sábado, 31 de julho de 2010

A Lagoa da Ervideira



Tenho qualquer coisa “contra” as lagoas. São belas porque normalmente estão implantadas no meio de matas trazendo-lhes uma frescura e uma vida muito especiais. Mas cá das profundezas do meu subconsciente vem um não-sei-o-quê de mistério relativamente às lagoas que me faz temê-las. Então à noite, nem pensar aproximar-me! Não sei que märchen li noutras vidas que me fazem sentir uma horrível atracção/pavor das grandes massas de água à noite!

Tudo isto porque hoje lembrei-me de deixar aqui algumas notas e imagens da Lagoa da Ervideira que se situa aqui no Pinhal de Leiria (gosto mais de lhe chamar Pinhal do Rei) a caminho do Pedrógão (que é a única praia do concelho de Leiria). A lagoa tem cerca de 500 metros de extensão e encontra-se envolta pelo pinhal.







(fotos de F. Mendes)

Na página da Junta de Freguesia do Coimbrão, encontrei um texto que fala assim da referida lagoa: « Nesta freguesia existe uma Lagoa, cuja idade é incontável e que se encontra na memória de todos quantos na localidade passaram, situa-se no lugar da Ervedeira, no Pinhal do Concelho. O documento escrito mais antigo que dela fala é por certo o "Couseiro", e a ela se refere nos seguintes termos:

"… Neste Lugar da Ervedeira está huma Lagoa, que nunca seca; he grande, e no Inverno inunda muito, cria ruivacos, está o Mar dahi meia legoa." O facto da Lagoa encher e inundar as terras no inverno era importante e apreciado pelos agricultores, pois fertilizava-as. A pesca também foi explorada, na Lagoa da Ervedeira podiam encontrar-se ruivacos, carpas, salmões e sabogas, no entanto estes peixes foram desaparecendo. Segundo se consta, em meados do século passado, algum produto químico teria morto quase a totalidade dos peixes, que foram apodrecendo nas margens, no seu lugar foram colocados achigans, peixe carnívoro e carpas, que ainda hoje abundam na Lagoa. Os habitantes da Ervedeira utilizando cestos, narsas e enchalavadas ( utensílios feitos pelos homens do Pedrogão que serviam para a pesca) pescavam na Lagoa e iam vender, pelas portas, o peixe à xícara. Actualmente pratica-se pesca desportiva e desporto à vela na Lagoa da Ervedeira.»

(da net)

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Ainda o fecho de escolas do 1º ciclo



Ontem li um texto belíssimo, e com o qual concordo em absoluto, escrito por um colega professor de nome Luís Costa e transcrito para o blog ProfAvaliação sobre o fecho de uma quantidade de escolas do 1º ciclo na zona de Trás-os-Montes. Tem o título de “Filho Enjeitado” e está muito bem escrito com o problema muito bem exposto.

Estas sim, são temáticas importantes que deviam ser publicadas nos jornais para informar as pessoas e atraí-las para os problemas dos alunos e dos professores! Mas aqueles preferem dar visibilidade às questões requentadas apresentadas pela senhora professora Maria do Rosário Gama só porque é a Directora da Escola Secundária classificada em primeiro lugar no ranking nacional que os jornais gostam de fazer tendo em conta (apenas!) os resultados dos exames nacionais.

Aconteceu com o texto Deixem crescer o trigo” da referida professora, publicado no Diário de Notícias do passado dia 19 e, logo, todos os blogs fizeram  o alarido do costume perante aquele punhado de banalidades que dita colega organizou em texto com umas citações de Bertolt Brecht para dar consistência.

De facto, nos últimos quatro anos, nós, professores, não soubemos pôr-nos no nosso devido lugar. Não soubemos ganhar a simpatia do público em geral, perdemos muita da consideração que esse público ainda tinha por nós, mediante muitas das posições que tomámos e muitas das afirmações que proferimos e muitas das figuras que protagonizámos. E o que ganhámos em troca? Nada!

