Como amanhã é domingo e estamos em pleno verão, a coisa convida a um churrasco - vulgo barbecue... Por isso fica aqui o convite aos meus queridos amigos e passantes homens para se prepararem para tomar conta do almoço amanhã e assim dar uma folgazinha às companheiras.




Ficam aqui os procedimentos:

A churrascada é trabalho do homem da casa.

Talvez devido a um certo risco envolvido na actividade, este é o único  tipo de cozinha a que um verdadeiro Homem se deve dedicar:

Quando um homem aceita fazer um Barbecue, é a seguinte a cadeia de acções que se põe em marcha:

1) A mulher compra os alimentos;

2) A mulher faz as saladas, prepara as batatas fritas, o arroz e a sobremesa;

3) A mulher prepara a carne para ser assada, tempera-a, coloca-a numa travessa e leva-a ao homem que já está á espera ao pé da grelha, de cerveja fresca na mão;

 Aqui vem a parte realmente importante da questão:

 4) O homem ... coloca a carne na grelha;

 5) A mulher vai para dentro e põe a mesa;

 6) A mulher apercebe-se que o homem está com os outros homem a contar anedotas e vem cá fora a correr avisar que a carne se está a queimar;

 7) O homem aproveita e pede-lhe mais umas cervejinhas fresquinhas;

 8) A mulher vem cá fora trazer as cervejas e uma travessa e é então que vem a segunda parte importante do processo:

 9) O homem ... tira a carne da grelha e entrega-a à mulher.

10) Depois de comerem, a mulher tira a mesa, arruma a cozinha e lava a grelha.

11) Toda gente dá os parabéns ao homem pela fantástica refeição que ele preparou.

12) 
O homem pergunta à mulher se lhe soube bem o tempo de folga de que usufruiu, e perante o ar chateado dela conclui que há mulheres que nunca estão satisfeitas com nada...


Bom Domingo!

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Consternação

Grande consternação, uma indizível revolta, uma imensa dor foi o que senti ao ouvir, logo de manhã – e assim continuei ao longo do dia – as notícias que referiam que seria perto de um milhão o número de crianças sírias que já atravessaram sozinhas a fronteira do seu país (75% das quais com idades inferiores aos onze anos) refugiando-se noutros países, enquanto outros dois milhões permanecem deslocados dentro do seu país.

É de ficar em lágrimas só de supor o sofrimento atroz destas crianças que perderam o seu abrigo, os pais, os familiares, todo e qualquer tipo de bem-estar, de conforto físico, social, psicológico, passando toda a espécie de privações.

Ato contínuo vêm-nos à mente os nossos do coração e imaginá-los em situação idêntica e parte-se-nos o coração!

Foi citado António Guterres – o alto-comissário da ONU para os refugiados – que terá manifestado a sua preocupação com o facto, tendo mesmo afirmado que é uma enorme vergonha, um enorme fracasso do mundo ocidental.

E eu que sempre considerei António Guterres um homem de bem, de uma imensa sensibilidade (e inteligência) e detentor de muitos dos valores cristãos, fiquei a pensar quanto sofrimento deve ele próprio guardar no coração face à impossibilidade de dar uma resposta, pelo menos, razoável a mais esta brutal calamidade.






quinta-feira, 22 de agosto de 2013

O Pavão


Um espanto de beleza, não é? Via-os e ouvia-os - se bem que o seu grito seja feio e agressivo - no Parque da Liberdade (à época Parque Salazar) em Sintra. Os pobres animais levaram com o apodo de vaidosos porque «pavão» se chama a uma pessoa vaidosa. 

Mas são uma verdadeira maravilha da natureza! 

E para os "reabilitar" da imposta e suposta vaidade, deixo aqui dois poeminhas de 2010 de um senhor norte americano chamado Jamie Lynn Ball que me foi dado a conhecer pelo omnisciente Mr Google e de que me atrevi a fazer uma tradução caseira.


I saw this beautiful bird-like creature;
So unique, it's feathers form a fan-like feature.
I was surprised at the joy this brought,
As my eyes just focused on this peacock.
I was in a trance; feeling an aura around me;
A vision forever to be in my memory!


