segunda-feira, 30 de abril de 2012

Dia do Jazz

Não sou especial apreciadora de Jazz. Mas achei graça quando li hoje no jornal que se celebrava hoje, pela primeira vez, o Dia do Jazz.

Eufemística esta minha afirmação de que não sou especial apreciadora de Jazz... De facto, não gosto de Jazz. Pelo menos deste Jazz moderno que se faz ouvir quase por todo o lado. Jazz cantado em português - nem pensar! Jazz tocado repetitivamente por instrumentos de sofro roufenhos - nem pensar! Podem chamar-me ignorante, parola, antiquada e sei lá o que mais, que pouco me importa. E que me desculpem os apreciadores e conhecedores deste estilo de música!

Agora se me puserem um Louis Armstrong ou se me falarem no extraordinário filme Cotton Club, ah isso aí é outra música! Outra música mesmo!

Uma das melhores prendas que recebi do meu marido - que ainda não era - foi o LP do Otis Redding que ouvi e reouvi centenas de vezes. Gostos! Contradições, enfim...





E para relembrar, deixo aqui uma das minhas preferidas do disco.



Mas esta também é tão bonita! Oiçam!



domingo, 29 de abril de 2012

Dança


Ora cá temos mais um Dia de. Desta vez é o Dia da Dança!
E eu que sempre quis ser bailarina clássica, daquelas que dançam em pontas... Mas só tive um ano de aulas de bailado porque só houve professora nesse ano. E assim fiquei-me pelo twist e pelo hully-gully e assim. Mas como não tenho fotografias desses belos tempos dos bailes dos "meus" Diamantes, deixo aqui uma foto "artística" da nossa bailarina amadora que aproveita sempre os espaços amplos para mostrar as suas coreografias mais arrojadas ...

Forma doce de triturar laranjas...

Escolha uma laranja grande (tipo Paula Teixeira da Cruz…) lave-lhe bem a cara, digo, a casca e triture-a bem num copo misturador.

À parte, misture 220 g. de açúcar com 4 ovos grandes mexendo bem um de cada vez. Adicione 200g de farinha com uma colher (de chá) de fermento e meia chávena (das de café) de óleo. Depois de tudo bem misturado, junta-se-lhe a laranja triturada e vai a forno médio (180º) em forma redonda untada e enfarinhada, durante cerca de 30 minutos.






sexta-feira, 27 de abril de 2012


Aproveitem o fim de semana e, se assim o entenderem, leiam, estudem, pratiquem bem esta pauta musical...



Bom fim de semana!


quinta-feira, 26 de abril de 2012

Desamaram a Revolução!



«Para que uma revolução vença realmente não basta que conserve o poder é preciso que seja amada. Só uma revolução amada é a revolução democrática. Mas a revolução só é amada quando não emprega violência.

O 25 de Abril foi uma revolução justa bela e serena. Foi uma revolução que usou a força mas não usou a violência. O facto de a revolução do 25 de Abril ter usado a força e não ter usado a violência é um facto exemplar. O 25 de Abril foi uma revolução bela e amada porque não usou a violência. Foi um progresso na história das revoluções porque não usou a violência. E essa escolha da não violência foi o rasto mais revolucionário do 25 de Abril.

O próprio da democracia é não usar violência. Sabemos que uma democracia que usa a violência é sempre uma democracia que se suicida. A história mostra que as revoluções que usam a violência acabam sempre por criar novas formas de tirania. Onde há violência há abuso e onde há abuso não há justiça. Onde há violência há medo e onde há medo não há liberdade. Onde há medo há sempre alguém que pousa o seu pé em cima da cabeça dos outros.

A esquerda é a escolha política daqueles que acreditam que o mal nunca é necessário.»

Sophia de Mello Breyner Andersen
(1ª página de um texto de 1975)


 
O problema é que a Revolução deixou de ser amada. Os atuais inquilinos de S. Bento – que ontem, abusivamente, insultuosamente, ostentavam aqueles cravos tingidos naqueles peitos de plástico – tal como o inquilino de Belém, que por despeito nunca o usou, sempre desamaram a Revolução e estão ali para a desdizerem, para dela (e de nós) se vingarem.

Até quando vamos permiti-lo?

terça-feira, 24 de abril de 2012

Abril não desarma!