Ganhámos a opinião geral muito bem expressa pelo comentador e jornalista Ferreira Fernandes que, numa das suas breves crónicas diárias mas bem cheias de farpas, entitulada Elogio ao Governo (mas mitigado)” diz com a sua ironia habitual: «(...)Foi útil ao País que o dinheiro público deixasse de pagar a reforma prematura de um administrador de banco central e a cremalheira de um jornalista branqueada na clínica do dr. Maló. E quem vir nisto só um elogio ao Governo treslê, porque essas vitórias contra duas diminutas classes também iluminam o falhanço que foi querer (o que já não é mau) mas não saber nem poder (o que é péssimo) pôr na ordem os professores e os magistrados.»
(sublinhado meu)

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Visita a Ferragudo




E, enquanto estivemos a banhos, chegou um dia em que fomos passar um bocado a Ferragudo, uma vilazinha piscatória muito antiga e muito típica que nem parece estar ainda muito assaltada pelo turismo em larga escala. Situa-se na foz do Rio Arade, na sua margem esquerda, ali mesmo ao lado de Portimão.

Ainda faz lembrar o Algarve de Lídia Jorge em Vale da Paixão.






E à noite, é assim:



(fotos de F. Mendes)

Jantámos na Praia do Pintadinho, ali mesmo ao lado de Ferragudo,  num restaurantezinho de praia muito simpático, que se recomenda vivamente, onde nos banqueteámos com um peixe fresco de comer e chorar por mais!


(vista da Praia do Pintadinho)

(O Restaurante Pintadinho)

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Porque precisamos de um professor bibliotecário



(BE da "minha" escola - foto copiada do seu blog))


Retirei da Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) este pequeno vídeo sobre o trabalho do professor bibliotecário, que achei bastante interessante pela simplicidade do conteúdo e também pela ponta de graça que contém.

Está escrito em inglês e atrevi-me a fornecer uma tradução “caseira” para os possíveis leitores que não dominem completamente a língua inglesa.

Só lamento que não esteja em consonância com a actual Portaria (n.º 558/2010, de 22 de Julho) que altera a Portaria n.º 756/2009, alargando a proporção de professor bibliotecário/n.º de alunos do estabelecimento de ensino, diminuindo assim o número de professores bibliotecários nas escolas portuguesa, o que se opõe manifestamente ao teor do vídeo.


 
A tradução:

“Porque precisamos de um professor bibliotecário?

Porque leva quatro anos a aprender a pôr um livro na prateleira?

Um professor bibliotecário trabalha:


· Com os outros professores das disciplinas para integrar as competências de investigação nas aulas

· Assegura que as colecções da biblioteca contemplam as matérias de todas as disciplinas

· Apoia todo o pessoal docente a preparar o seu trabalho de ensino-aprendizagem

· Ajuda os alunos a encontrarem resposta para perguntas como


Quando?

Onde?

Quem?

e, mais importante do que isso,

Porquê?


· Um professor bibliotecário também pode organizar o material importante para fotocopiar

· E arranja fita-cola, clips, agrafos, canetas, lápis e outros materiais para realizar os trabalhos

· E, mesmo depois disto tudo, podemos recomendar a leitura de um bom livro!


Se a sua escola não tem um professor bibliotecário, quem faz isto tudo pelas crianças?!”

terça-feira, 27 de julho de 2010

Aniversário

A minha filha mais velha faz hoje anos. Não digo quantos porque não se divulga a idade de uma senhora... Posso adiantar que dobra a década e mais não digo.


Como ela é um bocadinho gulosa (nem sei se sairá à mãe...) vou deixar aqui uma proposta de bolo de aniversário:



Ou será que preferirá este?


E deixo-lhe desejos de muita sorte:


E uma frase bonita para ela seguir:




segunda-feira, 26 de julho de 2010

As Cortes de Lamego - uma falsificação patriótica...

(Igreja de Santa Maria de Almacave, Lamego)

No livro “Histórias Rocambolescas da História de Portugal” do jornalista João Ferreira – que também é historiador – que ando a ler, fiquei a saber que “Ao longo dos anos, na biblioteca e nos studia do mosteiro de Alcobaça, os monges de Cister trabalharam arduamente em silêncio, descobrindo e decifrando códices velhos de séculos que alimentaram as bases da argumentação nacional a favor da independência (de Portugal por altura da Restauração) e contra as pretensões espanholas. Foi ali, resultado do saber e da ousadia desses religiosos, que se forjou de fio a pavio, provavelmente no segundo quartel do século XVII, a mais célebre e patriótica falsificação da História de Portugal: as Cortes de Lamego.


O documento «descoberto» foi apresentado como uma cópia já muito tardia de um original do século XII que dava conta da reunião de Cortes na igreja de Santa Maria de Almacave, em Lamego, em 1143. Aí, os representantes do clero, da nobreza e do povo, teriam aclamado rei D. Afonso Henriques, que aceitou um conjunto de leis sobre a sucessão do trono, a nobreza, a justiça e a independência de Portugal. Essas leis afastavam da sucessão os reis castelhanos – e legitimavam a eleição em Cortes do mestre de Avis.