Eu vi esta bela criatura tipo pássaro
Tão único com as suas penas em forma de leque.
Que surpreendido fiquei com a alegria que me veio  trazer!
À medida que os meus olhos fixaram o pavão
Fiquei em transe, sentindo uma aura em meu redor
Uma visão que para sempre na memória vou reter!


Joy is a peacock-it's beauty so rare;
A rainbow of colors that vibrantly flare.
After the rain, brightly they come out.
Into a fan-like form, uniquely it creates;
Never forgot, this vision, joyfully it illuminates.
Bringing such happiness and peace my way;
All because a "little birdie" came my way!



Que maravilha é um pavão com a sua rara beleza;
Um arco-íris de cores que brilham vibrantes.
Depois da chuva elas aparecem brilhantes.
Não esqueço nunca essa visão que alegre me alumia
E que me traz tanta paz tanta alegria
Tudo porque um “passarinho” se atravessou no meu caminho um dia!

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Generosidade



Tenho aqui o livro. Comprei-o no dia 6 de Novembro de 1975 na Livraria Sismeiro, que já fechou há imensos anos, e custou 60$00. Não foi barato para a época. Os livros nunca foram, nem são, baratos. Os “Contos Exemplares” de Sophia de Mello Breyner. Não sou capaz de me lembrar do conteúdo de nenhum dos contos à exceção de “O Retrato de Mónica”. Marcou-me porque por essa altura eu, se bem que mulher casada, mãe e professora já efetiva, não tinha ainda nem sequer começado a ultrapassar os meus medos, as minhas inseguranças e o breve conto descreve a mulher “perfeita”. Mas porque a perfeição não existe – e isso já então eu sabia – registei na minha memória esta passagem:

«De facto, para conquistar todo o sucesso e todos os gloriosos bens que possui, Mónica teve que renunciar a três coisas: à poesia, ao amor e à santidade.

A poesia é oferecida a cada pessoa só uma vez e o efeito da negação é irreversível. O amor é oferecido raramente e aquele que o nega algumas vezes depois não o encontra mais. Mas a santidade é oferecida a cada pessoa de novo cada dia, e por isso aqueles que renunciam à santidade são obrigados a repetir a negação todos os dias.»

O conceito de santidade aqui expresso confunde-se, na minha perspetiva, com a noção de generosidade. A generosidade «é [de facto] oferecida a cada pessoa» para que possa mostrá-la e praticá-la «de novo cada dia». Mas, atenção! a generosidade de que falo nada tem a ver com «ser-se bonzinho»! Conheço uma quantidade de pessoas «boazinhas» que encontrarei no Inferno quando lá chegar…

Foi isso que me veio à cabeça quando, outro dia, ela veio chorar-se dizendo que tudo de mal lhe acontece e perguntando-se: «que pecados grandes cometi eu para estar a pagar desta maneira?» Falta de generosidade. Foi (e é) mesmo muita falta de generosidade ao longo de toda a sua vida!


terça-feira, 20 de agosto de 2013

Dia de praia

Atravessado o frondoso Pinhal de Leiria,


... desembocámos na praia de eleição dos anos mais recentes.


Estava sol e a temperatura da água estava boa, se bem que a bandeira estivesse vermelha. Mas a criançada tem o ribeirinho para chapinhar.



E bem que chapinharam!


Mas logo logo chegou o fim da manhã e houve que regressar. 



E o pequenino despediu-se do mar: «Adeus mar! Até amanhã...»



Que maravilha termos a(s) praia(s) aqui por perto!!

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Fotografias

Para celebrar o dia mundial da fotografia, deixo aqui as melhores fotografias - e desculpe-se-me a "vaidosice" - dos meus meninos...


A "estrela"...

Beijinhos para todos!

Olha a bolinha de Berlim!
(Até parece um grande comilão!...)

O "Perigoso"


Ainda com os caracolinhos...