Ah grandes Capitães de Abril! Grande Mário Soares! Grande Manuel Alegre!
É preciso ser de força para o fazerem.
Fosse eu alguém e fá-lo-ia com certeza!



                        

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Livros

No Dia Mundial do Livro, transcrevo uma deliciosa carta de Fernando Pessoa ao escritor José Osório de Oliveira, filho da republicana Ana de Castro Osório, na qual discorre sobre os livros da sua vida.

(Na exposição "Fernando Pessoa, plural como o Universo" na Gulbenkian)

«Recebi, há cinco minutos, a sua pergunta: “Quais foram os livros que o banharam numa mais intensa atmosfera de energia moral de generosidade, de grandeza de alma, de idealismo?” Respondo, como vê, imediatamente. Diz-me que é uma pergunta feita por António Sérgio, a quem não conheço pessoalmente, mas por quem tenho a maior consideração. É mais uma razão para responder depressa; não é, infelizmente, uma razão para poder ser lúcido ou explícito, visto que se trata de um assunto em que, até agora, não reflecti.

Como, porém, em todas as dificuldades da vida se deve agir antes de pensar, vou responder antes de pensar o que digo, e a resposta terá assim o selo régio da sinceridade.

Ponho uma questão prévia. Os termos da pergunta pressupõem que a energia moral, a generosidade, a grandeza de alma e o idealismo sejam pessoas abstractas do meu convívio quotidiano. Infeliz, ou infelizmente, não o são. Não digo que as não conheça, mas não as conheço com aquela intimidade com que conheço o capricho, a insinceridade e o devaneio – por vezes, até o devaneio lógico, que tem sido uma das minhas principais exterioridades.

Traduzo, pois, a pergunta para o seguinte: Quais foram os livros que mais me transmudaram em mim mesmo para aquela pessoa diferente que todos nós desejaríamos ser? Para isto tenho uma resposta – aquela, imediata e impensada, a que acima me refiro – e que deve conter a verdadeira.

Em minha infância e primeira adolescência houve para mim, que vivia e era educado em terras inglesas, um livro supremo e envolvente – os “Pickwick Papers”, de Dickens; ainda hoje, e por isso, o leio e releio como se não fizesse mais que lembrar.

Em minha segunda adolescência dominaram meu espírito Shakespeare e Milton, assim como, acessoriamente, aqueles poetas românticos ingleses que são sombras irregulares deles; entre estes foi talvez Shelley aquele com cuja imaginação mais convivi.

No que posso chamar a minha terceira adolescência, passada aqui em Lisboa, vivi na atmosfera dos filósofos gregos e alemães, assim como na dos decadentes franceses, cuja acção me foi subitamente varrida do espírito pela ginástica sueca e pela leitura da “Dégénérescence”, de Nordau.

Depois disto, todo o livro que leio, seja de prosa ou de verso, de pensamento ou de emoção, seja de estudo sobre a quarta dimensão ou um romance policial, é, no momento em que o leio, a única coisa que tenho lido. Todos eles têm uma suprema importância que passa no dia seguinte.

Esta resposta é absolutamente sincera. Se há nela, aparentemente, qualquer coisa de paradoxo, o paradoxo não é meu: sou eu.»

Fernando Pessoa (1932) 

E, a propósito, deixo aos meus caros leitores o mesmo desafio: apontarem o(s) livro(s) da vossa vida. Um dos meus foi "Wuthering Heights" (O Monte dos Vendavais) de Emily Brontë; outro foi a Poesia de Álvaro de Campos.

domingo, 22 de abril de 2012

Em nome da Terra

Muito, mas muito antes de inventarem os Dias de e, portanto, o Dia da Terra, já havia muito quem se preocupasse com estas questões ecológicas, com os problemas da Terra e com a forma completamente irresponsável com que o Homem lida com o seu Planeta, a sua Terra, a sua Casa. E também já havia professores de Português que, aí por 75, 76, liam destes textos com os seus alunos de doze anos.

Arborizem!