Mais imediata era a clara legitimação das pretensões do duque de Bragança à Coroa.”
(pág. 27 e 28)

Aí lembrei-me – e desculpem-me pela disparidade entre as temáticas – mas lembrei-me de como alguns colegas das direcções de outras escolas aqui da zona também forjaram e modificaram documentos importantes, como actas de reuniões do conselho pedagógico e de departamentos curriculares, gráficos e estudos comparativos nunca realizados, etc. etc., para apresentarem aos inspectores por altura da avaliação externa das suas escolas e assim alcançarem melhores classificações ...

Pelos vistos, esta tendência já nos vem nos genes, é histórica e é sempre feita por bem...

domingo, 25 de julho de 2010

Animação de Rua em Leiria


É antigo. Quando vimos das férias de praia, vamos sempre jantar ao “franguinho” à Barosa, onde se come o melhor frango assado do mundo... e aí disseram-nos que havia música na rua em Leiria.

Ora aí fomos nós com as crianças para Leiria ver do que se tratava. E fomos, de facto, surpreendidos com imensa gente passeando alegremente nas ruas. A cidade pejada de carros estacionados como durante o dia e o centro fervilhando de movimento mais do que de dia.

A música vinha do mercado de Santana e aí nos dirigimos. Grupos de meninas e meninos bailarinos apresentavam as suas coreografias animadas e mais ou menos certinhas ao som de músicas populares umas mais que outras. O pior é que faziam a sua apresentação na rua, ao nível do chão e com o amontoado de pessoas que se reuniram para ver, quase não se conseguia ver nada.




Mas vinha mais música do largo da Fonte Luminosa onde havia insufláveis de saltos para os mais pequenos e barraquinhas de actividades informáticas! E música na Praça Rodrigues Lobo. Bandas, tunas, lança-chamas e tambores. Foi o que vi. Havia mais actividades mas, como já disse, fomos apanhados de surpresa.



As lojas do centro estavam abertas e também faziam a sua própria animação; uma tinha manequins humanos – engraçado!

E muita gente na rua! Isso é que é interessante, porque Leiria não tem sido a cidade mais animada nos últimos trinta anos, pelo menos - muita gente nas ruas só às compras em época de Natal e de saldos e talvez aos sábados de manhã. Mas ontem à noite, parece que toda a gente saiu.

Hoje li no jornal que foi uma iniciativa promovida pela Câmara Municipal e pela Associação dos Comerciantes  –  o Shop On - em que as lojas combinaram ficar abertas até à meia-noite. O nosso amigo Gonçalo que encontrámos na Fonte Luminosa e nos explicou do que se tratava, queixava-se que estava muita gente mas estavam nas ruas e não nas lojas... Pois se a animação era cá fora!

Há que continuar e fazer mais. E publicitar. A cidade é bonita. E as pessoas precisam.

De regresso a casa


Hoje foi dia de dizer bye-bye às nossas habituais férias no Viking que são sempre deliciosas pelo sossego e pelo bem estar. É sempre com alguma pena que nos despedimos daquele espaço para voltarmos à "realidade"...





E, a propósito de bye-bye, lembrei-me de uma das minhas canções preferidas do meu tempo de teenager que era "Bye-bye, love". De facto a letra é de despedida e portanto deveria ter um ritmo dolente e triste, mas é exactamente o contrário, tem um ritmo animado e divertidíssimo. O que eu gostava de dançar ao som desta musiquinha! As vezes que eu pedia ao meu amigo Caínhas, que era o baterista dos "meus" Diamantes, para a tocarem nas festas e ele, às vezes, fazia-me a vontade... Tínhamos por aí 15 ou 16 anos!

Fica aqui a versão dos Everly Brothers para recordar:



sexta-feira, 23 de julho de 2010

Burrices




Uns russos (burros) decidiram promover uma campanha publicitária sobre pára-quedismo de turismo fazendo um burro (que agora se descobriu ser uma burra) sobrevoar de pára-quedas o mar de Azov durante meia hora.

Os turistas que assistiram ao evento ficaram escandalizados, até porque, segundo noticiaram na televisão, o animal ofereceu resistência à subida (naturalmente). E, de uma forma ou de outra, muita gente ficou de igual modo escandalizada com o facto. Mas a notícia correu mundo, não pela estultícia do acto, mas pela (pseudo) piada do mesmo.