... e já sem os caracóis.
(mas com cara de maroto!)



domingo, 18 de agosto de 2013

Mau feitio?!

Para poderem preparar-se bem para melhor enfrentarem o chefe (se não estiverem de férias) ou o companheiro/a na nova semana que se avizinha, fica aqui uma escala de medida do vosso mau feitio...

Leiam com atenção e digam se ficaram surpreendidos. Ou não! Por mim não me posso queixar porque Carneiro que sou (e com muita honra!) sempre me convenceram que tinha mau feitio. Afinal, até estou a meio da tabela. Nada mau!



sábado, 17 de agosto de 2013

Já não há canções de amor

Adoro responder a desafios lançados pelos autores de blogs amigos (desde que não impliquem adivinhar locais e outros que tais – que me desculpe o nosso querido amigo Rui da Bica…) e por isso aqui estou a participar modestamente no repto deixado pelo nosso amigo CBO do blog crónicas do rochedo subordinado ao tema «Já não há canções de amor».

A canção que aqui deixo é o Sleepwalk brilhantemente tocado pelos Shadows.

Os miúdos entraram para o 1º ano lá no Colégio aos dez anos, mas ela só deu por ele quando passaram a frequentar a mesma turma, no 3º ano. E foi paixão imediata. Daquelas paixões avassaladoras do princípio da adolescência de que os adultos, esquecidos (ou não!) das suas experiências se riem sem as levar a sério, mas que marcam para o resto da vida. Deve ser por isso que se diz que «não há amor como o primeiro». Mas também se diz (Florbela Espanca disse-o daquela forma sensual como só ela sabia fazê-lo) que no amor, há um que ama e o outro que se deixa amar. E assim aconteceu: ela amou desmedidamente e ele foi-se deixando amar de forma intermitente.

E houve um Carnaval louco, esfuziantemente louco, em que na festa eles foram figura principal e dançaram pela primeira vez (e a última?) ao som das guitarras falantes de um disco dos Shadows que tocavam o Sleepwalk. Não sei qual dos nossos amigos, armado em engrançadinho, apagou as luzes e, no lusco-fusco do fim da tarde daqueles fevereiros cinzentos do sopé da Serra, inocentemente eles beijaram-se.


Só voltaram a falar-se quarenta anos mais tarde. E falaram, falaram, relembraram os amigos do Colégio, mencionaram alguns traços importantes das suas vidas que entretanto passaram entre parêntesis e, claro, do velhinho Sleepwalk. Música que na festa seguinte ele (com aquele seu grupo de sempre) tocou para ela…




sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Festas

Estou aqui cheia de dúvidas sem saber se hei de falar das festas da Senhora da Agonia que começam hoje em Viana do Castelo, se hei de falar da festa do Pontal que também acontece hoje mas é na Quarteira. 

Eu por mim acho Viana bem mais bonito que a Quarteira e as suas festas muito mais típicas e cheias de história (se bem que o "animador" da festa do Pontal também deve ter boas histórias para contar! Mas isso é outra história...)

E como as dúvidas são tantas, deixo aqui algumas imagens de cada uma das festas e os meus queridos leitores ou quem, inadvertidamente, por aqui passar dará a sua sincera opinião sobre qual das festas acha mais interessante. 

(As imagens da festa da Senhora da Agonia foram surripiadas ao meu facefriend Ribeiro Francisco)















Agora imagens da festa lá do Pontal.


Eh pá! Agora não sei se estes fantoches/gigantones são do Pontal se de Viana...

Quanto aos seguintes, não há dúvidas: são mesmo da festa lá do Sul!








Uma verdadeira festa de vampiros!!!


Fico à espera da manifestação sincera das vossas preferências...
Bom fim se semana!

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Feriado é com música

Foi uma alegre surpresa ouvir logo de manhã esta bela canção de 2010 que me encantou desde a primeira vez que a ouvi passar na rádio. Nessa altura nem sabia que a cantora era portuguesa, ali mesmo de Santiago do Cacém. Mas que bela voz! Que bela letra! Que bela melodia! 

Querem ouvir?