“Querem retemperar a nação e a raça? Arborizem, arborizem, arborizem a erra, a escarpa marinha, a duna, o pedregulhal. Nunca mas secarão as fontes, os rios volverão à madre, os ares serão puros e tónicos, a vida risonha. Nesses oásis, Gerez, Bussaco, Mafra, Leiria, está u b0m exemplo. Nem só campina tem direito, como diremos? à munificência da natureza; têm-na também as cidades. São os parques os seus pulmões e a sua festa. E que adoráveis não são já alguns, da capital, o Jardim da Estrela, onde cresce por entre tílias e álamos um mundo pequenino, o Campo Grande, o Parque Eduardo VII, a Tapada da Ajuda!

(…) No Jardim das Plantas, de Paris, existe um cedro, que hoje mede 4 metros de circunferência em sua base, trazido para ali por um sábio no seu chapéu. Reza a história que para dar água à plantazinha diminuta se fartou ele de ter sede. Era um bom e talentoso homem. Um letreiro ligado ao tronco perpetua o seu nome. Na Praça do Príncipe Real também há um lindo e singular cedro, que abriga os namorados debaixo da rama especiosa. Não é imponente como o de Paris; mas é um cedro filantropo, afável a mais não poder ser, e por aqui merece a nossa admiração.”  

(Aquilino Ribeiro)


Jardim da Estrela

 
Mas é árvore…

«Poucos portugueses há que gostem de árvores. Tiram-lhes a vista… Querem o campo visual desafrontado como se temessem inimigo oculto.

Para que serve uma árvore? Uma árvore não tem utilidade nenhuma – a não ser que dê pêras, maçãs ou cerejas.

Fazem raciocínios deste jaez as pessoas. Pedem aos amigos, aos vizinhos, às autoridades, que cortem aquelas árvores, que não estão ali a fazer nada…

De geração em geração, vai-se agravando esta sanha arboricida. Árvores isoladas, que cresceram e se desenvolveram livremente, dando nome e beleza a certos sítios, uma hoje, outra amanhã, foram sacrificadas a esse furor, porque eram árvores. Aquele pinheiro manso, aquele castanheiro, aquele cedro – já não existem. Foram degolados sem que ninguém os defendesse nem chorasse. O mais que se diz, em seu louvor, é que deram bons carros de lenha.

Esta árvore deve ir abaixo porque está velha. Esta árvore deve ir abaixo porque estorva. Esta árvore deve ir abaixo porque não deixa ver quem vai na rua. Verdade é que nem a árvore está velha, nem impede que se vejam as pessoas que se querem ver. Mas, é árvore… Deve morrer porque teve a pouca sorte de ser árvore.

O homem antigo, se não amava as árvores, respeitava-as por instinto. Foi a maneira de nos legar algumas. O homem moderno põe em jogo uma espécie de inteligência para as destruir. Não quer que tenham fisiologia. Não admite que levantem passeios, nem arremessem folhas aos telhados. Quer que sejam inertes como candeeiros. O homem actual deixará à posteridade em vez de árvores, pérgulas de cimento. Confunde urbanismo com desarborização. O urbanismo que pede verdura, é entre nós sinónimo de secura. Ninguém urbaniza sem pôr raízes ao sol.

Em Portugal, só com poetas se pode contar para defender as árvores condenadas. Quem não é poeta ou não tenha dentro da alma o seu quê de poesia, o que deseja é ver terra nua. Faria de Sintra, do Buçaco e do Bom Jesus três carecas de respeito.

Há quem diga que é preciso destruir árvores para dar lugar a automóveis. Mas se o motor de explosão, com as suas exalações, destrói a saúde pública e a árvore é o seu contraveneno, é indispensável conciliar a existência do motor com a existência da árvore. É preciso que se acomodem ambas no espaço que lhes couber, sob pena de morrermos envenenados.

Cada árvore é uma bica de oxigénio indispensável à vida. É, de mais a mais, filtro de gases tóxicos provenientes de combustões devidas ao nosso comodismo. Tais gases vão fazendo de cada povoado uma câmara de condenados à morte. Os moradores de certos países parecem moribundos.

Só a árvore os poderá salvar.

Conviria convencer de tal verdade o nosso homem comum, que não olha as belezas da paisagem, mas é capaz de defender a beleza da sua pele. Só assim se poderão salvar as árvores que ainda existem em cidades e vilas portuguesas.»

(João Araújo Correia, in Passos Perdidos, 1967)


(Jardins do Alvor Beach Club Hotel, no Algarve)

Arborizem!

sábado, 21 de abril de 2012

Moi, je vote Hollande!