Para acalmar os defensores dos direitos dos animais, vêm agora dizer que a bicha foi vista por veterinários que afirmam que está bem de saúde, porém “traumatizada”, ou melhor, morta de medo!

Eu cá, que não suporto que se façam atrocidades aos animais, quando vi a notícia no telejornal anteontem, pensei que teria sido mais apelativo e muito mais divertido se os ditos publicitários se tivessem feito planar de pára-quedas presos pelos seus próprios t...intins!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Gatos

Para mitigar as saudades dos meus gatinhos que ficaram em casa, apareceu no relvado à entrada da porta da sala este gatinho preto de olhos verdes, espertos:



(fotos de F. Mendes)

Este aqui descansava na área da piscina:



E, entre netos e netinhos, entre gatos e gatinhos, as férias vão acabando...


quarta-feira, 21 de julho de 2010

Lições de salto para a água II

Esta semana, cá continuamos no Sul a disfrutar do bom Sol e do bom (mas frio) mar. Mas houve mudança de filha e de neto. Agora, em vez do José com a mamã Marta, está a Elisa com a mamã Ana e com o papá Francisco. Mas as lições de salto para a água continuam. Se bem que a Elisa se mostre menos confiante no contacto e no convívio com a água, como convém às meninas....

Com a mãe e com o avô:







E agora com o pai:






terça-feira, 20 de julho de 2010

Da degradação humana


Entristece-me a degradação humana. Mais do que entristecer-me, põe-me um peso sobre o coração, um nó na garganta, uma coisa que não sei definir.

Um dia destes na fila (palavra socialmente correcta para a palavra ‘bicha’ que utilizo sempre sem qualquer problema) para a caixa do supermercado, estava um homem desalinhado, visivelmente curtido pelo sol e pelas bebedeiras com uma lata de cerveja na mão, desafiando todos com os seus brados mais ou mais abafados: “Vou pagá-la! Não é roubada!” e frases do género.

Como demorava a chegar a sua vez de ser atendido, largou a correr e saiu porta fora com a lata de cerveja na mão. Acto contínuo, de uma porta dos interiores do supermercado saiu um homem alto, no auge da idade adulta, que correndo atrás do vagabundo, lhe sacou a lata da mão.

É horrível dizer, mas senti uma pena do pobre homem! Senti como perante cães abandonados. E desprezo por mim, pelo vigilante do supermercado, pela rapariga da caixa, pelos clientes, por todos nós, enfim!

Que fazemos nós  por estas pessoas “caídas”? E não me venham com os moralismos que nos servem de muralhas de defesa – "Ah! Não querem trabalhar! Ah! Não têm juízo! Ah! Não aproveitaram isto e aquilo!" etc. etc.

O que leva algumas (muitas) pessoas ao mais alto grau de degradação? Quem está por detrás daquelas pessoas que parecem já nem ter sentimentos? O que lhes terá acontecido? E é isso tudo que me entristece e me põe de coração devastado.

É que são aquelas pessoas. Mas podia ser eu. Ou alguém muito próximo de mim.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

A água está tão fria!

A primeira vez que vim ao Algarve foi bem no início dos anos 70, curiosamente em Outubro, e a temperatura da água era excelente. Uma pessoa estava na água até quase ao sol-pôr sem frio. É que eu nunca fui daquelas pessoas que aguenta a água do mar a qualquer temperatura. De então para cá, sempre preferi as águas do Sul precisamente porque eram quentinhas e calmas que eu nunca fui amante das ondas lá da minha costa oeste.

O pior é que, nos últimos três ou quatro anos, as águas aqui no Sul continuam calminhas e lisas na maré alta de tal maneira que dá até vontade de ir a nadar até sei lá onde, mas... onde está aquela temperatura tépida dos bons velhos tempos?

Linda, verde, transparente, lisa, atraente a chamar-nos como se pode ver abaixo, mas... autênticos cubos de gelo!... Que contrasenso!




(fotos de Francisco Mendes)



domingo, 18 de julho de 2010

Praia


Na luz oscilam os múltiplos navios
Caminho ao longo dos oceanos frios
As ondas desenrolam os seus braços
E brancas tombam de bruços
A praia é lisa e longa sob o vento
Saturada de espaços e maresia
E para trás fica o murmúrio
Das ondas enroladas como búzios.