O encantamento por esta música veio do facto de me fazer lembrar a voz e as canções lindas da cantora Brenda Lee dos idos de 50/60.

Quem se consegue lembrar  daquela  canção "I'm sorry" de 1960 que Branda Lee cantava e que fazia os meus encantos? 

E, sabem?... quando alguma coisa faz os meus encantos, eu fico - sempre assim foi - um bocado para o obsessivo. Ora um dia, estava eu numa aula de Ciências no meu 3º ano do Liceu (que agora é 7º ano), e certamente porque também ouvira a "minha" canção logo pela manhã,  pus-me a cantar baixinho: «I'm sorry! I'm sorry...» repetindo sempre a mesma coisa porque não sabia o resto da letra. Ora a minha querida amiga e colega de carteira A. P. Marrazes, fartinha de me ouvir a cantarolar sempre a mesma toada, levantou-se muito expedita e disse: «Ó Soutor, aqui a Graça não se cala I'm sorry!, I'm sorry!...» E o professor, jovem estudante de medicina e pouco mais velho do que nós, e para grande risota dos colegas, mandou que me levantasse e pôs-me de castigo virada com o nariz para o canto por trás da porta da sala de aula...

Bom, mas agora, se quiserem, oiçam a canção que é linda por de mais.

Depois querem dizer qual delas preferem?




Histórias da minha rua (4)



Sempre se matou a trabalhar. Casou nova mas o marido nunca foi pessoa de se matar a trabalhar. Dois filhos de seguida que ela deixava de manhã, quase madrugada, numa vizinha, correndo ladeira abaixo para apanhar a carreira que a levava à cidade onde trabalhava em casa das senhoras. À noite o regresso. Os filhos à espera na sogra que a maldizia pela luta, pela força, pela vivacidade. Depois ainda nasceu a menina, com uma deficiência física que a obrigou a correr para casa da irmã em Lisboa por causa das operações a que a criança teve de se submeter…

Mais tarde a separação do homem influenciado pela mãe, as relações cortadas com a sogra que continuou a maldizê-la e a canseira dos filhos todos para cima dela. E sempre a matar-se a trabalhar em casa das senhoras para onde corria a apanhar a carreira manhã bem cedo. Anos a fio. Passou mal. Passou fome. Passou frio. Privações de toda a ordem.

Calculista, porém, resolveu tomar conta dos pais, velhos e doentes, mas com alguns bens. Tratou-os com o esmero de uma filha dedicada usando para isso o dinheiro que os pais tinham arrecadado durante uma vida cheia da dureza do campo, atraindo para cima dela as desconfianças e as invejas de alguns dos irmãos. Depois da morte dos pais vieram as zangas com aqueles, o caso decidido em tribunal. Que ganhou. Mas sempre na ideia de uma premeditada vingança se não tivesse sido aquele o desfecho.

Com a instrução primária inacabada, mas com a “educação religiosa” toda completa, a sua formação pessoal ficou muito aquém o que, de algum modo, a desculpa daquela arrogância de quem se pensa, por falta de saber e de vivências, detentor dos valores absolutos do Bem, da Verdade, da Sageza, da Justiça. E por isso, como todas, as muitas pessoas deste povo do seu nível etário e de educação, sempre “avaliou” o seu próximo criticando, maldizendo, opinando, “aconselhando”. Mas sempre por Bem!


E agora, já na terceira parte da vida, uma vida de muito trabalho, de muita dor, de muitos maus-tratos, aceitou – calculista de novo, mas quem lhe pode levar a mal? – receber em casa e tratar da sogra, aquela sogra que lhe fez a vida negra, agora velha e um pouco deslembrada mas que continua com o seu mau feitio de sempre. E trata-a com o desvelo de uma (quase) filha na esperança, quase com a certeza de que Deus – aquele Deus que dá de acordo com o que recebe – lhe dará uma boa velhice e uma morte santa.


terça-feira, 13 de agosto de 2013

Hoje não há post

Peço desculpa pela utilização do empréstimo post que nunca ou muito raramente uso porque há montanhas de palavras na nossa língua pelo que não vejo razão (a não ser a petulância, a saloiice ou até a ignorância) para terem de se usar empréstimos do inglês. Mas é que para título não ficava nada apelativo dizer: «Hoje não há entrada» ou «Hoje não há verbete»…

Mas, pronto! Hoje não há post porque estou por de mais chateada.