Não voto porque não posso! Mas só de pensar que poderá ser o princípio do fim daquele duo deprimente chamado Merkozy, dá-me cá um ânimo que nem vos passa!

Sim porque desânimo desânimo mesmo é dizerem-me nos telejornais que se as legislativas fossem hoje, ou melhor, ontem, 35% deste povo votava PSD! É pior que desânimo, é vergonha, é tristeza, é uma dor no peito, é vontade de emigrar nem que seja para Badajoz. 

Afinal temos aquilo que merecemos.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Ai se eu te pego...


Dizem que foi em Espanha.
Uma procissão pascal de 2012 em honra de Jesus ressuscitado ficou marcada por um momento bizarro: a banda tocou e o andor balançou-se ao som do “ai se eu te pego”...

 


Tenham um bom fim de semana!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Um dia difícil


A minha neta está com uma forte camada de varicela desde 2ª feira. Até aqui tudo bem: as crianças devem ter varicela, vem nos livros. Pelo menos nos livros da tradição popular. Mas a febre não tem cedido ao bem conhecido e propalado Ben-u-ron. E, também perante as constantes queixas de imensas dores por parte da pequenita, a mãe – que mostra, desde muito nova, uma calma e um autodomínio notáveis – telefonou para o excelente serviço da Saúde 24 de onde lhe disseram que se dirigisse ao seu Centro de Saúde para onde iriam enviar um fax que lhe daria prioridade já que se punha a possibilidade de a menina ter uma convulsão. A mãe ainda perguntou se não seria mais conveniente ir direta ao Hospital. Que não, que ficaria exposta a bactérias o que não se justificava. Até aqui, tudo bem.

Chegadas que fomos ao Centro de Saúde, logo fomos informados que o fax tinha sido recebido mas que a norma era não dar prioridade a estas situações. Se demorar muito, iremos para o Hospital. Que não, não demoraria muito. Passados uns dez minutos, a rececionista, que é sempre de uma delicadeza e educação esmeradas, avisou-me que fosse buscar a menina ao carro porque iria ser vista pela Dr.ª X que a chamaria a todo o momento. Só que esse momento aconteceu apenas hora e meia depois…

O atendimento por parte da Dr.ª, certamente pouco experiente de tão jovem, foi muito meigo só que não lidou bem com a situação – não interessa expor aqui os pormenores – e acabou por enviar a menina para o Hospital com uma outra carta. 

Felizmente no Hospital a ordem das prioridades não é a mesma que neste moderno Centro de Saúde que no serve aqui na zona e foram atendidas em cinco minutos. Mas… logo foi dito à mãe que se tratava de um síndrome vertiginoso e que teria de ficar em observação para ver se não seria algo pior. Foi ou não foi um dia difícil?

Agora outro nível de análise: para mim que, quando tinha quatro anos, quem tinha problemas destes ou doutros teria de ir ao médico particular se tivesse dinheiro para lhe pagar ou então teria de se aguentar porque a ida aos hospitais era para operações – algumas e poucas  e só para alguns – poderia achar que este episódio que se passou hoje com a minha neta foi uma borbulhinha que se formou no melhor dos mundos. Agora quem teve a sorte de nunca conhecer esse tempo funesto e para quem pensa, lê e sabe, estes episódios têm de ser evitados, banidos. Há muita formação para fazer ainda no âmbito da gestão das organizações no nosso país. Isto se este governo de tecnocratas de direita não der cabo da Saúde como está a fazer com a Segurança Social, com a Educação, com tudo o que, melhor ou por, se foi construindo desde o 25 de Abril. 
 

quarta-feira, 18 de abril de 2012

O Palácio de Monserrate

Li que hoje, o Dia Mundial dos Monumentos e Sítios, o palácio de Monserrate revela salas e espaços que normalmente estão vedadas ao público, como a cozinha, por exemplo, que foi apenas ontem dada a conhecer.