(Sophia de Mello Breyner)


sábado, 17 de julho de 2010

Out of Africa


Quando a nossa selecção de futebol foi eliminada do Mundial, recebi um mail com a adaptação de um cartaz de cinema que achei mesmo engraçado.
Era assim:



E que tal se fossem também ambos Out of Selection?... 


sexta-feira, 16 de julho de 2010

Lições de salto para a água


O pequenino ainda só tem ano e meio, não sabe nadar, mas levou a semana a aprender a dar saltos para a água. E a mãe e o avô a ensiná-lo...








E ele, tão querido, não se nega a nenhuma brincadeira dentro de água!


quinta-feira, 15 de julho de 2010

O Vento Mudou


De facto, hoje de manhã, fez muito vento aqui pela costa sul, mas de tarde, o vento mudou... Mas não é por isso que estou a escrever. Lembram-se há mais de 40 anos de uma canção com que Portugal concorreu ao Festival da Canção da Eurovisão que se chamava "O Vento Mudou" defendida pelo cantor africano Eduardo Nascimento?

Como é costume e sempre foi, a pontuação foi nula ou muito baixa, já não me lembro, mas lembro-me bem que nós, adolescentes encantados (e bem) com a música anglo-saxónica, gozámos bastante com a letra e com a sua actuação.

Fiquei a saber um dia destes que os UHF retocaram esta música, deram-lhe um novo ritmo, nova orquestração, nova alma, e (re)lançaram-na. Está giríssima!

Vamos ouvir?



quarta-feira, 14 de julho de 2010

Ciência em números

Realizou-se no Centro de Congressos de Lisboa, na semana passada, a quarta edição do Encontro com a Ciência e a Tecnologia, promovida pelo Conselho dos Laboratórios Associados, pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia e pelo Ciência Viva.


Este evento, só por si, não teria para mim tanta importância de modo a trazê-lo aqui, não fora o facto de o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, ter apresentado, na cerimónia de abertura, uma série de números interessantes e que passo a referir:


· em 1987, as estatísticas da OCDE diziam que Portugal tinha apenas uma média de 1,5 investigadores por cada mil activos;

· hoje, 23 anos depois, esta fracção subiu para 7,2 por cada mil activos e é já superior à média europeia;

· Portugal tem actualmente cerca de quarenta mil investigadores que trabalham a tempo inteiro em diferentes áreas do conhecimento, dos quais 43% são mulheres, a maior percentagem dos países da OCDE.

  
Como explicarão os críticos do sistema de ensino e os inventores da triste expressão “eduquês” sempre prontos a denegrirem o que em termos de educação se tem feito nos últimos vinte/trinta anos, como explicarão esses e outros velhos do Restelo esta evolução, este aumento no número de estudiosos no nosso país, cuja notícia quase passa despercebida numa revista de Domingo de um jornal diário?


terça-feira, 13 de julho de 2010

Bichos

No jardim aqui do apartamento do hotel não tenho gatos como lá em casa, mas há umas gaivotas atrevidas que vêm até quase à porta de entrada da sala e deixam-se fotografar com esta calma toda.




Também acontecem estas cenas, mas não é por cá...



segunda-feira, 12 de julho de 2010

Arriba España!



A selecção espanhola sagrou-se ontem campeã mundial de futebol. Segundo dizem cá em casa foi um troféu muito bem merecido porque fizeram um percurso muito bom.

Os espanhóis não cabem em si de contentes até porque é a primeira vez que Espanha é campeã do mundo em futebol. Vê-se nas televisões, todos nas ruas de Madrid a receberem os seus heróis aos pulos e aos gritos, com uma alegria desmedida.

Ei-los aqui, os heróis:
  
                                     

Eu, por mim, estou duplamente feliz! Primeiro porque a Taça do Mundo veio para a Península, aqui bem perto de nós. Já que não conseguimos nós semelhante feito, por razões várias... ao menos que sejam os nossos vizinhos a consegui-lo. E, por outro lado, estou muito feliz porque não mais vamos ouvir o irritante grito das vuvuzelas! Que será muito belo no contexto da selva, no ambiente quente e quase adormecido da estepe, mas não saído da varanda do 2º andar do vizinho da frente, vindo do meio do nada... E muito menos aquele vespeiro ensurdecedor que se sobrepunha a todos os barulhos característicos dos jogos de futebol e que deveria pôr loucos os que se deslocaram  lá para assistirem!