segunda-feira, 5 de junho de 2017

As piscinas de S. Pedro de Moel

Posso dizer que é a minha praia do coração. Visitei-a pela primeira vez em finais de 60 pela mão do meu namorado da época (e atual marido) que passava lá os verões desde criança e logo me apaixonei por aquele cantinho implantado entre o pinhal do rei e o mar.

Praia de grande prestígio à época (lembro-me de como algumas pessoas ficavam admiradas quando, ainda a viver em Lisboa, eu dizia que vinha passar férias a S. Pedro de Muel – escrevia-se assim e eu gosto!) tinha já um moderno complexo de piscinas que até teve direito a ser inaugurado pelo Presidente Tomaz. Fez 50 anos no passado dia 1, leio no Jornal de Leiria.

De referir que era local de veraneio de gente rica, grandes e lindas moradias de férias dos industriais de Leiria e da Marinha Grande incrustadas no pinhal, tudo muito bonito, muito arranjado.

«Natural da Marinha Grande, José Nobre Marques era sócio de José Lúcio da Silva em fábricas de plásticos e borrachas. "O José Lúcio da Silva oferece o teatro a Leiria e o José Nobre Marques ficou assim um bocado pendurado na opinião pública, porque também era um homem muito rico. E então ofereceu as piscinas", conta Gabriel Roldão Pereira, morador em São Pedro de Moel e investigador da história local.»  (in JL)

O complexo das piscinas incluía piscina olímpica, restaurante, esplanada, salão de festas, cinema, bar - todos os equipamentos de lazer e bem-estar para a classe alta e média-alta daquele tempo. Era chique. E caro! Lembro-me de ter isso lá almoçar uma vez com o meu (já) noivo e pagámos cento e vinte escudos! Nessa altura eu almoçava na Tarantela, na D. Estefânia, por uns doze a quinze escudos no máximo…


(postal dos anos 70)

Muito mudou e se alterou neste cinquenta anos, mas as piscinas lá se foram aguentando com adaptações, com altos e baixos de lucros e de gestão até que fecharam em Setembro de 2013 e, desde então, encontram-se abandonadas e praticamente em ruínas. Uma tristeza!

Vejam só...









23 comentários:

  1. Que tristeza! Fica-se sempre com um peso no coração perante estas situações
    Se tiver tempo, dê uma espreitadela aqui.
    http://imagensdaelvira.blogspot.pt/2017/06/vamos-procurar-o-principe.html

    Um abraço e uma boa semana

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    1. Já fui e adorei! Não sabia deste seu outro blog. Já registei o link.

      Beijinho.

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  2. Que pena! Má gerência provavelmente e novos locais de veraneio que foram surgindo a preços mais módicos.

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    1. A questão é que os filhos das famílias adotaram o Algarve e S. Pedro foi ficando para trás... Uma pena!

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  3. Também gosto muitíssimo de S. Pedro de Moel, onde já não vou há uns tempos. Posso dizer que também já fui muito feliz por lá e guardo excelentes recordações.
    Boa semana, Graça
    Beijinho

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  4. Em vez de haver evolução, houve retrocesso? Parece impossível! Para quem conheceu esse espaço há meio século atrás, deve ser mesmo uma grande decepção.
    Beijos, Graça.

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  5. Até faz doer o coração, caramba! :(
    Beijinhos

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  6. Regressei à minha meninice e recordei o tempo em que ia para a praia da Vieira e o meu pai levava-nos a S. Pedro e eu ficava embasbacada ao ver aquelas mansões.
    Quanto à piscina é uma pena ter chegado ao estado a que chegou. Também já a fotografei assim degradada.
    Infelizmente não tive nenhum cavalheiro que se dignasse a oferecer-me um almocito por aquelas bendas rsrsrsr...

    Beijinhos Graça

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  7. fazes bem Graça em denunciar o estado lamentável a que chegou esse belo local :(

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  8. Não fazia ideia, Graça.

    Mas não há ninguém que queira restaurar aquele lugar mágico?

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  9. Era jovem, era um manancial de sonhos e encantamentos quando conheci S. Pedro de Muel!O mundo que nós conhecemos tão bem, que nos fascinou na nossa juventude, está a desaparecer, Graça! O mundo está a mudar, em quase tudo para pior...

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  10. Foi no verão de 1972. Casados há menos de um ano, ali passamos três dias maravilhosos. A piscina era a nossa preferida em vez da praia. Almoçar lá com aquela vista de mar era um encanto...Que pena ter acabado! De tal maneira gostamos de São Pedro de Moel, que todos os anos por lá passamos mais do que uma vez.
    Abraço,

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  11. Por vezes, as propriedades entram numa degradação atroz por
    questões de partilhas...
    Não me parece que o complexo multiúsos não fosse rentável...
    Realmente contrista ver, mas um dia destes, tenho a certeza
    que será recuperado ainda com mais requinte...
    ~~~ Beijos praianos ~~~

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  12. Vivo muito perto da mata a 6 minutos de S. Pedro de Moel dói muito acompanhar a degradação e destruição das piscinas.
    Também fui muito feliz lá, frequentei-as durante muitos anos, assim como o cinema lá existia, o restaurante, o bar e discoteca, hoje cada vez que a olho, parece que deixo um pouco de mim junto às ruínas.

    Beijinho querida

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  13. Há coisas que não se percebem. Apesar de haver uma maior oferta julgo que, pela localização privilegiada, poderia ser economicamente rentável.
    Conheço bem o local e o encanto de S. Pedro. Até dormi lá a minha primeira noite de casado.
    Bj.

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