Estou chateada porque Agosto já vai a meio e os dias estão mais pequenos;

porque está muito calor aqui na cidade e quando chegamos à praia está nevoeiro e frio;

porque as “férias” já terminaram;

porque me vão voltar a cortar (ou devo dizer: roubar) na pensão de reforma;

porque o país está na mais pura miséria que não se via desde os anos 60 e os fulanos dos telejornais moem-nos o juízo com o fim da recessão e com os aumentos dos lucros e com a luz ao fundo do túnel;

porque o (C)rato vai instituir o chamado cheque-ensino (outra invenção daquela luminária como foram a do «Eduquês» ou a da implosão do ME);

porque o PR e alguns membros do “governo” não são pessoas de bem;

porque este “governo” é tão irrevogável que não cai;

porque os que roubaram o dinheiro do Estado aos milhões não são obrigados a devolvê-lo – é que neste país o crime compensa;

porque já não estou com os meus netos há quinze dias;

porque nesta terra não há nada para fazer e estar sempre no Facebook também cansa…

porque o Seguro não presta…

porque este povo não reage…

E depois de tudo isto, nem me posso queixar de nada porque há milhares de pessoas no meu país que estão bem pior que eu!

E por isso estou chateada!

E por isso hoje não há post!




segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Mimalhices

Regressados a casa depois de uma escapadinha lá para as bandas da capital e arrumada a bagagem - ou parte dela... - há que ligar o computador e saber dos nossos amigos virtuais. 

Mas não houve muito tempo para estar descansada porque logo, logo, a Clio saltou para cima da mesa e deitou-se calmamente sobre o teclado, começando a lamber-se toda como é habitual nos gatos prontos a dormir. 





É que a menina preparava-se mesmo para dormir ali mesmo debaixo dos meus olhos...



As saudades que eles sentem quando nós saímos não são menores que as que eu sinto deles... Mimalhices!

domingo, 11 de agosto de 2013

Que calor!

Bom, amigos, tem feito cá um calor!!!


Fiquem bem! Boa semana!


sábado, 10 de agosto de 2013

Pela costa saloia...

Depois de ver no blog Rio das Maçãs as belíssimas fotografias que o meu amigo Pedro mostrou da minha querida Praia Grande de outros tempos, cheia de lagoas verdes esmeralda para podermos tomar banho sem o pavor das ondas do Atlântico - que no Oeste é um bruto! - meteu-se-me em cabeça que havia de as ir ver o vivo e a cores.

E aí viemos de fim de semana alargado para (re)visitarmos a dita praia e mais umas "coisinhas" que havia para espreitar na capital - a Cidade Grande, como lhe chama um amigo do tempo da escola quando me quer gozar por eu ter desaguado em Leiria... 

Ora hoje lá nos decidimos a dar uma volta pela costa saloia - isto é para me vingar de quem fala da Cidade Grande... - e toca de rumar a Sintra, Galamares, Colares, sempre ao lado da linha do elétrico (se bem que de elétrico nem pó...) Hotel Miramar, Rodízio, Praia Pequena... E a partir daí as filas de carros estacionados seguiam-se de um lado e de outro da estrada. A dita Praia Grande, atual paraíso dos miúdos do surf estava à cunha. E quanto a lagoas, nem vê-las porque a maré estava baixa...



Sem lugar para largar o carro, toca a zarpar! 

Passámos à Praia das Maçãs, sem parar que nunca foi das favoritas...




Azenhas e o seu belo mar.




Uma incursão por Fontanelas a ver os moinhos de vento.



Diretos à Praia de Magoito, esta sim, cheia de lagoas verde musgo para se tomarem belos banhos!




Amanhã, logo se vê!

Bom domingo!