Lá para os idos de 60 do século passado, a minha mãe fazia imensos passeios a pé com as suas alunas pelos lugares mágicos da Serra de Sintra e eu acompanhava-a sempre. Outras vezes fazia passeios com os meus amigos da Vila e muitas vezes nos vimos a circundar as janelas do Palácio vazio e abandonado imaginando as festas, as vidas, os amores que ali se teriam vivido. Não tínhamos, nessa época, hipótese de visitarmos aquele palácio - tal como a Casa dos Milhões, atual Quinta da Regaleira - que eu sempre considerei o espaço mais belo de Sintra, como visitávamos amiúde o Palácio da Vila ou o da Pena.  Fiquei sempre com aquele fascínio, aquele mistério romântico de Monserrate. 

Há uns anos, em 2007, começaram a fazer a recuperação do palácio e, quando fomos a Sintra da última vez, fomos ver por dentro aquela maravilha de que deixo aqui algumas fotografias já que me parece que não vos dará muito jeito lá ir hoje... Espero que gostem.






























E a central telefónica?... Um mimo!




terça-feira, 17 de abril de 2012

No rescaldo das férias

Depois de esta chuva de gaivotas no nosso último dia, não sei o que aconteceu mas viemos todos doentes das mini-férias: a minha Elisinha ficou com uma camada de varicela; o avô veio com uma otite dupla e eu ganhei uma gastroentrite daquelas que só agora consegui vir até aqui.












domingo, 15 de abril de 2012

Bife na pedra

Agora que o tempo de Quaresma terminou levando consigo os jejuns da carne, deixo aqui, especialmente para as minhas amigas mulheres, esta bem apreciada receita de bife na pedra.

Serve-se assim:




Boa semana!


sábado, 14 de abril de 2012

Kisses for you...

Chego atrasada! Apenas hoje fiquei a saber que ontem se celebrou o Dia Mundial ou Internacional ou Intencional ou lá o que é do Beijo. E como não quero nem posso nem tenho como deixar de comemorar esse acontecimento importante com os meus amigos habituais, aqui ficam duas antiguidades com as quais espero que se divirtam. Ou que, pelo menos, sorriam. Bem precisamos, não é? De sorrisos e de beijos.







sexta-feira, 13 de abril de 2012

Uma festa!


A propósito do excelente esclarecimento que a ex ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues – aquela que conseguiu pôr os professores aos berros na rua só porque os quis avaliar – prestou na Assembleia da República sobre as obras realizadas em muitas das Escolas Secundárias deste país, o meu já muito citado cronista Ferreira Fernandes escreveu ontem assim:

 
Ponto prévio: sim, é uma festa

«Maria de Lurdes Rodrigues, ex-ministra da Educação, foi ao Parlamento defender a empresa pública Parque Escolar que geriu um programa de obras nas escolas, e deste disse: "Foi uma festa." Fico-me por essas palavras. Aliás, não estou sozinho, o deputado Sérgio Azevedo escreveu no seu blogue o seguinte: "Maria de Lurdes Rodrigues acaba de afirmar na Comissão Parlamentar de Educação, a propósito do desvario da Parque Escolar, que foi 'uma verdadeira festa para arquitetos e construtores'." O deputado poderia ter inventado frase ainda com maior acinte: "Ela disse que foi uma festa para patos bravos." Mas a ex-ministra, de facto, disse: "Uma festa para as escolas, para os alunos, para a arquitetura, para a engenharia, para o emprego e para a economia." Ou, em outro momento da audição: "[...] uma festa para o País." Chicanas iguais à do deputado foram muito repetidas ontem, com esse nosso jeito para agarrar palavras dos outros e insultá-las. É o que eu venho fazer aqui, pela metade: agarrar palavras. E depois dizer que num país onde os particulares gastam em jantes de liga leve o que não gastam em livros e os públicos fazem da paixão pela educação um mero slogan, num país pobre com bancos ranhosos que oferecem juros de 136 por cento ao ano, reconstruir escolas é uma festa. É uma festa. Sim, é uma festa. Dito isto - não, ainda quero insistir: reconstruir escolas é uma festa -, dito isto, passemos aos candeeiros de Siza Vieira.»

 
Ah e já agora e também a propósito, deixem-me que vos mostre o automóvel (140 mil euros) que o “nosso” PM encomendou para seu uso diário só para não usar o que o seu antecessor tinha comprado em Maio de 2011 – podia ter alguma coisa que se lhe pegasse, sei lá! (Tomaria ele!)



Não, não é Siza Vieira! É mesmo Mercedes, classe não sei qual!